Translate / Traduzir

NASA Descobre Buracos Negros Supermassivos Próximos da Terra

Os astrônomos descobriram o primeiro par de buracos negros supermassivos em uma galáxia espiral similar a da Via Láctea a cerca de 160 milhões de anos-luz, e o mais próximo da Terra descoberto até agora, informou a NASA (agência espacial norte-americana) [em 31/08/2011].

Os buracos negros se encontram próximo do centro da galáxia espiral NGC 3393 e foram identificados graças às observações realizadas pelo observatório de raios-x Chandra. Os cientistas calcularam que ambos estão separados por apenas 490 anos luz, por isso que acreditam que podem ser o remanescente da fusão de duas galáxias de massa desigual que aconteceu há mais de 1 bilhão de anos.

"Se esta galáxia não estivesse tão perto, não teríamos tido nenhuma possibilidade de ver os dois buracos negros separados como os vimos", disse Pepi Fabbiano do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian (CfA) em Cambridge (Massachusetts).

As observações anteriores em frequência raios-x e em outras longitudes de onda faziam crer que havia apenas um buraco negro supermassivo no centro da galáxia NGC 3393. No entanto, um olhar de longo alcance realizado com os potentes instrumentos de Chandra permitiu aos pesquisadores detectar e separar os buracos negros.

Os buracos negros são objetos tão densos que a força da gravidade que geram não deixa escapar nada, nem sequer a luz, e engolem tanto matéria, visível ou escura, que cai em seu campo de ação. Alguns podem ter um tamanho "estelar" e se supõe que procedem da explosão de uma estrela gigante, uma supernova, mas outros têm um tamanho equivalente ao de bilhões de sóis e se denominam "supermassivos".

Fonte: Portal Terra

Telescópio Estuda Mistério de Jatos Emitidos por Buracos Negros Gigantes

Alma capturou momento em que buracos negros de massa extremamente elevada engolem de repente uma enorme quantidade de matéria.

Duas equipes internacionais de astrônomos usaram o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (Alma) para estudar os jatos emitidos por enormes buracos negros situados no centro das galáxias e observar como é que eles afetam o seu meio. As equipes obtiveram a melhor imagem até hoje do gás molecular em torno de um buraco negro calmo próximo, divulgada pelo Observatório Europeu do Sul (ESO) [em 16/10/2013]. Inesperadamente, os astrônomos também viram de relance a base de um jato poderoso próximo de um buraco negro distante.

Existem buracos negros de massa extremamente elevada - que vão até vários bilhões de vezes a massa solar - no coração de quase todas as galáxias do Universo, incluindo a nossa própria galáxia, a Via Láctea. Em um passado distante, esses objetos estranhos encontravam-se muito ativos, engolindo enormes quantidades de matéria do seu meio circundante, brilhando intensamente e expelindo pequenas frações dessa matéria sob a forma de jatos extremamente poderosos. No Universo atual, a maioria dos buracos negros de elevada massa encontram-se muito menos ativos do que na sua juventude, mas a interação entre os jatos e o meio circundante ainda afeta a evolução das galáxias.

Dois novos estudos, ambos publicados na revista especializada Astronomy & Astrophysics, fizeram uso do Alma para investigar jatos de buracos negros a escalas muito diferentes. Um dos estudos investigou um buraco negro próximo e relativamente calmo situado na galáxia NGC 1433, enquanto o outro observou um objeto muito distante e ativo chamado PKS 1830-211.

“O Alma revelou uma estrutura em espiral surpreendente no gás molecular próximo do centro da NGC 1433”, diz Françoise Combes (Observatório de Paris, França), autora principal do primeiro artigo científico. “Isso explica como é que o material flui para o interior, alimentando o buraco negro. Com as novas observações muito nítidas do Alma descobrimos um jato de matéria sendo emitido pelo buraco negro e que se estende ao longo de apenas 150 anos-luz. Esta é a menor corrente molecular fluindo para o exterior já observada numa outra galáxia.”

A descoberta desta corrente de matéria, que está sendo arrastada com o jato emitido pelo buraco negro central, mostra como é que tais jatos podem fazer parar a formação estelar e regular o crescimento dos bojos centrais das galáxias. 

Fonte: Portal Terra.

0 comentários:

Postar um comentário