tag:blogger.com,1999:blog-871409675106214322024-03-05T19:15:36.659-08:00SenhorEco.org Iniciativa SustentávelSenhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.comBlogger1142125tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-41560683851654288432023-01-04T17:48:00.005-08:002023-01-04T18:19:49.753-08:00Stephenson 2-18: A Maior Estrela Conhecida no Universo!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVpsqA8zVKvCgI5xWqoKNijgMyXRwF3flOwSNdxvzHhs-zAzHDJ1E43Wg_oJA0haxJIDYgG9bBrNsBYwHfFHDksJTryULINFVG-BAY2ToZcAROxIK8MwX7j__UURWKs2t6-Hgf7MkIHZZtqE7CZl1spw5UJ54At0BZF4uhBVvC25MrS_MluyTtO2Qfag/s720/FB_IMG_1672882316615.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVpsqA8zVKvCgI5xWqoKNijgMyXRwF3flOwSNdxvzHhs-zAzHDJ1E43Wg_oJA0haxJIDYgG9bBrNsBYwHfFHDksJTryULINFVG-BAY2ToZcAROxIK8MwX7j__UURWKs2t6-Hgf7MkIHZZtqE7CZl1spw5UJ54At0BZF4uhBVvC25MrS_MluyTtO2Qfag/s320/FB_IMG_1672882316615.jpg" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">Se você acha que era a UY Scuti a maior estrela ou a VY Canis Majoris, saiba que não, não são. Stephenson 2-18, também conhecida como RSGC2-18 e Stephenson 2 DFK 1 é a líder.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">A estrela supergigante vermelha está localizada a cerca de 20.000 anos-luz de distância na constelação de Scutum, no massivo aglomerado estelar aberto Stephenson 2, que contém 26 estrelas supergigantes vermelhas.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Stephenson 2-18 possui 2.150 raios solares, cerca de 1.497.131.000 de km, que é quase maior que a órbita de Saturno. Ela supera outras estrelas, como VY Canis Majoris (1420 ± 120R) e UY Scuti (1708 ± 192R) fácil.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">É também uma das estrelas supergigantes mais brilhantes conhecida, com 440.000 vezes a luminosidade solar. Se este monstro for colocado no centro do sistema solar, ela engoliria todos os planetas rochosos, incluindo o maior planeta do Sistema Solar e encostaria na órbita de Saturno.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Fonte: <b><a href="https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=pfbid05nUJCJBRBzS5PWpEfuA6NqZ5Nj24VZJaZsoc8tUZfFP7a5ur4oiyJAYdrFJ85AiAl&id=106792791080885&mibextid=Nif5oz">Universo das Galáxias</a></b>.</p>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-77959601415382120302022-06-05T11:19:00.003-07:002023-01-04T17:49:38.008-08:00Conheça 12 Green Techs Que Estão Ajudando o Brasil a Limpar Seu Impacto Negativo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYm9bYQzydzEVtoCWTatPs1_pigEtxj_YEn0R5eRRe6xsbuyjKXIuS6Q3QXwPQCw3tRUgEVHOOc6uZuEqC6BzCtsDnnusRDR8a_8UZlCRtrZ7B2U8-kc3K3Y2oPuIP2MPTKJW-pYHXtgULOdlnD5zIywzvi8DL_SdxnVzxDpPwlk9DsLToMA2BCJ8obA/s1200/lightbulb-g421851e62-1920.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="746" data-original-width="1200" height="249" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYm9bYQzydzEVtoCWTatPs1_pigEtxj_YEn0R5eRRe6xsbuyjKXIuS6Q3QXwPQCw3tRUgEVHOOc6uZuEqC6BzCtsDnnusRDR8a_8UZlCRtrZ7B2U8-kc3K3Y2oPuIP2MPTKJW-pYHXtgULOdlnD5zIywzvi8DL_SdxnVzxDpPwlk9DsLToMA2BCJ8obA/w400-h249/lightbulb-g421851e62-1920.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;">Levantamento, feito pelo Prática ESG, traz alguns exemplos de empresas em áreas como economia circular, monitoramento de florestas, logística reversa, dessalinização de água do mar, bioinsumos, fitoquímicos, entre outras. Confira... </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;">Relatórios de consultorias diversas têm apontado para um preocupante cenário: as empresas ainda não estão fazendo o suficiente para conseguirmos brecar as emissões de gases poluentes e evitar o aquecimento do planeta acima de 1,5ºC, o que foi acordado como meta no Acordo de Paris, em 2015, e reforçado na COP 26, em 2021. Além de esforço coletivo corporativo maior do que temos visto, o surgimento e uso de novas tecnologias também tende a ajudar nessa missão. A solução passa pela preservação de florestas, combate ao desmatamento, transição para o uso de energia mais limpa, despoluição e circularidade de produtos. As green techs, como são chamadas as startups que estão atuando nessas searas, são, portanto, parte importante da solução. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O diferencial dessas empresas de tecnologia está no fato de elas trabalharem com base científica e técnica, como o problema exige. O objetivo final dessa classe é mitigar o impacto humano negativo no meio ambiente em diversos campos, que vão da agricultura à mobilidade urbana passando pela oferta de água potável.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Internacionalmente, há muita inovação sendo desenvolvida. Um artigo publicado no site do Fórum Econômico Mundial, em abril deste ano, assinado pelo professor Philip Meissner, da ESCP Business School, e também fundador e diretor do European Center for Digital Competitiveness, traz alguns exemplos interessantes. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“No campo da agricultura, a agricultura vertical pode revolucionar a forma como os vegetais são produzidos. A Infarm, por exemplo, com sede em Berlim, usa 99% menos espaço, 75% menos fertilizante e 95% menos água do que a agricultura convencional. A proteína também pode ser produzida de uma maneira muito melhor: a startup suíça Planted produz alternativas de carne à base de plantas (e deliciosas), de kebab a pato à Pequim, com 74% menos emissões de CO². E as diferenças da carne à base de plantas vão ainda mais longe: elas podem liberar 80% das terras agrícolas em todo o mundo usadas para pecuária, que atualmente produz apenas 20% das calorias”, escreve. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Outra frente grande de atuação são as startups com foco em oferecer soluções sobre clima e relacionadas às mudanças climáticas. Segundo relatório da consultoria e auditoria PwC de 2021, já foram identificadas mais de três mil “climatechs”. Muito dinheiro de investidores está indo para essa área. Entre 2013 e o primeiro trimestre de 2021, US$ 222 bilhões foram investidos em empresas de tecnologia relacionadas ao clima. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Segundo a auditoria, um total de US$ 87,5 bilhões foram investidos no período que compreende o segundo semestre de 2020 e o primeiro semestre de 2021. Isso representa um aumento de 210% em relação aos US$ 28,4 bilhões investidos nos doze meses anteriores. Só nos primeiros seis meses do ano passado, foram US$ 60 bilhões em investimentos. “A tecnologia climática agora responde por 14 centavos de cada dólar de capital de risco”, apresenta o estudo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Outra consultoria, a BCG (ex-Boston Consulting Group), publicou em abril deste ano o relatório “The next 'digital': unlocking US$ 50 billion green tech opportunity”, em que traz que as empresas de tecnologia estão prontas para alcançar “um crescimento revolucionário”. “O crescimento da green-tech é impulsionado pela crescente adoção da transformação do modelo de negócios orientado para a sustentabilidade em todos os setores, criando uma vasta oportunidade de US$ 45 bilhões a US$ 55 bilhões por ano e com expectativa de crescimento de 25% a 30%, ao ano, nos próximos cinco anos”, aponta o estudo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No Brasil começam a surgir bons exemplos de empresas de tecnologia que trabalham para ajudar empresas, governos e consumidores nos desafios ESG (social, ambiental e de governança). São exemplos em economia circular, monitoramento de florestas, logística reversa, dessalinização de água do mar, bioinsumos, fitoquímicos, entre outros. Conheça as 12 empresas que o Prática ESG elencou e que estão atuando para proteger, preservar ou restaurar o meio ambiente e o planeta. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">1. Eco Panplas - Economia Circular </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A Eco Panplas promove a reciclagem de embalagens plásticas pós-consumo com tecnologia própria. A recuperação das embalagens se dá por meio da chamada descontaminação ecológica, que não utiliza água, não gera resíduos e tem rastreabilidade. Com isso, leva benefícios socioambientais de impacto para a cadeia produtiva, para a sociedade e o ambiente. A empresa desenvolveu uma tecnologia, e obteve uma patente verde, pela qual separa o óleo residual de embalagens de lubrificantes para veículos e recupera as embalagens para que não seja necessário contar com material virgem. A cada 500 toneladas de produto reciclado, seriam preservados 17 bilhões de litros de água. A empresa também recupera todo óleo residual das embalagens, sem a geração de efluentes e resíduos, completando o ciclo da economia circular e logística reversa. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">2. Umgrauemeio - Monitoramento de incêndios em florestas </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O nome da empresa remete ao Acordo de Paris, a fim de reduzir as emissões globais de gases do efeito estufa para que o aquecimento global não supere 1,5 grau celsius. A greentech Umgrauemeio monitora incêndios florestais diretamente na área desejada, instalando câmeras de alta resolução em torres, onde giram 360 graus em busca de focos de incêndio. Cada câmera possui capacidade de detecção de 15quilômetros sendo que o foco pode ser detectado em apenas três minutos após o início do fogo. Outra câmera é direcionada ao foco e, por meio da triangulação das imagens, a coordenada resultante é indicada. Assim, as brigadas de incêndio são rapidamente acionadas, diferentemente do que ocorre quando o monitoramento é feito por satélite. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">3. Tesouro Verde - Confiabilidade de informações sobre preservação florestal </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O Grupo BMV, com sua vertical Tesouro Verde, uma govtech (SaaS que auxilia estratégias de políticas públicas de sustentabilidade e combate a mudanças climáticas), apresenta uma solução para conservação da biodiversidade em floresta, como estratégia de combate às mudanças climáticas. Por meio de um selo ESG, a startup busca certificar que florestas nativas sejam conservadas, em um processo que envolve o uso de blockchain, que garante a confiabilidade da operação. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">4. Green Mining - Logística Reversa </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por intermédio de um algoritmo exclusivo, a Green Mining faz o mapeamento de pontos de geração de resíduos pós-consumo. Após identificar uma grande quantidade, instala uma central de recebimento, onde fica armazenado todo o material coletado na região antes de seguir para seu destino final. O material é retirado dos estabelecimentos cadastrados utilizando triciclos, em vez de veículos motorizados. Quando o centro atinge sua capacidade, o material é enviado para usinas e empresas de reciclagem. Segundo a startup, o material é pesado em cada etapa do processo e registrado no sistema a fim de garantir que tudo que foi coletado seja corretamente destinado. Nesse processo de rastreabilidade, a empresa adota a tecnologia blockchain. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">5. Biosolvit - Reúso de rejeitos da indústria de palmito </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A empresa utiliza resíduos de diversas origens como matéria-prima, ao transformá-los em novos produtos, sendo então reaproveitados em um novo ciclo, em sintonia com a ideia de economia circular. De acordo com a empresa, numa fábrica de palmito, apenas 3% das palmeiras são aproveitados. Com o rejeito, criou uma linha de produtos para o cultivo de plantas. Também desenvolveu equipamentos para contenção de vazamentos de óleo, capazes de devolver o produto recolhido para a refinaria, e ainda atua no tratamento de águas contaminadas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">6. Biotecland - Agrobiotecnologia com microalgas </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A Biotecland adota soluções de biotecnologia para serem aplicadas na lavoura como forma de agricultura regenerativa. A startup desenvolveu um biofertilizante que contém microalgas, que conseguem absorver mais CO², ajudando no combate de pragas e trazendo mais resistência às plantas. A Biotechland também promete maior produtividade com a utilização do seu biofertilizante. Isso porque, além de comprar os insumos, o produtor pode também optar por fabricar suas próprias microalgas, utilizando a consultoria e a tecnologia da startup. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">7. Treevia - Monitoramento florestal e de pegada de carbono </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Atuando desde 2016 em soluções para o monitoramento remoto de florestas, a Treevia Forest Technologies também pretende ampliar suas atividades para a mensuração de conservação das florestas e da pegada de carbono. A startup já possui tecnologias que permitem o controle de inventário florestal, performance de florestas e acompanhamento de pesquisas em tempo real. Além disso, recentemente, a startup esteve entre sete iniciativas selecionadas pelo Land Innovation Fund, da Cargill, que vai destinar R$ 4,5 milhões para projetos que visam fomentar a sojicultura sem desmatamento. A proposta da Treevia, em parceria com a empresa GSS Carbono e Bioinovação, pretende entregar uma solução que remunere propriedades do cerrado por serviços ambientais realizados, com base em mapeamento de dados florestais, que utilizam a tecnologia da Treevia. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">8. Natcrom - Fitoquímicos </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Criada em 2020, a Natcrom Soluções Sustentáveis trabalha com economia circular, fazendo o reaproveitamento de resíduos agroindustriais para a fabricação de ativos botânicos, ou seja, de extratos que podem ser utilizados por indústrias farmacêuticas e de cosméticos. Um dos materiais descartados pela agroindústria e reutilizados são os rejeitos da casca da manga. Para que os projetos da startup sejam desenvolvidos, a Natcrom recebe apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe), da Fapesp, que apoia pesquisas científicas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">9. SDW - Água potável e impacto socioambiental</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Especialista em projetos de impacto socioambiental voltados a populações de zonas rurais ao redor do mundo, a SDW desenvolveu o Aqualuz, um dispositivo premiado pela ONU para desinfecção de água de cisterna de captação de água de chuva de zonas rurais através da radiação solar. Torna potável a água captada pelas cisternas utilizadas por famílias de baixa renda em regiões remotas. Indicado contra a contaminação microbiológica da água, que causa doenças e mortes em crianças. Dura cerca de 20 anos apenas com limpeza de água e sabão, sem precisar de manutenção externa ou energia elétrica. A startup desenvolve ainda o projeto Sanuseco, banheiro sustentável voltado para regiões semiáridas, sem necessidade de descarga para remoção de dejetos e patógenos. Com o projeto Sanuplant Tecnologia complementar ao Sanuseco, voltada para o escoamento e tratamento do esgoto doméstico. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">10. MUSH - Agroindústria </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A startup Mush vem desenvolvendo pesquisas científicas há três anos para a utilização do micélio, que é uma parte componente de fungos, como matéria-prima biodegradável para a fabricação de produtos de ambientes domésticos e corporativos e embalagens sustentáveis. A startup também está criando soluções de isolamento térmico e acústico utilizando o material, ainda em processo de validação. Desde sua criação, a startup participou de várias chamadas e editais de fomento promovidos por Fundação Araucária, CNPq e SENAI. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">11. SOLUBIO - Bioinsumos </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A startup SoluBio possui uma solução de bioinsumos, o manejo biológico OnFarm, que pode ser produzido nas fazendas, diminuindo a necessidade de compra de defensivos ou outros insumos externos e trabalhando com a regeneração do solo. A startup promete uma economia de custos de até 70% para os produtores de cultivos de milho, soja, café, hortifruti, cana, trigo e algodão que utilizem a solução de bioninsumo. No ano passado, a SoluBio captou R$ 13,5 milhões para a ampliação de suas atividades e chegou a 1,6 milhão de hectares de atuação, abarcando mais de 250 grandes produtores. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">12. Yes, We Grow </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fundada em 2019 pelo empreendedor Rafael Pelosini, a Yes We Grow tem como objetivo incentivar as pessoas a resgatarem o hábito de ter hortas em suas próprias casas. A startup vende kits orgânicos de brotos e mudas, pequenas caixas com sementes que desabrocham em até 20 dias, e vasos autoirrigáveis sem uso de terra. A palavra de ordem é facilidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por: Italo Bertão, Cláudio Marques e Naiara Bertão. Fonte: <a href="https://valor.globo.com/empresas/esg/noticia/2022/06/05/dia-do-meio-ambiente-conheca-12-green-techs-que-estao-ajudando-o-brasil-a-limpar-seu-impacto-negativo.ghtml">Valor Econômico</a>.</div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-51899707059150564812022-01-24T08:27:00.007-08:002022-01-24T08:40:11.504-08:00O Negacionismo Nuclear<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgoLmyQhTHPrYCg9g6wGkLjbkURdB7BU-fBzo_XxiYh3CHAW8ywiIER0YM2q7F7YjEfiwgMt-28S_MCLvax_1tkOOl3FEoDSYd5PWEMpjX-0cRAYm5WAJzMCz3MZXXLeyam87c9XxVfbTbBEwO7kor-c2H10W62KJVAWdEuiIipS0hHBOULiL5OUZGA4A=s671" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="369" data-original-width="671" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgoLmyQhTHPrYCg9g6wGkLjbkURdB7BU-fBzo_XxiYh3CHAW8ywiIER0YM2q7F7YjEfiwgMt-28S_MCLvax_1tkOOl3FEoDSYd5PWEMpjX-0cRAYm5WAJzMCz3MZXXLeyam87c9XxVfbTbBEwO7kor-c2H10W62KJVAWdEuiIipS0hHBOULiL5OUZGA4A=s16000" /></a></div><br /><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;">Usinas de Angra 1 e 2, no Rio de Janeiro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O negacionismo do atual desgoverno está presente em vários atos e atitudes de seus membros, em particular do presidente da República. O termo negacionismo é o ato de negar fatos, acontecimentos, e evidências científicas. Tal estratégia tem sido utilizada para a formação de uma governamentalidade (definição dada pelo filósofo francês Michel Foucault, como sendo o conjunto de táticas e estratégias usadas para exercer o poder e conduzir as condutas dos governados), e assim criar as próprias verdades. O que acaba dificultando e confundindo a percepção do público em geral, do risco de determinados eventos de grandes impactos e repercussão, como por exemplo, o que tem acontecido com a pandemia do Coronavírus. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A criação de uma realidade paralela caracteriza-se por negar a própria pandemia, propagandear o uso de remédios ineficazes e questionar a eficácia da vacina. O que contribuiu nestes dois últimos anos para ceifar uma quantidade elevada de vidas humanas. Segundo cientistas, se cuidados básicos tivessem sido implementados pelo Ministério da Saúde para enfrentar a pandemia, um grande número de óbitos seria evitado. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Outro tipo de negacionismo praticado tem sido o negacionismo nuclear. <a href="https://www.eletronuclear.gov.br/energiadofuturo/SiteAssets/energiadofuturo/index.ASPX" target="_blank">Com uma campanha publicitária lançada recentemente pela <b>Eletrobras Eletronuclear</b></a>, o desgoverno federal escolheu exaltar mentiras, distorcer fatos, manipular e esconder dados sobre as usinas nucleares, cujas instalações no país se tornaram uma prioridade. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O que tem sido constatado após o último acidente nuclear, ocorrido em Fukushima (antes, o de Chernobyl), é que financiadores de “think tanks” (instituições que se dedicam a produzir conhecimento, e cuja principal função é influenciar a tomada de decisão das esferas pública e privada, como de formuladores de políticas) e lobistas defensores da tecnologia nuclear é que as campanhas pró usinas nucleares, estão muito ativas e atuantes, se valendo de desinformação. A falta de transparência é a arma utilizada pelos interesses dos negócios nucleares. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Negar fatos e evidências científicas, mesmo que elas estejam muito bem explicadas, documentadas é a essência da prática que serve para explicar qualquer tipo de negacionismo, incluindo o do uso de usinas nucleares, que nada mais são do que instalações industriais, que empregam materiais radioativos para produzir calor, e a partir deste calor gerar energia elétrica, como em uma termoelétrica. O que muda nas termoelétricas é o combustível utilizado. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No caso do uso da energia nuclear, também conhecida como energia atômica, algumas mentiras sobre esta fonte energética são defendidas, disseminadas, replicadas, compartilhadas, e assim, passam a construir verdades que acabam exercendo pressão, com o objetivo de minimizar e dificultar a percepção da população sobre os reais riscos e perigos que esta tecnologia representa, além de caras e sujas, e de ser totalmente desnecessária para o país. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A política energética atual tem-se caracterizado pela falta de apoio efetivo às fontes renováveis de energia. Ao contrário, o ministro de Minas e Energia proclama como prioritário, a nucleoeletricidade. Insiste em priorizar e promover fontes de energia questionadas, e mesmo abandonadas pelo resto do mundo, caso do apoio ao carvão mineral para termelétricas, e da própria energia nuclear. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No mundo em que vivemos cada ação praticada, implica em riscos. Assim, precisamos decidir sobre quais são aceitáveis, já que eliminá-los é impossível. Não existe risco zero. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A ocorrência de um acidente severo em usinas nucleares é catastrófica aos seres vivos, ou seja, o vazamento de material radioativo confinado no interior do reator para o meio ambiente. É bom que se saiba, que inexiste qualquer outro tipo de acidente que se assemelha a radioatividade lançada ao meio ambiente, e suas consequências e impactos, presentes e futuros. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No caso de usinas nucleares, onde reações nucleares com material físsil produz grande quantidade de calor concentrada em um espaço pequeno, no núcleo do reator, maiores são as consequências de qualquer anomalia acontecer, e se tornar uma catástrofe. Quanto maior a complexidade do sistema, mais elementos interagem entre si, e maiores são as chances de acidentes, mesmo com todos os cuidados preventivos. Neste caso, existe a possibilidade concreta de se cumprir a Lei de Murphy, segundo a qual “se uma coisa pode dar errado, ela dará, e na pior hora possível”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjX_DNnlVdHKR0pxnOEgIHA19Bc3AaMgYGpwK_PS4InuSRn0fAoTkz9w7nRY5SmiDCBpoK_gbuuQ__HBcGkwF0-jNv7XtC-9lL0Q1FNS-CpAQ2TCYAXgLl1digjBRLODmM1JOW_H0uubQiZR4Pqv6Fm85VanIo5PCoOibqZqgjYO3vMja4l89942M585Q=s728" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="350" data-original-width="728" height="308" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjX_DNnlVdHKR0pxnOEgIHA19Bc3AaMgYGpwK_PS4InuSRn0fAoTkz9w7nRY5SmiDCBpoK_gbuuQ__HBcGkwF0-jNv7XtC-9lL0Q1FNS-CpAQ2TCYAXgLl1digjBRLODmM1JOW_H0uubQiZR4Pqv6Fm85VanIo5PCoOibqZqgjYO3vMja4l89942M585Q=w640-h308" width="640" /></a></div>Eis algumas mentiras que são propagadas, e que são motivadas pelas consequências políticas e econômicas que representam, e que merecem os esclarecimentos devidos: </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>A energia nuclear é inesgotável, ilimitada</u></b> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As usinas nucleares existentes no país, e as novas propostas, utilizam como combustível o urânio 235 (isótopo do urânio encontrado na natureza). Este tipo de urânio, que se presta a fissão nuclear, é encontrado na natureza na proporção, em média, de 0,7%. Todavia é necessária uma concentração superior a 3% para ser usado como combustível, assim é necessário enriquecê-lo, aumentando o teor do elemento físsil. Pode-se afirmar que haverá urânio 235, suficiente para mais 30-50 anos, a custos razoáveis, para atender as usinas nucleares existentes. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>A energia nuclear é barata</u></b> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É muito mais cara do que nos fazem crer, sem contar com os custos de armazenagem do lixo radioativo, e o desmantelamento/descomissionamento no fim da vida útil da usina (custa aproximadamente o mesmo valor que a de sua construção). Logo, o custo do kWh produzido é próximo, e mesmo superior ao das termelétricas a combustíveis fósseis. E sem dúvida, acontecerá o repasse de tais custos para o consumidor final. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>A taxa de mortalidade de um desastre nuclear é baixa</u></b> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O contato de seres vivos, em particular de humanos com a radiação liberada por uma usina nuclear, tem efeitos biológicos dramáticos, e vai depender de uma série de fatores. Entre os quais: o tipo de radiação, o tipo de tecido vivo atingido, o tempo de exposição e a intensidade da fonte radioativa. Conforme a dose recebida os danos às células podem levar um tempo. Podem ser, desde queimaduras até aumento da probabilidade de câncer em diferentes partes do organismo humano. Portanto, em casos de acidentes severos já ocorridos, o número de mortes logo após o contato com material radioativo não foi grande; mas as mortes posteriores foram expressivas, segundo organismos não governamentais. Nestes casos a dificuldade de contabilizar a verdadeira taxa de mortalidade é dificultada pela mobilidade das pessoas. Pessoas que moravam próximas ao local destas tragédias, e que foram contaminadas, se mudam, e a evolução da saúde individual, fica praticamente impossível de se acompanhar. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>O nuclear é seguro</u></b> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Embora o risco de acidente nuclear seja pequeno, é preciso considerá-lo, haja vista que já aconteceu em diferentes momentos da história, e possui consequências devastadoras. Um acidente nuclear torna a área em que ocorreu inabitável. Rios, lagos, lençóis freáticos e solos são contaminados. Esse tipo de acidente ainda ocasiona alterações genéticas em seres vivos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>O uso da energia nuclear está em pleno crescimento no mundo</u></b> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Esta é uma falácia recorrente dos que creditam a esta tecnologia um crescimento mundial. Vários países têm criado dificuldades para a expansão de usinas, e mesmo abandonando a nucleoeletricidade. Como exemplos temos a Alemanha, Áustria, Bélgica, Itália, Portugal, …. E em outros países o movimento anti usinas nucleares tem crescido entre a população, como é o caso da França e Japão. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>A energia nuclear é necessária, é inevitável</u></b> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No caso do Brasil, as 2 usinas existentes participam da matriz elétrica com menos de 2% da potência total instalada. E mesmo que as projeções governamentais apontem para mais 10.000 MW até 2050, assim mesmo, a contribuição da nucleoeletricidade será inferior aos 4%. A energia nuclear não é necessária no Brasil que detém uma biodiversidade extraordinária e fontes renováveis em abundância. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>A energia nuclear é limpa</u></b> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por princípio não existe energia limpa, e sim as sujas e as menos sujas. No caso da energia nuclear ela é classificada de suja, pois é responsável por emissões de gases de efeito estufa ao longo do ciclo do combustível nuclear (da mineração a produção das pastilhas combustíveis), e produz o chamado lixo radioativo. O lixo é composto por tudo o que teve contato com a radioatividade. Logo, entra nessa categoria: resíduos do preparo das substâncias químicas radioativas, a mineração, o encanamento através do qual passam, as vestimentas dos funcionários, as ferramentas utilizadas, entre outros. Parte deste lixo, por ser extremamente radioativo, precisando ser isolado do meio ambiente por centenas, e mesmo milhares de anos. Não existe uma solução definitiva de como armazená-lo. Um problema não solucionado que será herdado pelas gerações futuras. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>O nuclear resolve nosso problema energético, evitando os apagões e o desabastecimento</u></b> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Contribui atualmente com 2% da potência total instalada no país, podendo chegar a 4% em 2050, caso novas usinas sejam instaladas. O peso das potências total instaladas, atual e futura, na matriz elétrica é muito inferior ao potencial das alternativas renováveis (por ex.: Sol e vento) disponíveis. Logo, a afirmativa de que a solução para eventuais desabastecimentos de energia pode ser compensada pela energia nuclear é uma mentira das grandes. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O que está ocorrendo no país, caso prossiga a atual política energética nefasta, no sentido econômico, social e ambiental, é um verdadeiro desastre que deve ser evitado. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><u>Para saber mais sugiro a leitura dos livros:</u></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><i>Por um Brasil livre das usinas nucleares</i></b> - Chico Whitaker </div><div style="text-align: justify;"><b><i><br /></i></b></div><div style="text-align: justify;"><b><i>Bomba atômica pra quê?</i></b> - Tania Malheiros</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><u>E os artigos de opinião:</u> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><i>Energia nuclear é suja, cara e perigosa</i></b> - Chico Whitaker</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><i>O Brasil não precisa de mais usinas nucleares</i></b> - Ildo Sauer e Joaquim Francisco de Carvalho</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><i>Porque o Brasil não precisa de usinas nucleares</i></b> - Heitor Scalambrini Costa e Zoraide Vilasboas</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><i>Insegurança na usina nuclear de Angra 3</i></b> - Célio Bermann e Francisco Corrêa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por: <b>Heitor Scalambrini Costa</b> (<b><a href="https://www.ecodebate.com.br/2022/01/21/o-negacionismo-nuclear" target="_blank">EcoDebate</a></b>).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-11813152315438553512022-01-14T10:13:00.005-08:002022-01-14T10:27:58.282-08:00As Plantas Conversam Entre Si: Isso Não É Ficção, É Ciência <div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjBB3rsDkTW15O_ghZD2ivkqd2wp1dl8XgQx42T5HSBr7wTF_0QjBxKTPIoS1JXdcdEVS7jjy1sp4X6AfFs4ZKAiOUjOQsROk-TQj0WaRVhZ2AGuSc9UWVeMOSYRE4VjbrBJ13aGmeXmlchdEm9Uhh_ONVGrAdXwBHeVlPYLncAEo3tUch28sWbxRgFTA=s1536" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1536" height="427" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjBB3rsDkTW15O_ghZD2ivkqd2wp1dl8XgQx42T5HSBr7wTF_0QjBxKTPIoS1JXdcdEVS7jjy1sp4X6AfFs4ZKAiOUjOQsROk-TQj0WaRVhZ2AGuSc9UWVeMOSYRE4VjbrBJ13aGmeXmlchdEm9Uhh_ONVGrAdXwBHeVlPYLncAEo3tUch28sWbxRgFTA=w640-h427" width="640" /></a></div><div style="text-align: center;">Guarde esse nome: rizosfera. É aí que tudo acontece e onde está focada a pesquisa de cientistas brasileiros realizada por Embrapa e USP. </div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No filme “Avatar”, de 2009, dirigido pelo norte-americano James Cameron, sucesso na época que se tornou um símbolo cult, os organismos conversam entre si. A cena da comunicação entre as árvores se tornou icônica e simboliza uma área do conhecimento que extrapola a ficção. Porque é justamente o contrário: a ficção veio depois da realidade. Foi o trabalho pioneiro da ecologista Suzanne Simard, da Universidade da Columbia Britânica que ajudou o cineasta a colocar nas telas a sua arte. As plantas conversam entre si: isso não é ficção, é ciência. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No Brasil, essa realidade científica passa pelos corredores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), em parceria com a Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz). Um bioensaio realizado pela universidade e a unidade Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna (SP), envolveu plantas de trigo no qual os pequisadores mostram que elas se “comunicam” com microorganismos benéficos que envolvem suas raízes para terem acesso a mais nutrientes do solo e obterem maior proteção contra doenças fúngicas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os experimentos ocorreram ao longo de 2021, com o apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), foram apresentados em outubro, durante o Simpósio Internacional “Avances en el mundo de Microbiomas”, da Universidad San Francisco de Quito, e devem continuar. O próximo passo para mapear essa comunicação será analisar o impacto da invasão de fungos e bactérias benéficas na montagem das comunidades bacterianas e fúngicas da rizosfera para entender os padrões e correlações entre a estrutura do microbioma da rizosfera, com o solo, a diversidade do microbioma e o estabelecimento do inoculante benéfico. </div><br /><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiVoKmifRSOmFWJDB2VoIunJ27KKlF98L5K4GUaYeUbafDVKnIkmou8Nij0v5JiGzs6ZjvSrwH7msPxV7OlkZ7RfkcFSRDibmt-dQEsVxvn1BoHYoxQPKCDi106EvDJh1P5XqG58dVglVsONLdqdcQiKEVzcRJz_0U1iggtuUNJzWzMObf7nQ6HwGAqjg=s593" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="446" data-original-width="593" height="482" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiVoKmifRSOmFWJDB2VoIunJ27KKlF98L5K4GUaYeUbafDVKnIkmou8Nij0v5JiGzs6ZjvSrwH7msPxV7OlkZ7RfkcFSRDibmt-dQEsVxvn1BoHYoxQPKCDi106EvDJh1P5XqG58dVglVsONLdqdcQiKEVzcRJz_0U1iggtuUNJzWzMObf7nQ6HwGAqjg=w640-h482" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Plantas de trigo do bioensaio realizado pela Embrapa e USP.</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para quem não sabe o que é rizosfera, anote: é a região do solo influenciada pelas raízes das plantas. Os pesquisadores querem, com novos experimentos, entender os padrões e relações que se estabelecem entre um microbioma, o solo e bactérias benéficas eventualmente inoculadas. Explicando em detalhes: sabendo que o microbioma da rizosfera fornece serviços ecológicos, incluindo nutrição e proteção contra doenças, os cientistas foram observar se as plantas de trigo mudariam o padrão da exsudação da raiz (aquele líquido que sai dos poros de uma planta ou um animal, e adquire consistência viscosa) para acessar os recursos fornecidos por esses microrganismos antagônicos, no caso de uma infecção por um patógeno transmitido pelo solo, o fungo Bipolaris sorokiniana. Os patógenos são organismos capazes de causar doenças em um hospedeiro. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os cientistas testaram o impacto de três bactérias benéficas – Streptomyces, Paenibacillus e Pseudomonas –, antagônicas ao patógeno, no início da doença, para entender como a planta hospedeira e os micróbios benéficos se comunicam para afastar o patógeno da rizosfera.
“Testamos a inoculação independente dos três isolados bacterianos em mudas de trigo inoculadas ou não com o fungo patógeno. O índice de severidade foi o mais alto (93%) em plantas inoculadas exclusivamente com o patógeno (tratamento controle)”, explica Helio Quevedo, da Esalq/USP. “Em plantas inoculadas com a bactéria antagonista e com o patógeno, o índice de severidade variou de 50 a 62%, mostrando uma diminuição significativa na incidência da doença em comparação com o controle tratamento.” </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>Diversidade microbioma é boa para o planeta</u></b> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em outro estudo, os cientista avaliaram a diversidade do microbioma da rizosfera e seu impacto na proteção da planta de trigo inoculada com o patógeno de raiz Bipolaris sorokiniana e com um inoculante bacteriano antagonista – Pseudomonas. Utilizando uma técnica chamada “diluição à extinção”, os pesquisadores “diluíram” a diversidade microbiana de um solo natural e, além do solo natural, usaram tratamentos com um gradiente de solo diluído e também autoclavado. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A inoculação resultou em maior altura de planta e massa seca de raiz, principalmente em tratamentos com o solo natural para a altura, mostrando o potencial de promoção do crescimento deste inoculante. Este inoculante também promoveu a proteção da planta nos tratamentos onde o patógeno foi introduzido. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Rodrigo Mendes, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, explica que o microbioma da rizosfera oferece à planta hospedeira funções benéficas, incluindo absorção de nutrientes, tolerância ao estresse abiótico – onde há ausência de vida – e defesa contra doenças transmitidas pelo solo. Por exemplo, durante uma invasão de patógeno fúngico do sistema radicular, famílias bacterianas específicas e com certas funções são enriquecidas na rizosfera e ajudam a prevenir a infecção das plantas pelo patógeno. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Conforme Caroline Nishisaka, da Esalq, o índice de gravidade da doença foi maior em todos os tratamentos que receberam o fungo patógeno Bipolaris sorokiniana, principalmente no solo mais “diluído”, mostrando que é mais destrutivo em solos com baixa diversidade microbiana, onde o inoculante antagonista também é mais eficaz na proteção a planta.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por: <b>Vera Ondei</b>. Fonte(s): <b><a href="https://forbes.com.br/forbesagro/2022/01/as-plantas-conversam-entre-si-isso-nao-e-ficcao-e-ciencia/" target="_blank">Forbes Agro / Embrapa</a></b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-16751262606864068322021-11-02T02:41:00.001-07:002021-11-02T02:41:10.623-07:00Nem do Oceano Nem da Amazônia: De Onde Vem o Oxigênio Que Respiramos?<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggXFZTjBRdUCvnYemxTbyLnj8c5SqaKX7227q-qHcfp475ffPmahOO_IK1NgS935GwZj8V11Hh8u2KCAE4HjTKeH9qQBZ4HJUgK1nlQdp_zocZL_S5VjOiRG4vSrlYf4hk52Wpwai97PCD/s725/Biosfera.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="482" data-original-width="725" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggXFZTjBRdUCvnYemxTbyLnj8c5SqaKX7227q-qHcfp475ffPmahOO_IK1NgS935GwZj8V11Hh8u2KCAE4HjTKeH9qQBZ4HJUgK1nlQdp_zocZL_S5VjOiRG4vSrlYf4hk52Wpwai97PCD/s16000/Biosfera.jpg" /></a></div><br />É comum ouvir que o oxigênio que respiramos vem do oceano ou das florestas tropicais. No entanto, o biólogo espanhol Carlos Duarte, uma das autoridades máximas da vida oceânica, diz que essa afirmação não possui respaldo científico. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"> <b><u>De onde vem o oxigênio? </u></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“No oceano, assim como nos ecossistemas terrestres, a maior parte do oxigênio produzido é consumido pelos próprios organismos do sistema, tanto no caso das cianobactérias como no caso da Amazônia, em que o balanço do oxigênio é quase neutro”, explica Duarte. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“A fotossíntese produz oxigênio, mas toda a cadeia trófica e os micro-organismos o consomem, de forma que o balanço é de quase zero”, continua. Isso significa que as grandes quantidades de oxigênio geradas nos oceanos e florestas são consumidas pelos mesmos organismos que as geram. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Então, de onde vem o oxigênio que respiramos? “O oxigênio que está presente na atmosfera vem do evento da ‘Grande Oxigenação’, que ocorreu como o desenvolvimento da fotossíntese, há milhões de anos, e é esse oxigênio que continua sendo o legado que encontramos na atmosfera e que mantém nossa respiração”, afirma o especialista. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Trata-se de um processo que ocorreu há aproximadamente 2,4 bilhões de anos, pela proliferação de bilhões de cianobactérias. Muito mais tarde, há cerca de 600 milhões de anos, o processo teve outra fase, que completou a configuração atmosférica que conhecemos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Além disso, Duarte afirma que, se todos os combustíveis fósseis da Terra fossem queimados, a enorme massa de oxigênio não diminuiria nem 3%. “A reserva de oxigênio na atmosfera é tão enorme, que se pudéssemos fazer uma experiência mental de apagar a fotossíntese, sem haver nova produção de oxigênio na biosfera, poderíamos continuar respirando, não somente nós, humanos, mas todos os organismos do planeta, durante três mil anos ou mais”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fonte: <b><a href="https://history.uol.com.br/ciencia-e-tecnologia/nem-do-oceano-nem-da-amazonia-de-onde-vem-o-oxigenio-que-respiramos">History</a></b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-41338777220899121752021-09-14T09:48:00.004-07:002021-09-14T10:00:37.589-07:00Carne Ainda Mais Cara e Pecuária Mais Poluente: Os Efeitos da Mudança Climática<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS_xDZPzvhCxcYbJlesdAdSzxAZRYZy77csgq7kqbRE6LVRHbQTjmTGP-VKwzJ63Zao_MlRCg0lgWXq6lhUck6YJwaaptXnS2nwYSiCV50v8SscsTucLhxMG70eO6hXuYZ1ObVkTz2NN5C/s800/Carnes+nas+prateleiras.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS_xDZPzvhCxcYbJlesdAdSzxAZRYZy77csgq7kqbRE6LVRHbQTjmTGP-VKwzJ63Zao_MlRCg0lgWXq6lhUck6YJwaaptXnS2nwYSiCV50v8SscsTucLhxMG70eO6hXuYZ1ObVkTz2NN5C/w640-h360/Carnes+nas+prateleiras.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: center;">Mais calor e menos água devem prejudicar a qualidade do pasto, afetando a produção de carne, dizem cientistas. Preços altos vão tornar o consumo do produto ainda mais desigual. </div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quem está pagando R$ 40 o quilo em cortes de segunda ou já nem vê mais carne no prato neste ano de 2021 deve achar que pior do que está, a coisa não fica. Mas como no Brasil, diz o ditado, "no fundo do poço tem um alçapão", os cientistas trazem más notícias: pode ficar muito pior. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O motivo é o rápido e já perceptível avanço das mudanças climáticas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Durante dez anos, pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) em Ribeirão Preto simularam os efeitos do aumento de temperatura e menor oferta de água sobre a qualidade do pasto, que serve de alimento para mais de 90% do gado de corte brasileiro. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Eles constataram que a qualidade das folhas será severamente afetada pelo aumento de pelo menos 2°C esperado nas temperaturas nos próximos anos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com isso, vai ser mais difícil engordar o gado, ou será preciso complementar a alimentação dos animais "a cocho" — expressão usada pelos pecuaristas para a nutrição do gado em confinamento, geralmente feita com grãos como milho, soja e sorgo — o que tende a reduzir a oferta ou encarecer ainda mais a carne bovina. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E talvez ainda mais grave: o pasto com menos proteína e mais lignina (um componente indigerível pelos animais) pode levar os bois a produzirem ainda mais metano no seu processo digestivo. Com isso, uma atividade que já é considerada atualmente uma "vilã" do clima pode contribuir ainda mais para as mudanças climáticas, num ciclo vicioso. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em outro processo pernicioso, o aumento de temperaturas deve fazer o gado precisar de ainda mais água para se refrescar, num ambiente onde a oferta do líquido será mais restrita. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Diante desse cenário, o recado dos cientistas é unânime: é preciso atuar já para mitigar as mudanças climáticas, melhorar o uso dos recursos hídricos pela agropecuária e desenvolver novas forrageiras (como são chamadas as plantas usadas na alimentação animal) mais resistentes ao calor e à falta de água. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A boa notícia, diz a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), é que o país já tem experiência no assunto, pois produz proteína animal no semiárido, que é uma espécie de "microcosmo" do que será um Brasil futuro mais quente e com menos chuva. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>O gado e a grama</u></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Lá na USP Ribeirão Preto, nós temos uma estrutura montada para simular o clima futuro. Basicamente: o incremento do CO2 [gás carbônico, principal responsável pelo efeito-estufa], o aumento da temperatura e a falta de água", conta o professor Carlos Alberto Martinez Y Huaman, do departamento de Biologia da USP em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Nosso objetivo principal foi fazer uma simulação de como as pastagens poderiam responder às mudanças climáticas — ao aumento da temperatura em 2°C, ao aumento do CO2 em 50% e à restrição hídrica", explica o pesquisador. "Escolhemos para começar duas forrageiras brasileiras, uma gramínea e uma leguminosa, que foram cultivadas nesses ambientes modificados." </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E o que os pesquisadores encontraram nesses dez anos de estudos? </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Encontramos o seguinte: o aumento de temperatura e a falta de água são muito prejudiciais para os pastos. Não somente para a produção de biomassa, mas também para a qualidade das folhas, que é a parte da planta que o gado come", diz Martinez, lembrando que os pastos ocupam no Brasil cerca de 160 milhões de hectares — uma área equivalente ao Irã e maior do que todo o Estado do Amazonas, a maior unidade federativa brasileira em território. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tanto a produção de carne, como a de leite, dependem do acesso do gado a pastos de boa qualidade e em boa quantidade. "Quando aumenta a temperatura e chove menos, as plantas vão produzir menos folhas e a qualidade da folha também muda: começa a cair o teor de proteína — nós encontramos uma queda entre 20% e 30%." </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Com menos proteína e mais lignina — um polímero que o gado não consegue digerir —, o aproveitamento do pasto pelo gado cai. Assim, ele ganha menos peso. Para compensar, o gado vai ter que comer mais folha, mais pasto, ou o pecuarista vai ter que dar suplemento alimentar, se não o gado não engorda", afirma. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"E se aumenta o teor de lignina, pode haver maior emissão de metano, um gás do efeito estufa que tem 20 vezes mais efeito de aquecimento que o CO2. Então pode causar mais problemas para as mudanças climáticas", alerta o especialista. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com a mudança climática também se altera a microbiota do solo — microbiota é o nome que se dá aos microrganismos que vivem em um ambiente. "Surgem fungos patogênicos que causam doenças nas plantas, isso é ruim para elas e para a produção pecuária." </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Além da emissão de metano, também podem aumentar as emissões de óxido nitroso, um gás que tem 300 vezes mais efeito de aquecimento que o CO2. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Quando se altera o ambiente e é aplicado, por exemplo, um adubo nitrogenado no pasto, pode haver uma perda grande de nitrogênio na forma de óxido nitroso. Isso tem impacto nas mudanças climáticas, contribuindo para o aquecimento global", explica o pesquisador. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>Preço da carne e desigualdade social</u></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entre as soluções para mitigar o problema, Martinez enumera: o uso de plantas mais resistentes à seca, a fixação biológica do nitrogênio (feita através de bactérias colocadas junto com as sementes que fixam o componente químico no solo) e a recuperação de pastos degradados para evitar o avanço do desmatamento. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ele também defende o incentivo ao método de produção chamado ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta), que inclusive ajuda no controle de temperatura na criação dos animais, que podem recorrer à sombra das árvores para se proteger, diminuindo consequentemente a necessidade de consumo de água pelo gado num futuro que será mais quente. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"É preciso que a informação chegue aos produtores, aos tomadores de decisão, para que vejam que o problema já está acontecendo. As mudanças climáticas e os eventos extremos estão ocorrendo dia a dia", alerta. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Se não tomarmos medidas para enfrentar essa situação, o preço da carne e do leite vai subir, para compensar o aumento de custo que os pecuaristas terão com a piora da qualidade do pasto. É um problema social, econômico e científico", conclui. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao se vislumbrar esse futuro de preços ainda mais altos, é preciso levar em conta que o consumo de carne é um importante marcador de desigualdade social no Brasil. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Segundo um estudo de pesquisadores do IFMG (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais), com base em dados da POF do IBGE (Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o consumo médio per capita anual de carne bovina entre 2008 e 2009 era de 17,61 kg para as classes com rendimento acima de R$ 6,2 mil, sendo 11,33 kg de carne de primeira e 6,28 kg de carne de segunda. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para as classes com renda até R$ 830, o consumo médio por pessoa anual era de 8,88 kg, sendo 6,03 kg de carne de segunda e 2,85 kg de carne de primeira. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ou seja: um futuro em que as mudanças climáticas torne as carnes ainda mais caras deve aprofundar a desigualdade no acesso às proteínas mais nobres.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQJik5UMhtJSUi0E_0DeUfwp972i0DKsqBknm6PNjfiJfadG1Nzd25W3C2jkN0By2M1EMgxGGCyg3wGHP-Uaz9qofcWfYZM_DE2D1GpnUZZFyFkqUtPWb3934Sp_yb2WPEy_RvUGoHKgC8/s804/Gr%25C3%25A1fico+carne+bovina.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="453" data-original-width="804" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQJik5UMhtJSUi0E_0DeUfwp972i0DKsqBknm6PNjfiJfadG1Nzd25W3C2jkN0By2M1EMgxGGCyg3wGHP-Uaz9qofcWfYZM_DE2D1GpnUZZFyFkqUtPWb3934Sp_yb2WPEy_RvUGoHKgC8/s320/Gr%25C3%25A1fico+carne+bovina.png" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Clique no gráfico para ampliar!</td></tr></tbody></table>"O que estava previsto para acontecer até 2050, 2100, agora se espera que aconteça até 2030, 2040. As estimativas mais pessimistas já falam que podemos chegar em cinco anos a [um aumento de temperatura de] 1,5°C, que é o limite do Acordo de Paris", alerta Martinez. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Normalmente, aqui no Brasil, a época de seca durava entre dois e quatro meses. Se a seca dura cinco, seis, oito meses, não há forma de cultivar plantas. Isso cria um cenário bastante pessimista na produção pecuária e agrícola. E temos que ter consciência de que isso é um problema sério de segurança alimentar." </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>Água como questão-chave</u></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Gherman Araujo, pesquisador da Embrapa Semiárido, destaca que, com o aumento esperado da temperatura nos próximos anos, os animais podem demandar um consumo de água entre duas e quatro vezes maior para manter a temperatura de seus corpos sob controle. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Segundo ele, o consumo de água pelos animais varia de 2% a 6% do seu peso vivo. Isso significa que um boi de cerca de 500 kg ingere pelo menos 20 litros de água por dia. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"O componente água é o principal dentro do sistema de produção agropecuário e o que mais será afetado [pelas mudanças climáticas]", destaca Araujo. "Sem água não há possibilidade de se ter qualquer tipo de produção de proteína animal ou vegetal." </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Durante a elaboração do PNHS (Plano Nacional de Segurança Hídrica), a ANA (Agência Nacional de Águas) identificou que os riscos diretos à produção animal por "fragilidades no balanço entre oferta e demanda de água" já alcançam R$ 29,86 bilhões, podendo somar R$ 44,57 bilhões em 2030, conforme informou o coordenador de estudos setoriais da ANA, Thiago Fontenelle, durante simpósio promovido pela Embrapa no ano passado. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Isso é muito sério e pode afetar todas as cadeias de produção animal, desde suínos, aves, até os ruminantes caprinos, ovinos e bovinos de leite e de corte", diz o pesquisador. "Até porque esses animais dependem para sua nutrição de grãos e a produção de grãos será afetada — haverá uma competição natural entre a demanda de grãos para consumo humano e para atender o consumo dos animais." </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"É preciso que a zootecnia atue trazendo soluções tecnológicas para mitigar os efeitos da alteração do clima", defende o especialista da Embrapa. "A região semiárida pode ser uma referência para como se produzir e ser eficiente num ambiente onde haja aumento de temperatura e menor disponibilidade hídrica." </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Segundo Araujo, o semiárido tem a ensinar técnicas diversas de captação e conservação de água; o uso de espécies vegetais altamente eficientes no uso do líquido, como a palma forrageira, um cacto utilizado na alimentação animal; além de animais tolerantes a altas temperaturas e eficientes no consumo de alimentos de baixa qualidade. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Nós temos muito o que ofertar como alternativas em um ambiente menos favorável em relação a temperatura e precipitação. O semiárido vai ser olhado na busca por soluções para a adaptação de outros biomas. Não tenha dúvida disso."</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por: <b>Thaís Carrança</b> (<b><a href="https://www.bbc.com/portuguese/brasil-58351344" target="_blank">BBC Brasil</a></b>).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-90229916192596200362021-07-01T14:05:00.002-07:002021-07-01T14:08:30.410-07:00Entenda o Inequívoco Papel Humano na Mudança Climática<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikHV8ga_ZZKzNVUXIsqPg4YwwIzouo68-FelNQU484vPO-o633mCuZTiWnWHNOpwMz73MRqgFMpfQe3QoO8E35s7_mdcuo_XLxhAYWW2jf7XTQ-WEhxCyucfAiMByg7OxowKq_x37vxtTt/s700/Papel+humana+na+mudan%25C3%25A7a+clim%25C3%25A1tica.png" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="394" data-original-width="700" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikHV8ga_ZZKzNVUXIsqPg4YwwIzouo68-FelNQU484vPO-o633mCuZTiWnWHNOpwMz73MRqgFMpfQe3QoO8E35s7_mdcuo_XLxhAYWW2jf7XTQ-WEhxCyucfAiMByg7OxowKq_x37vxtTt/w640-h360/Papel+humana+na+mudan%25C3%25A7a+clim%25C3%25A1tica.png" width="640" /></a></div><br />A comunidade científica não tem mais dúvida sobre a mudança climática causada por atividades humanas. A DW explica como o estudo do clima evoluiu para o consenso científico sobre o aquecimento global.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É verdade que, dentro de sua história de 4,5 bilhões de anos, o planeta Terra experimentou eras de menor e maior calor. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Numa alternância de milhares de anos, essas mudanças foram determinadas por variações na órbita da Terra ao redor do Sol. Enquanto distâncias maiores resultaram em ciclos mais frios, a proximidade gerou eras mais quentes e interglaciais. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No final do século 20, quando cientistas começaram a observar como as temperaturas mudaram ao longo da história, eles notaram um aquecimento planetário muito mais rápido que a média, iniciado a partir dos anos 1980. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHC2njaRqzekO5Mv8KIyL_NTaprS19NNG9ycNl6pNBo6TgDrCkuVRynm4oxA_hOAPjWD_irpVS_T9SMtxAzYtdsAqWQcEAvWFch7P1nBVOb63uqVinLfQa1T_Cv1K_VAAIRNxEEq-FbHPQ/s2048/Anomalias+de+temperatura.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1761" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHC2njaRqzekO5Mv8KIyL_NTaprS19NNG9ycNl6pNBo6TgDrCkuVRynm4oxA_hOAPjWD_irpVS_T9SMtxAzYtdsAqWQcEAvWFch7P1nBVOb63uqVinLfQa1T_Cv1K_VAAIRNxEEq-FbHPQ/w550-h640/Anomalias+de+temperatura.png" width="550" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Em 1998, pesquisadores da Universidade de Massachusetts e do Laboratório de Pesquisas de Anel de Árvore da Universidade do Arizona, ambas nos Estados Unidos, publicaram um estudo mostrando a temperatura média anual global durante os últimos mil anos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para calcular temperaturas tão antigas, eles estudaram os chamados registros naturais – medições de núcleos de gelo, anéis de árvores e corais. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O resultado mostrou pouca variação durante muitas centenas de anos até o século 20, quando subitamente houve um aumento acentuado. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 2013, uma pesquisa publicada na revista Science analisou temperaturas ainda anteriores, datando de 11 mil anos atrás. A conclusão foi a mesma: o planeta aqueceu mais rápido no século passado do que em qualquer outra época desde o final da última era glacial. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O estudo também revelou que, nos últimos 2 mil anos, a Terra vem enfrentando um período de resfriamento natural em termos de sua posição em relação ao Sol. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas, como explica o estudo, esse resfriamento natural praticamente não foi notado devido ao aquecimento sem precedentes causado pelas emissões humanas de gases de efeito estufa. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>O que as emissões de CO2 têm a ver com a mudança climática?</u></b> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O efeito estufa – um processo natural que aquece a Terra – é necessário para sustentar a vida no planeta. Ele acontece quando certos gases em nossa atmosfera capturam o calor emitido pela Terra e atuam como o próprio efeito estufa do planeta. Os gases naturais que retêm o calor em nossa atmosfera, que incluem dióxido de carbono (CO2), metano e óxido nitroso, são necessários para manter a temperatura da superfície da Terra quente. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sem o efeito estufa, a temperatura da superfície cairia 33 graus Celsius, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Isso tornaria o planeta um lugar congelado e inabitável. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Durante milhares de anos, a natureza regulou bem a concentração desses gases. Mas isso começou a mudar quando os seres humanos passaram a queimar combustíveis fósseis para criar energia, o que desencadeou um aumento acentuado das emissões não naturais de CO2. Isso interferiu no equilíbrio atmosférico do planeta e, como resultado, a Terra começou a aquecer mais rapidamente. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De acordo com o relatório da OMM sobre o Estado do Clima Global 2020, a temperatura média no ano passado foi 1,2 grau Celsius mais alta do que os níveis pré-industriais. Isso se refere ao período entre 1850-1900, quando os combustíveis fósseis não eram amplamente utilizados como meio para gerar energia. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O relatório descreveu os níveis crescentes de gases de efeito estufa na atmosfera resultantes das atividades humanas como "um dos principais motores das mudanças climáticas".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4CZlfaoqg9SsL_pFpFJY_3eSgx63EoLVf3U2xD4vZpfNxa6Ucdeb1k68ertvDfRXwiTyyD86ZnqXUAqUMvv4lHGMEEnnVwLzaexj5GxuOVRRcC8qFqExomO0HdSzAL9j-Gl-M4IbT6F29/s2048/Or%25C3%25A7amento+global+de+carbono.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1128" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4CZlfaoqg9SsL_pFpFJY_3eSgx63EoLVf3U2xD4vZpfNxa6Ucdeb1k68ertvDfRXwiTyyD86ZnqXUAqUMvv4lHGMEEnnVwLzaexj5GxuOVRRcC8qFqExomO0HdSzAL9j-Gl-M4IbT6F29/w353-h640/Or%25C3%25A7amento+global+de+carbono.png" width="353" /></a></div>Em 2001, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) estimou que a concentração de CO2 na atmosfera havia sido de 280 partes por milhão (ppm) por vários milhares de anos antes da era industrial. Em 1999, havia aumentado para 367 ppm. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Criado como um órgão da ONU em 1988, o IPCC tem 195 países-membros e se ocupa da ciência relacionada à mudança climática. Ele atribuiu o aumento de CO2 atmosférico às emissões geradas pelo homem, três quartos delas provenientes da queima de combustíveis fósseis, e o restante da mudança no manejo da terra. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em maio de 2021, o nível médio global de CO2 atmosférico atingiu 415 ppm. A última vez em que os níveis de CO2 haviam sido tão elevados foi há cerca de 3 milhões de anos, quando o nível do mar era cerca de 30 metros mais alto, e os humanos modernos nem sequer existiam. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O cientista climático Benjamin Cook, do Instituto Goddard para Estudos Espaciais da Nasa, explica que, no final do século 20, quando os pesquisadores começaram a procurar respostas para explicar a tendência de aquecimento, eles examinaram diferentes fatores, incluindo gases de efeito estufa, energia solar, circulação oceânica e atividade vulcânica. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Somente as emissões de gases de efeito estufa dos combustíveis fósseis e a industrialização nos deram uma previsão que se alinha com o aquecimento que estamos vendo", disse Cook à DW. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ele afirma que a comunidade científica está tão confiante na mudança climática causada pelo homem hoje quanto na compreensão da teoria da gravidade. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Há incertezas e nuances a serem discutidas na ciência climática", comenta Cook. "Mas a única coisa em que praticamente todo cientista concorda hoje é que o aquecimento que estamos vendo é impulsionado pela queima de combustíveis fósseis." </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>Por que demorou para se chegar a essa conclusão?</u></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma análise amplamente discutida sobre a evolução do consenso científico sobre o aquecimento global antrópico foi publicada em 2013. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Liderado por John Cook, pesquisador do Centro de Pesquisa de Comunicação sobre Mudanças Climáticas da Universidade de Monash, na Austrália, pesquisadores americanos, britânicos e canadenses examinaram 11.944 textos relacionados ao clima publicados na literatura científica revisada por pares entre 1991 e 2011. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Menos de 1% dos trabalhos de pesquisa examinados rejeitavam a ideia da influência humana sobre o clima da Terra. Dos textos, 66,4% não expressaram nenhuma posição sobre o fator antrópico, e 32,6% o endossaram. Uma análise mais aprofundada desse último número revelou um consenso de 97,1% sobre a mudança climática causada pelo homem. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os críticos, no entanto, atacaram as conclusões com base no fato de que o consenso de 97,1% foi derivado de menos de um terço (32,6%) de todos os artigos revisados. A maioria (66,4%), argumentaram eles, não havia expressado um ponto de vista. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O consenso científico não pode ser alcançado através de votação, mas evolui com o tempo à medida que mais pesquisas são feitas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um estudo mais recente conduzido por um grupo de autores internacionais confirmou que mais de 90% dos cientistas climáticos compartilham o consenso de que a mudança climática é causada pelo homem. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E uma análise de 2019 de 11.602 artigos revisados por pares sobre mudança climática publicados nos primeiros sete meses de 2019 constatou que os cientistas chegaram a um acordo de 100% sobre o aquecimento global causado pelos humanos. Essa pesquisa foi realizada por James Lawrence Powell, geólogo americano e autor de 11 livros sobre mudanças climáticas e ciência da Terra. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Se uma teoria alternativa do que está impulsionando a mudança climática em vez de gases de efeito estufa fosse apoiada por pesquisas e evidências, tal trabalho seria inovador", diz Benjamin Cook. "Seria um estudo de nível de prêmio Nobel. Mas nós não temos ainda essa pesquisa." </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A mudança climática de origem humana é endossada pelo IPCC. Já em 1995, o órgão intergovernamental disse: "O equilíbrio das evidências sugere que existe uma influência humana discernível sobre o clima global." </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Uma abordagem científica significa olhar para os dados, observações e resultados para tirar conclusões", afirma Helene Jacot Des Combes, climatologista da Universidade do Pacífico Sul, autora do IPCC e assessora do governo das Ilhas Marshall. "E tudo isso nos diz que a atual mudança climática é causada pelas atividades humanas."</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por: <b>Tatiana Kondratenko</b> (<b><a href="https://www.dw.com/pt-br/entenda-o-inequ%C3%ADvoco-papel-humano-na-mudan%C3%A7a-clim%C3%A1tica/a-58098428">Deutsche Welle</a></b>).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-88285601598997652812021-06-17T11:50:00.005-07:002021-06-17T12:04:46.366-07:00Estudo Mapeia Pela Primeira Vez os Limites do Sistema Solar<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwj-uiZ1dUjew4Ul3Swk6UrIlX1zWLZ3jAtj1ynPnoFrqS5kByecwBaGquYXdGvhy5MZgQmg6h2fx0QrRZl5uKySkaS00AbFMNOyrlWnpy8Kkdw3aX8FMOTwRKdZeeqCD7hsbfhyX08isd/s1440/Mapeamento+3D+Sistema+Solar.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="829" data-original-width="1440" height="368" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwj-uiZ1dUjew4Ul3Swk6UrIlX1zWLZ3jAtj1ynPnoFrqS5kByecwBaGquYXdGvhy5MZgQmg6h2fx0QrRZl5uKySkaS00AbFMNOyrlWnpy8Kkdw3aX8FMOTwRKdZeeqCD7hsbfhyX08isd/w640-h368/Mapeamento+3D+Sistema+Solar.jpg" width="640" /></a></div><br />Cientistas criaram mapa 3D pioneiro que mostra fronteiras da heliosfera com o espaço, uma região varrida pelos fortes ventos interestelares. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Cientistas conseguiram mapear a heliopausa, que é o limite da heliosfera (em marrom na ilustração acima) com o espaço interestelar (em azul escuro). Créditos: NASA/IBEX/Adler Planetarium. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pela primeira vez, uma equipe de cientistas mapeou a região onde está localizado o limite da heliosfera. O trabalho vai ajudar nas pesquisas sobre a interação entre o vento solar e os ventos de origem interestelar. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Modelos físicos vêm teorizando sobre essa fronteira há anos”, disse Dan Reisenfeld, cientista do <b><a href="http://www.lanl.gov">Laboratório Nacional de Los Alamos</a></b> e principal autor do artigo, e responsável pelo mapeamento. “Mas esta é a primeira vez que realmente conseguimos medir e fazer um mapa tridimensional.” </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A heliosfera é uma bolha criada pelo vento solar. É um fluxo de prótons, elétrons e partículas alfa que se estende desde o Sol até o espaço interestelar, protegendo a Terra da radiação interestelar prejudicial. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em seu trabalho publicado no <b><a href="https://iopscience.iop.org/journal/0004-637X">Astrophysical Journal</a></b>, Reisenfeld e a equipe usaram dados do Interstellar Boundary Explorer (IBEX). O IBEX é um satélite da Nasa que detecta partículas que vêm da camada limite entre o Sistema Solar e o espaço interestelar, ou seja, da heliosfera. A equipe conseguiu mapear a borda dessa zona – uma região chamada heliopausa. Nela, o vento solar, que se desloca em direção ao espaço interestelar, colide com o vento interestelar, que se desloca em direção ao sol. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para realizar essa medição, eles utilizaram uma técnica semelhante ao sonar dos morcegos. “Assim como os morcegos enviam pulsos de sonar em todas as direções e usam o sinal de retorno para criar um mapa mental de seus arredores, usamos o vento solar do Sol, que vai em todas as direções, para criar um mapa da heliosfera”, disse Reisenfeld. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Eles fizeram isso usando a medição do satélite IBEX de átomos neutros energéticos (ENAs), que surgem a partir das colisões entre as partículas do ventos solar e as partículas dos ventos interestelares. A intensidade desse sinal depende da intensidade do vento solar que atinge a heliopausa. Quando uma onda atinge a pausa, a contagem de ENA aumenta e o IBEX pode detectá-la. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“O ‘sinal’ do vento solar enviado pelo Sol varia em intensidade, formando um padrão único”, explicou Reisenfeld. “O IBEX verá o mesmo padrão no sinal de retorno da ENA, dois a seis anos depois, dependendo da energia da ENA e da direção que o IBEX está olhando através da heliosfera. Esta diferença de tempo é como encontramos a distância até a região da fonte ENA em um direção particular.” </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Eles, então, aplicaram esse método para construir o mapa tridimensional, usando dados coletados ao longo de um ciclo solar completo, de 2009 a 2019. “Ao fazer isso, somos capazes de ver os limites da heliosfera da mesma forma que um morcego usa o sonar para ‘ver’ as paredes de uma caverna”, acrescentou. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O motivo por trás da demora para o retorno do sinal ao IBEX está relacionado às vastas distâncias envolvidas. As distâncias no Sistema Solar são medidas em unidades astronômicas (UA), onde 1 UA é a distância da Terra ao Sol. O mapa de Reisenfeld mostra que a distância mínima entre o Sol e a heliopausa é de cerca de 120 UA na direção do vento interestelar. Na direção oposta, estende-se pelo menos 350 UA. Para referência, a órbita de Netuno tem cerca de 60 UA de diâmetro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fonte: <b><a href="https://sciam.com.br/estudo-mapeia-pela-primeira-vez-os-limites-do-sistema-solar/">Scientific American Brasil</a></b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-67499435085415038992021-06-01T07:05:00.005-07:002021-06-01T07:17:25.478-07:00'ESG' Sob Ataque: Afinal, É Tudo Conversa Fiada?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhDCnwXM5tDzKKBKdsAFTwjJmuFiTVXKOQ2cj5YoIaH2tcjHkvt-t1M9Z-B7V3n4x4Qv2_V4IkkbArpsD4pFnvpesVknHubwDhbH_8JqhyphenhyphenfN0BXPOHwXTpNp4Xycg3rWkT-HMczrm-gm81/s680/ESG.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="453" data-original-width="680" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhDCnwXM5tDzKKBKdsAFTwjJmuFiTVXKOQ2cj5YoIaH2tcjHkvt-t1M9Z-B7V3n4x4Qv2_V4IkkbArpsD4pFnvpesVknHubwDhbH_8JqhyphenhyphenfN0BXPOHwXTpNp4Xycg3rWkT-HMczrm-gm81/w640-h426/ESG.jpg" width="640" /></a></div><br />Para o ex-diretor de Sustentabilidade da BlackRock, sim, o mundo está sendo enganado com isso; veja o que dizem pesquisadores brasileiros. <div><br /></div><div>O avião do ESG ['e<i>nvironmental, social and corporate governance'</i>; <i>governança ambiental, social e corporativa</i>] mal decolou e já está levando pedrada. E quem atira não é nenhum desavisado que ignora o assunto, mas justamente o ex-diretor de Investimentos Sustentáveis da BlackRock, a maior gestora de capitais do mundo e principal propulsora desse movimento no planeta. </div><div><br /></div><div>Tariq Fancy foi contratado em janeiro de 2018 por Larry Fink, o CEO da BlackRock, para fazer exatamente o que preconiza o ESG, ou seja, incorporar os critérios ambientais, sociais e de governança nos US$ 8,7 trilhões sob gestão da empresa. Fez isso e não encontrou valor nenhum nos dados. </div><div><br /></div><div>Saiu de lá em setembro de 2019 e começou a atirar há dois meses, primeiro com um artigo no <b><a href="https://www.usatoday.com/story/opinion/2021/03/16/wall-street-esg-sustainable-investing-greenwashing-column/6948923002/">USA Today</a></b> e depois com uma série de entrevistas, em que lança petardos como este: “O investimento sustentável se resume a pouco mais do que marketing, uma invenção de relações públicas e promessas falsas da comunidade de investidores”. E este: “O ESG cria um placebo social gigante, em que pensamos que estamos progredindo, embora não estejamos”. E mais este: “Em essência, Wall Street está dando uma lavagem verde ao sistema econômico e, neste processo, criando uma distração mortal”. </div><div><br /></div><div>Forte, não? A tese de Fancy é que somente a regulamentação governamental pode impedir o desastre das mudanças climáticas. Ele até contemporiza um pouco, dizendo que parte do movimento ESG, incluindo várias ferramentas e padrões, são passos na direção certa, mas ressalta que eles não estão sendo usados corretamente. “Os problemas sistêmicos exigem soluções sistêmicas lideradas por líderes eleitos democraticamente”, conclui. </div><div><br /></div><div>Fancy não é um lunático. Pelo contrário, vejo o ceticismo dele refletido em muitas rodas de conversa espalhadas por aí. Mas penso que, num momento crucial de engajamento de empresas mundo afora para fazer algo diferente, ele acabou jogando o bebê fora com a água do banho. Mas eu sou apenas um desavisado que ignora o assunto nesta história toda. Então conversei com dois grandes especialistas brasileiros para perguntar a opinião deles sobre a controvérsia causada por Fancy. </div><div><br /></div><div>Para Ricardo Abramovay, professor sênior do Programa de Ciência Ambiental do IEE/USP, o ESG é um modelo de proteção do mercado financeiro, e quem tem a expectativa de que ele vai resolver os problemas do mundo e permitir o crescimento sustentável certamente vai se frustrar. “Por mais importante que seja o setor privado, ele não é capaz de preencher todas as necessidades da sociedade. É preciso que o Estado atue para reformular a relação da sociedade com a natureza e combater a desigualdade”, afirma. </div><div><br /></div><div>“Daí a dizer que é tudo greenwashing e que as orientações do mercado financeiro não são importantes, há um grande engano. A BlackRock foi importantíssima para compelir os três maiores bancos privados brasileiros a lançar um programa para a proteção da Amazônia. Somos gratos a ela por isso. É ótimo que o mercado financeiro continue a pressionar”, disse Abramovay, autor de Amazônia: Por uma Economia do Conhecimento da Natureza. </div><div><br /></div><div>Para a professora Monica Kruglianskas, da FIA Business School, a crítica de Fancy pode ser considerada radical se confundirmos o ESG com todo o espectro da sustentabilidade. “Não dá para dizer que isso é distração”, afirma ela. “Mas ele traz uma reflexão importante. As empresas são <i>rule-takers</i>, e não <i>rule-makers</i>. É difícil e improvável que os negócios mudem as regras do jogo enquanto estão jogando”, diz. </div><div><br /></div><div>Na opinião de Monica, o setor financeiro, apesar do seu tamanho, poder e influência, esteve bastante ausente no debate sobre a crise climática nos últimos tempos – por exemplo, no Acordo de Paris e nas COPs – e ainda não tem acordos definidos para objetivos globais. </div><div><br /></div><div>“Há menos de cinco anos, a ideia de clima como externalidade a ser incluída na contabilidade de um investimento nem era considerada. São as movimentações de governos, especialmente da Comunidade Europeia, do Reino Unido e agora também dos Estados Unidos, por meio da criação de leis, e não autorregulamentações e guidelines, que estão mudando este cenário”, diz ela, que é doutora em Sustentabilidade e Reputação Corporativa pela Universidade de Barcelona e foi diretora de desenvolvimento sustentável da Danone na Espanha. </div><div><br /></div><div>“Os desafios da crise climática e social são, efetivamente, questões sistêmicas e precisam da inclusão de todos os atores para regenerar o nosso sistema socioeconômico. Não basta inovar processos e produtos, temos que criar novos e sustentáveis modelos de negócios”, afirma Monica. </div><div><br /></div><div>E conclui: “O que todo investidor deveria se perguntar é como um determinado investimento ESG está efetivamente fazendo a diferença na vida das pessoas. Seja com melhores condições de trabalho, seja reduzindo violações dos direitos humanos ou emissões de CO₂, ou melhorando a gestão dos recursos que precisamos para sobreviver neste planeta. Ou ainda, se está realmente ajudando a solucionar desafios na cadeia global de suprimentos que sustentam o nosso estilo de vida insustentável. Sob estas lentes, a jornada ESG apenas começou.”
</div><div><br /></div><div>Por: <b>Renato Krausz</b> (<b><a href="https://exame.com/bussola/esg-sob-ataque-afinal-e-tudo-conversa-fiada">Exame</a></b>).</div><div><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-48206227341936441502021-05-26T16:07:00.000-07:002021-05-26T16:07:15.982-07:00Imunidade Celular é Essencial Para Evitar Reinfecção Pelo Novo Coronavírus, sugere estudo<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOC46vZHQPdvJOaNlT2QCqDP_gDbpRQZVU4pubMlBqcSUOq8ony0JnWNJ29_0QAftnjLVVOa9iFo1eTglVDwpd7ySxERDPe4K8PDPYcwZdAwIQDnWqWf-NnlDTfqmgqTVqPIvT6p-qshdw/s958/Juliana+e+Luana.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="548" data-original-width="958" height="366" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOC46vZHQPdvJOaNlT2QCqDP_gDbpRQZVU4pubMlBqcSUOq8ony0JnWNJ29_0QAftnjLVVOa9iFo1eTglVDwpd7ySxERDPe4K8PDPYcwZdAwIQDnWqWf-NnlDTfqmgqTVqPIvT6p-qshdw/w640-h366/Juliana+e+Luana.jpg" width="640" /></a></div><br />Juliana (à esquerda) e sua irmã Luana, que foi reinfectada pelo SARS-CoV-2 quatro meses após se curar da COVID-19. Ao estudar o caso das gêmeas, pesquisadores da USP concluíram que a imunidade celular de Juliana era mais bem desenvolvida e a protegeu da reinfecção (foto: acervo pessoal).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Duas gêmeas idênticas que moram na mesma casa contraíram a COVID-19 e manifestaram sintomas leves, como febre, tosse e congestão nasal – sem necessidade de hospitalização. Quatro meses depois, em agosto de 2020, uma das irmãs foi reinfectada. Porém, dessa vez, desenvolveu um quadro mais grave, com queda na taxa de oxigenação sanguínea e necessidade de internação por dez dias, parte do tempo em unidade de terapia intensiva. A outra irmã, apesar de ter tido novo contato com o vírus, não foi reinfectada. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Parece apenas um acontecimento inusitado e fortuito, entre tantos relacionados à pandemia de COVID-19. Porém, ao detalhar pela primeira vez um caso de reinfecção em indivíduos com o mesmo genoma, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) conseguiram comprovar o papel essencial da resposta imune adaptativa (específica para cada patógeno) mediada por linfócitos T – também chamada de imunidade celular – para evitar a recorrência da doença.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Era de se esperar que gêmeas idênticas apresentassem sintomas semelhantes. No entanto, identificamos um caso em que os resultados foram muito diferentes. Somente uma das irmãs teve reincidência de COVID-19 e apresentou uma resposta deficitária de linfócitos T específicos. No estudo, observamos que a resposta imune adaptativa pode ser diferente entre gêmeos monozigóticos [<i>formados a partir do mesmo óvulo, fecundado por um único espermatozoide</i>]”, afirma Mayana Zatz, professora do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) e coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano e de Células-Tronco (CEGH-CEL), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A descoberta relacionada ao papel dos linfócitos T na prevenção de reinfecções surgiu de uma pesquisa mais ampla sobre sistema imune com a participação de gêmeos idênticos. Os dados completos da pesquisa, que contou com apoio da FAPESP, foram divulgados na plataforma medRxiv, em artigo ainda sem revisão por pares. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>Frentes de atuação</u></b> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como explicam os autores do estudo, o sistema imune conta com diferentes “frentes de atuação”. Ao lado de outras células de defesa – como macrófagos e neutrófilos –, os linfócitos T formam a complexa resposta do corpo humano contra vírus e outros patógenos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quando um vírus infecta uma pessoa e passa a se multiplicar dentro de suas células, ele desencadeia primeiro a resposta imune inata (inespecífica). Células chamadas de macrófagos identificam o vírus e o fagocitam. Há também a ação de proteínas chamadas interferons, uma espécie de “cadeado” que impede as células infectadas de replicarem o vírus. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Se a resposta imune inata não resolver o problema, entra em cena o sistema imune adaptativo, formado por anticorpos neutralizantes (resposta humoral) e pelos linfócitos T (imunidade celular), que reconhecem o patógeno e podem destruir as células infectadas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para descobrir por que a resposta das irmãs foi diferente, os pesquisadores realizaram uma avaliação abrangente da imunidade inata e adaptativa das gêmeas. Além de ensaios sobre a resposta inata relativa à produção de proteínas interferons do tipo 1 e 3, analisaram a resposta adquirida, que inclui a ligação e neutralização por anticorpos presentes no sangue e a resposta dos linfócitos T a peptídeos sintéticos de SARS-CoV-2. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Ao analisar amostras de sangue das gêmeas, notamos que elas apresentavam condição semelhante da resposta inata de interferons do tipo 1 e 3, bem como de anticorpos – inclusive neutralizantes. A irmã reinfectada apresentava até uma quantidade maior de anticorpos, pois tinha acabado de ter a reincidência da infecção, mas havia uma diferença brutal em relação à resposta imune mediada por linfócitos T”, conta Edecio Cunha Neto, professor do Departamento de Clínica Médica e pesquisador do Instituto do Coração (InCor) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com o objetivo de aprofundar a análise, os pesquisadores compararam os resultados dos testes com amostras de sangue das irmãs com os de outro par de gêmeos idênticos que tiveram COVID-19 assintomática uma única vez (e serviram como grupo controle). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Dos 46 peptídeos – ou fragmentos do vírus SARS-CoV-2 – que os linfócitos T têm mais facilidade de reconhecer, as células da irmã reinfectada reconheciam apenas sete (15%), enquanto as de sua gêmea reconheciam 40 (87%). No outro par de irmãos (grupo controle) também houve variação, mas ambos identificaram quase 100%. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Nossos achados reforçam que o repertório imune é definido somaticamente [<i>por mutações ocorridas em estágios mais avançados do desenvolvimento</i>] e respostas aleatórias individuais são produzidas independentemente do arcabouço genético, o que justifica perfis distintos observados em gêmeos monozigóticos. Ou seja, o repertório imune é desenvolvido a partir de sucessivas exposições a patógenos, fatores ambientais e genéticos que em conjunto fazem a resposta imune ser única em cada indivíduo", explica Mateus Vidigal de Castro, pós-doutorando no IB-USP e primeiro autor do estudo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pesquisadores em todo o mundo ainda têm pouco conhecimento sobre como se dá a reincidência de COVID-19. Antes do surgimento das novas cepas, a estimativa era de que esse tipo de evento acontecesse com uma a cada mil pessoas (1:1000). Mais raro ainda é a reincidência ocorrer e de forma discordante em gêmeos idênticos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Em casos de reincidência, o esperado é que a segunda resposta imune seja mais forte, pois o sistema imunológico tem por característica memória e especificidade. No entanto, a gêmea reinfectada teve uma resposta deficitária de linfócitos T, diferentemente de sua irmã. Essa disparidade entre pessoas com o mesmo genoma mostra que não só os anticorpos são de extrema importância para resposta contra a COVID-19”, diz Cunha-Neto. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Zatz destaca que a análise do caso das gêmeas abre caminho para mais estudos sobre imunidade e COVID-19. “O mais interessante é que o caso das gêmeas revela pistas importantes sobre a complexidade do sistema imune e também da COVID-19 para a população em geral.” </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>Vacinas e variantes do vírus</u></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Outro aspecto importante da pesquisa está em reafirmar a noção de que quanto mais imunogênica for uma vacina, ou seja, quanto mais ela ativar a resposta imune das diferentes células e proteínas do sistema imune, melhor. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No caso das gêmeas, tanto a infecção quanto a recorrência da doença aconteceram no ano passado, quando ainda não haviam surgido as variantes mais transmissíveis. Ainda assim, os pesquisadores ressaltam a importância dos linfócitos T na proteção contra as novas cepas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Há uma crescente preocupação de que novas variantes do SARS-CoV-2 sejam capazes de evitar a ação de anticorpos neutralizantes induzidos tanto pela vacinação quanto por infecção prévia. Nosso estudo enfatiza a importância da imunidade celular na proteção contra recorrências e reinfecções para a população em geral”, diz Cunha-Neto. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Segundo o pesquisador, estudos recentes mostram que a resposta imune mediada por linfócitos T é menos afetada pelas novas variantes do que a resposta humoral. “Isso pode sugerir que a proteção conferida pela resposta celular induzida pelo vírus original ou pela vacina seja eficaz contra as novas variantes.” </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O artigo <b><i>Monozygotic twins discordant for severe clinical recurrence of COVID-19 show drastically distinct T cell responses to SARS-Cov-2</i></b> pode ser lido em <a href="http://www.medrxiv.org/content/10.1101/2021.03.26.21253645v1"><b>www.medrxiv.org/content/10.1101/2021.03.26.21253645v1</b></a>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por: <b>Maria Fernanda Ziegler</b> (<b><a href="https://agencia.fapesp.br/imunidade-celular-e-essencial-para-evitar-reinfeccao-pelo-novo-coronavirus-sugere-estudo/35809/">Agência Fapesp</a></b>).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-27662288818573862602021-05-24T15:23:00.002-07:002021-05-24T15:23:25.390-07:00Cataratas de Vitória: Como Uma das Maiores Quedas D'água do Mundo Secou<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOQqcwSvnJXZ4i6bXKXvf901c2BEqhVzQuxEq4V45ZDjiyli_ipUFX9n8WOJ_CVbmqrW8xylCBidJbd-LAMEn2mmRFQ5YEMyzwBG-hLZfORrAZx1kUJF2dExgtsCWZrsLrOR_GhmyMF0hA/s800/Vit%25C3%25B3ria+1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOQqcwSvnJXZ4i6bXKXvf901c2BEqhVzQuxEq4V45ZDjiyli_ipUFX9n8WOJ_CVbmqrW8xylCBidJbd-LAMEn2mmRFQ5YEMyzwBG-hLZfORrAZx1kUJF2dExgtsCWZrsLrOR_GhmyMF0hA/w640-h360/Vit%25C3%25B3ria+1.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: center;">Cataratas Vitória, acima em foto de janeiro de 2019, ainda no período de cheia. </div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em seu volume máximo, as Cataratas de Vitória, no Zimbábue, facilmente se encaixam entre as maravilhas naturais do mundo. Com dimensão de 1,7 km em seu ponto mais largo e altura de mais de 100 metros, elas são conhecidas pelos locais não só como as maiores cataratas africanas, mas também como a 'fumaça que troveja". </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A queda d'água é formada pelo fluxo do rio Zambezi caindo sobre um precipício chamado Primeiro Desfiladeiro. O precipício foi esculpido pela ação da água sobre rochas vulcânicas que formam essa região do sul da África. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em dezembro de 2019, porém, a maior parte dessa majestosa queda d'água foi silenciada. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em meio à maior seca em um século na região, sobraram ali apenas alguns filetes de água. Segundo a imprensa local, o fluxo hídrico voltou cerca de três meses depois, mas persistem as preocupações quanto ao futuro das cataratas e do clima africano. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como uma das principais atrações turísticas locais, as Cataratas de Vitória são uma valiosa fonte de renda para o Zimbábue e a Zâmbia. À medida que a notícia do baixo nível de água se espalhou, comerciantes locais notaram uma queda considerável na chegada de turistas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Além disso, a falta de água prejudicou o abastecimento de energia, uma vez que afetou o funcionamento de hidrelétricas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os efeitos foram além: agências humanitárias alertaram que aumentou a necessidade de auxílio alimentar para a população local, uma vez que as colheitas foram prejudicadas pela seca. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBRAd0zJmKark4vrHsmwS9V4-KSfCWSgIyPLxl0tTit_p1efsLlsSLmL42H3FhD_qop_NfccrevyCQ6EeaJuRy2hErffx3ftSlkYb4-V3AURAI-eXUgWrUgR3gAWqVF87ALzAcrM8WdK_M/s800/Vit%25C3%25B3ria+2.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBRAd0zJmKark4vrHsmwS9V4-KSfCWSgIyPLxl0tTit_p1efsLlsSLmL42H3FhD_qop_NfccrevyCQ6EeaJuRy2hErffx3ftSlkYb4-V3AURAI-eXUgWrUgR3gAWqVF87ALzAcrM8WdK_M/w640-h360/Vit%25C3%25B3ria+2.png" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><span style="text-align: left;">As Cataratas, em dezembro de 2019; grande parte da queda d'água se reduziu a pequenos filetes.</span></div><div style="text-align: justify;"><b><u><br /></u></b></div><div style="text-align: justify;"><b><u>Secas extremas</u></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Observadores de padrões climáticos no rio Zambezi acreditam que as mudanças climáticas estão causando um retardamento da temporada de monções, fazendo com que as chuvas se concentrem em eventos maiores e mais intensos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Isso torna mais difícil o armazenamento de água na região, além de tornar mais dramático o impacto da temporada estendida de secas, com mais consequências danosas para a população e o meio ambiente. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um evento climático extremo não pode, isoladamente, ser considerado consequência das mudanças climáticas. Mas essa região do sul da África tem registrado uma série de duras secas que refletem o que cientistas climáticos previam que iria ocorrer, como resultado de aumento nos gases de efeito estufa na atmosfera global, lançados por ação humana. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O presidente da Zâmbia, Edgar Lungu, disse à época que o ressecamento da queda d'água era "um duro lembrete de o que as mudanças climáticas estão fazendo com o nosso ambiente". </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O relatório de 2019 da ONU sobre O Estado do Clima na África pintava um cenário preocupante para um continente que pode ver sua população dobrar no próximo século. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em discurso no lançamento do relatório, em outubro de 2020, Petteri Taalas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, observou: "Mudanças climáticas estão tendo um impacto crescente no continente africano, atingindo com mais dureza os mais vulneráveis, e contribuindo para a insegurança alimentar, o deslocamento de populações e o estresse sobre recursos hídricos". </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Nos últimos meses, vimos enchentes devastadoras, invasões de gafanhotos do deserto e, agora, a perspectiva de secas, por causa do La Niña", prosseguiu. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O relatório da ONU acrescenta que 2019 esteve entre os anos mais quentes da história no continente africano, uma tendência que deve continuar. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O mais preocupante é que, ao mesmo tempo em que a África deve ser o continente mais duramente atingido pelas mudanças climáticas, é também o que tem menos capacidade de se adaptar às realidades de um mundo mais quente — em áreas como suprimento de água, segurança alimentar e proteção da biodiversidade, em meio a cada vez mais secas e enchentes intensas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por: <b>Mark Kinver</b> (<b><a href="https://www.bbc.com/portuguese/internacional-57051584">BBC News</a></b>).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-22653278585393972252021-05-12T16:50:00.004-07:002021-05-12T16:50:47.772-07:00Menos é Mais: Como o Decrescimento Salvará o Mundo<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGmiYqOuqsptN9t86uWlmI3u87LfEmoxRuJXoLdKwzWsVTGEstqNHo9yOg62Vioq-8rvmfVCZmRyZgiPhRRUu_w9Bj7fxwa-yHOfDCWZwaquuZ4ediJLrOWVxlhbVGIQslYlFFk444eJpk/s600/Demografia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="600" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGmiYqOuqsptN9t86uWlmI3u87LfEmoxRuJXoLdKwzWsVTGEstqNHo9yOg62Vioq-8rvmfVCZmRyZgiPhRRUu_w9Bj7fxwa-yHOfDCWZwaquuZ4ediJLrOWVxlhbVGIQslYlFFk444eJpk/w640-h320/Demografia.jpg" width="640" /></a></div><br />A exploração da natureza e a domesticação do mundo natural já passou dos limites. A humanidade está promovendo um ecocídio em larga escala que pode se transformar em suicídio.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Acreditar que o crescimento (demo)econômico exponencial pode continuar infinitamente num mundo finito é coisa de louco ou de economista”, Kenneth Boulding (1910-1993). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A humanidade já superou a capacidade de carga do Planeta e já ultrapassou 4 das 9 fronteiras planetárias. A lógica do crescimento econômico é incompatível com a sustentabilidade. Hoje em dia a preocupação maior do mundo é com a emergência sanitária provocada pela pandemia da covid-19. Mas, no longo prazo, a emergência sanitária é o maior desafio do século e é uma “ameaça existencial” à civilização como afirmou o presidente dos EUA, Joe Biden, na abertura da Cúpula dos Líderes do Clima. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas o vício do egoísmo, da ganância e da cobiça funciona como uma ideologia que defende o lema do “Mais é melhor” e exalta o acumulo de bens e serviços e o enriquecimento ilimitado da humanidade às custas do empobrecimento e definhamento do mundo natural. Porém, existe uma lógica oposta que foi exposta por Jason Hickel, no livro “Less is more: Degrowth Will Save the World”. O livro fornece o argumento mais persuasivo e abrangente em favor do “decrescimento”, defendendo uma redução planejada do uso de energia e recursos para trazer a economia de volta ao equilíbrio com o mundo vivo de uma forma segura, justa e equitativa. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O livro de Jason Hickel é uma contribuição essencial para o debate sobre a ultrapassagem da capacidade de resiliência da Terra e é uma leitura obrigatória para todas as pessoas preocupadas com a sobrevivência dos ecossistemas e, em especial, para os formuladores de políticas e analistas. Mas se os políticos e os empresários são, normalmente, obcecados com o crescimento econômico, todas as pessoas que defendem o meio ambiente precisam repercutir este livro que faz uma defesa do DECRESCIMENTO. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma das afirmações centrais de Hickel, e que ele detalha na primeira parte do livro, é que “não há nada natural ou inato no comportamento produtivista que associamos ao homo economicus. Essa criatura é o produto de cinco séculos de reprogramação cultural. ” Em outras palavras, fomos encorajados, até mesmo compelidos a nos comportar de maneira a justificar o produtivismo e o acumulo de bens materiais. O autor considera que as propostas de desmaterialização da economia e o desacoplamento entre produção e recursos naturais não ocorre na prática, pois o que funciona é o “Paradoxo de Jevons”, já que os ganhos microeconômicos não ocorrem em nível macroeconômico. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Além de defender o decrescimento, Hickel defende a justiça social e critica as desigualdades que são os subprodutos mais significativos e intencionais da expansão capitalista e um dos desafios mais intransponíveis que a população mundial tem que enfrentar. Ele diz: “a justiça é o antídoto para o imperativo do crescimento – e a chave para resolver a crise climática”. A conclusão de Hickel sobre a transição ideológica necessária deixa claro que não será difícil e que a janela de oportunidade se fecha rapidamente. Ele escreve como “a luta diante de nós é mais do que apenas uma luta pela economia. É uma luta por nossa própria teoria do ser. Requer descolonizar não apenas terras, florestas e povos, mas descolonizar nossas mentes”. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O livro “Menos é mais” está alinhado com outros estudos fundamentais. Artigo de Steffen et. al (2015), que atualizou a metodologia e os dados das fronteiras planetárias, mostrou que quatro das nove fronteiras já foram ultrapassadas: Mudanças climáticas; Perda da biodiversidade; Mudança no uso da terra e Fluxos biogeoquímicos (fósforo e nitrogênio). Duas delas, a Mudança climática e a Perda de biodiversidade, são o que os autores chamam de “limites fundamentais” e tem o potencial para conduzir o Sistema Terra a um novo estado que pode levar a civilização ao colapso. As duas grandes ameaças que pairam sobre a civilização e a vida na Terra são: Mudanças climáticas e aquecimento global e o Ecocídio gerado pela 6ª extinção em massa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Outra contribuição recente foi o relatório elaborado por Sir Partha Dasgupta, um dos mais prestigiados economistas contemporâneos. Dasgupta diz que os interesses da humanidade, a ideologia da engenhosidade humana e a apologia à tecnologia pregam que se pode fazer o uso do que se quiser da natureza. Mas este ideal de progresso, além de ser eticamente inaceitável, é economicamente desastroso. O gráfico abaixo resume a situação, pois enquanto a produtividade econômica aumenta, cresce o capital humano, mas diminui o capital natural. Para prosseguir um futuro sustentável exigirá uma mudança transformadora em nosso modo de pensar e agir.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZqkAuPo3omu00820Xa7IuCLIckJYxXB_X-4Nne2wTrKSgl8WD1_On3egP-SV9R8_Ldmx65LC1Od8B3tp4PFH8eq8u_JQQ_foBmrMNQatYA5XBNH8bI6ZlOcZ7Y41ggeLXXQXwSTaGbnOv/s930/Gr%25C3%25A1fico.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="541" data-original-width="930" height="372" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZqkAuPo3omu00820Xa7IuCLIckJYxXB_X-4Nne2wTrKSgl8WD1_On3egP-SV9R8_Ldmx65LC1Od8B3tp4PFH8eq8u_JQQ_foBmrMNQatYA5XBNH8bI6ZlOcZ7Y41ggeLXXQXwSTaGbnOv/w640-h372/Gr%25C3%25A1fico.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ou seja, enquanto a economia cresce, a humanidade enriquece e a natureza empobrece. A exploração da natureza e a domesticação do mundo natural já passou dos limites. A humanidade está promovendo um ecocídio em larga escala que pode se transformar em suicídio. A economia tradicional tende a ver a natureza apenas como um bem econômico a serviço do bem-estar da humanidade e como uma mercadoria que faz circular a economia pagando salários, lucros e juros. A tão decantada racionalidade do <i>Homo economicus</i> virou um problema de insensibilidade natural e uma prática especista, com sérios danos à biodiversidade. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A mensagem central do livro “Menos é mais” é que o mundo precisa promover um decrescimento das atividades mais poluidoras do Planeta e promover a redistribuição dos bens públicos e comuns, como forma de evitar o colapso ambiental, garantindo não somente a qualidade de vida humana (com menos consumo), mas também a qualidade da vida ambiental e a regeneração ecológica. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por: <b><a href="http://lattes.cnpq.br/2003298427606382" target="_blank">José Eustáquio Diniz Alves</a></b>; doutor em Demografia. Fonte: <a href="https://www.ecodebate.com.br/2021/05/12/menos-e-mais-como-o-decrescimento-salvara-o-mundo/" target="_blank"><b>EcoDebate</b></a>. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Referências: </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">ALVES, JED. O decrescimento demoeconômico e o trilema da sustentabilidade, Ecodebate, 20/06/2018
<a href="https://www.ecodebate.com.br/2018/06/20/o-decrescimento-demoeconomico-e-o-trilema-da-sustentabilidade-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/">https://www.ecodebate.com.br/2018/06/20/o-decrescimento-demoeconomico-e-o-trilema-da-sustentabilidade-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/</a> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">ALVES, JED. Planejando o decrescimento demoeconômico, Ecodebate, 05/06/2013
<a href="http://www.ecodebate.com.br/2013/06/05/planejando-o-decrescimento-demo-economico-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/">http://www.ecodebate.com.br/2013/06/05/planejando-o-decrescimento-demo-economico-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/</a> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">ALVES, JED. A grande contradição do capitalismo: capital antrópico versus capital natural. Ecodebate, RJ, 29/06/2012
<a href="http://www.ecodebate.com.br/2013/05/29/a-grande-contradicao-do-capitalismo-capital-antropico-versus-capital-natural-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/">http://www.ecodebate.com.br/2013/05/29/a-grande-contradicao-do-capitalismo-capital-antropico-versus-capital-natural-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/</a> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">ALVES, JED. As fronteiras planetárias e a autolimitação do espaço humano, Ecodebate, RJ, 06/06/2012
<a href="http://www.ecodebate.com.br/2012/06/06/as-fronteiras-planetarias-e-a-auto-limitacao-do-espaco-humano-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/">http://www.ecodebate.com.br/2012/06/06/as-fronteiras-planetarias-e-a-auto-limitacao-do-espaco-humano-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/</a> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nicholas Georgescu-Roegen, O decrescimento: Entropia – Ecologia – Economia. Ed. Senac, 2013. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Dave Lindorff. Growth is the Enemy of Humankind. 17/01/2013
<a href="http://www.nationofchange.org/growth-enemy-humankind-1358432599">http://www.nationofchange.org/growth-enemy-humankind-1358432599</a> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">PATTERSON, Ron. Of Fossil Fuels and Human Destiny, May 7, 2014
<a href="http://peakoilbarrel.com/natural-resources-human-destiny/">http://peakoilbarrel.com/natural-resources-human-destiny/</a> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">PURVIS, Andy. A million threatened species? Thirteen questions and answers, IPBES Global Assessment and Life Sciences, may 2019
<a href="https://www.ipbes.net/news/million-threatened-species-thirteen-questions-answers">https://www.ipbes.net/news/million-threatened-species-thirteen-questions-answers</a> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">STEFFEN, W. et al. Planetary boundaries: Guiding human development on a changing planet, V. 347, I. 6223, Science, 13/02/2015
<a href="https://science.sciencemag.org/content/347/6223/1259855">https://science.sciencemag.org/content/347/6223/1259855</a> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">YOUJIN, Low. The heat is on: Earth is getting ‘very, very close’ to crossing tipping point, scientist warns, Today, 06/06/2019
<a href="https://www.todayonline.com/heat-earth-getting-very-very-close-crossing-tipping-point-scientist-warns">https://www.todayonline.com/heat-earth-getting-very-very-close-crossing-tipping-point-scientist-warns</a> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Dasgupta, P. The Economics of Biodiversity: The Dasgupta Review. London: HM Treasury, 2021
<a href="https://assets.publishing.service.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/957291/Dasgupta_Review_-_Full_Report.pdf">https://assets.publishing.service.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/957291/Dasgupta_Review_-_Full_Report.pdf</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-65392216970746094602021-04-08T10:26:00.003-07:002021-04-08T10:28:48.207-07:00Múon: Cientistas Acham ‘Forte Evidência’ de 5ª Força da Natureza<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuX9oqm5XxG2X8Scze3-hL5AtMLxUxquudh-6HXLKdfYuJh0y_iMjXxcwHTNRvpujpV1CK0qe4pfa0oEmDZ-F5p609HSP4TMybKb2vcCdIDBooENZIbq0qKhuEpBlfJW7QV-mK57RPW-Ow/s1120/M%25C3%25BAons.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="420" data-original-width="1120" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuX9oqm5XxG2X8Scze3-hL5AtMLxUxquudh-6HXLKdfYuJh0y_iMjXxcwHTNRvpujpV1CK0qe4pfa0oEmDZ-F5p609HSP4TMybKb2vcCdIDBooENZIbq0qKhuEpBlfJW7QV-mK57RPW-Ow/w640-h240/M%25C3%25BAons.jpg" width="640" /></a></div><br />Um grupo de mais de 200 cientistas <b><a href="https://www.sciencemag.org/news/2021/04/particle-mystery-deepens-physicists-confirm-muon-more-magnetic-predicted" target="_blank">divulgou</a></b> uma descoberta que pode alterar os rumos da física contemporânea e tornar obsoleto o Modelo Padrão, considerado o mais adequado até então para a descrição das forças fundamentais exercidas pela matéria. Em tese, gravidade, eletromagnetismo e forças forte e fraca se manifestariam da mesma maneira em nível subatômico, mas a equipe por trás do achado se deparou com evidências sólidas de que múons – semelhantes a elétrons – são um pouco mais magnéticos que o previsto. Por sua vez, a pequena anomalia, de 2,5 partes em 1 bilhão, sugere a existência de uma quinta força ou de uma nova partícula de Deus, inédita para o conhecimento humano. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Há décadas, pesquisadores medem tal propriedade da partícula em questão, que é mais pesada e instável que sua "irmã" mais famosa e se comporta como uma pequena barra magnética. Para isso, colocam múons em um campo magnético horizontal, que os faz girar como pequenas agulhas de uma bússola, e a frequência do movimento revela dados importantes, além de possibilitar a investigação de elementos "escondidos", mesmo daqueles grandes demais para surgirem do Grande Colisor de Hádrons. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao contrário de outros, o múon se encaixa na incerteza quântica, sendo descrito como "virtual" por entrar e sair da existência. Situando-se, então, entre partículas e antipartículas, é afetado, também, por propriedades daquilo que não somos capazes de ver. Ainda assim, segundo a mecânica quântica e a Teoria da Relatividade Especial de Albert Einstein, ele possuiria um magnetismo básico, que é aumentado, conforme apontam pesquisas anteriores, em 0,1% caso partículas previstas no Modelo Padrão flutuem sobre ele, quaisquer que sejam. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Dito isso, se algo foge da equação, é preciso reformulá-la. Aí é que entra a novidade, capaz de exigir um novo olhar sobre toda e qualquer certeza. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>Progresso constante</u></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Já em 2004, pesquisadores, durante o experimento Muon g-2, no Laboratório Nacional de Brookhaven (EUA), haviam relatado a discrepância do magnetismo do múon em relação ao considerado pelo Modelo Padrão. Entretanto, a metodologia atingiu apenas metade do padrão-ouro da classificação dos resultados de testes físicos, 2,5 – levantando, de todo modo, dúvidas consistentes e incentivando novos estudos. Em 2013, decidiram levar o método para o Fermi National Accelerator Laboratory (Fermilab), e dados obtidos da tentativa chegaram a 3,7 em 2018, um avanço e tanto. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desta vez, após reformular técnicas, além de obter informações consistentes com as encontradas em sua trajetória, reforçando que não foram um acaso estatístico nem produto de alguma falha não detectada, a equipe chegou à impressionante taxa de 4,2. Chris Polly, físico do Fermilab, explica como se sentiu por não ter visto tanto esforço prévio descartado. "Como eu era um estudante de pós-graduação no experimento de Brookhaven, certamente foi uma sensação de alívio avassaladora para mim." </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em suma, prótons, em aceleradores como o do Fermilab, se chocam e produzem outros, a exemplo do múon e do antimúon, e instrumentos precisos analisam o comportamento de tudo. Se os fragmentos apresentassem as mesmas propriedades, confirmando o que diz o Modelo Padrão, haveria muita decepção. "Desde a década de 1970, procuramos uma falha [na teoria vigente]", diz Alexey Petrov, teórico da Wayne State University (EUA). "Pode ser que a tenhamos encontrado", complementa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLPwnGntINZfwrFjAtzOH_JBaF9AXtVP8CLcKsMgAbaWgs-REgexNRFb6tB6A51sSET1staGV8Mry3ZWMhJqt9P1supK8lJgZkkVPLDBdgYKMiKN5WjLUoQSz_ttDe7zyhyphenhyphenc5ceTpmDhB2/s704/Femilab.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="470" data-original-width="704" height="427" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLPwnGntINZfwrFjAtzOH_JBaF9AXtVP8CLcKsMgAbaWgs-REgexNRFb6tB6A51sSET1staGV8Mry3ZWMhJqt9P1supK8lJgZkkVPLDBdgYKMiKN5WjLUoQSz_ttDe7zyhyphenhyphenc5ceTpmDhB2/w640-h427/Femilab.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"> Instalação do Fermilab (EUA) na qual as pesquisas foram realizadas.</div></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>O que vem por aí</u></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A confirmação de tanta dedicação chegou em 25 de fevereiro, durante uma reunião de 170 pessoas pelo Zoom, devido à covid-19. Para evitar a manipulação, mesmo que inconsciente, de dados, o time contava com duas pessoas que não participam dos procedimentos, responsáveis pela análise "fria" das informações e munidas de um código essencial para finalização de cálculos de dois experimentos conduzidos independentemente, revelados apenas no momento-chave, com a abertura de envelopes que carregavam a "senha". "Definitivamente, havia uma atmosfera de extrema tensão", destaca Hannah Binney, estudante de pós-graduação e membro da equipe da Universidade de Washington (EUA). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por fim, a recompensa. "Quando vimos o número na tela, tivemos uma sensação de grande alívio, entusiasmo, orgulho e alegria. Tínhamos que religar o microfone para podermos gritar", conta Sudeshna Ganguly, cientista associada do Fermilab. "Até agora, analisamos apenas 6% dos dados e, quando combinarmos os resultados de todas as execuções, obteremos uma medição ainda melhor. É muito empolgante fazer parte disso." </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Agora, cabe aos profissionais a continuidade das pesquisas, já que a discrepância com a qual se depararam ainda não possui explicação clara (e a redefinição do Modelo Padrão – ou mesmo a troca por um outro – demanda dedicação redobrada). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"A corrida agora está realmente aberta para fazermos com que um desses experimentos realmente consiga a prova de que isso é realmente algo novo – o que exigirá mais dados e mais medições. Com sorte, mostraremos evidências de que esses efeitos são reais", finaliza Mitesh Patel, do Imperial College London, instituição britânica.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por: <b>Reinaldo Zaruvni</b>. Fonte: <b><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/215183-muon-cientistas-acham-forte-evidencia-5-forca-natureza.htm" target="_blank">Tecmundo</a></b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-41197341994232096502021-03-03T07:03:00.004-08:002021-03-03T11:44:55.292-08:00Como a Mudança Climática Precipitou a Guerra Civil na Síria<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZp6a1fq9RmwGDhrz5mDzcnuY8TU4X3lqQPNUBbytjceZQNxFAkkRjh6oCzhkVI3pljuNXfxQufR8vmfcajiKtPlyfMR6A9Tm9auzdySoq9inicdPdfTxpf8f7pS5mrGmzyO_SrD2zRXuW/s700/Seca+na+S%25C3%25ADria.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="394" data-original-width="700" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZp6a1fq9RmwGDhrz5mDzcnuY8TU4X3lqQPNUBbytjceZQNxFAkkRjh6oCzhkVI3pljuNXfxQufR8vmfcajiKtPlyfMR6A9Tm9auzdySoq9inicdPdfTxpf8f7pS5mrGmzyO_SrD2zRXuW/w640-h360/Seca+na+S%25C3%25ADria.jpg" width="640" /></a></div><br />Em 27 de janeiro de 2021, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd J. Austin III, reconheceu a mudança climática como uma questão de segurança nacional. Para o ex-diretor do Banco Mundial Jamal Saghir, reconhecer a conexão entre clima e a segurança mundial constitui um passo crucial, e o conflito da Síria “é um exemplo perfeito do impacto da mudança climática sobre problemas pré-existentes, como instabilidade política, pobreza e escassez de recursos”. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No passado, os agricultores sírios dispunham de terras relativamente férteis e produtivas, e entre as décadas de 1970 e 1990 se beneficiaram do apoio estatal à produção de alimentos básicos. Desde os anos 80, porém, o país de cerca de 17 milhões de habitantes foi atingido por três secas: a mais recente, estendendo-se de 2006 a 2010, foi classificada como a pior desde os primeiros registros, há cerca de 900 anos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A redução das chuvas, aliada ao incremento das temperaturas, resultou na desertificação e devastação da terra arável, sobretudo na região leste. Ao todo, 800 mil cidadãos perderam seu meio de subsistência, e 85% do gado morreu. Como as safras também encolheram até dois terços, o país teve que importar grande quantidade de cereais, e os preços dos alimentos duplicaram. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Mas a seca ainda continuou, e o povo perdeu a esperança”, e assim 1,5 milhão de trabalhadores rurais foram procurar ocupação nas cidades, relata Saghir, que leciona no Instituto para Estudo do Desenvolvimento Internacional da Universidade McGill, no Canadá. Os que permaneceram, na maioria agricultores empobrecidos, se transformaram em alvo fácil para os recrutadores de terroristas de grupos como o autodenominado “Estado Islâmico” (EI).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcnZekOcFd3s7yLZiUzuEAe4MI0YBR76yO6AV3gw23NvxaZRFCNSqvDBkMVLjlB8hy50CkzBy3EoRA_myOpQFMd9uRhADrlNqjp0u_N3rDt_o3MF87z6dZernjq1qFdTv5lay3vXH8NLrJ/s700/Garoto+carregando+baldes.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="394" data-original-width="700" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcnZekOcFd3s7yLZiUzuEAe4MI0YBR76yO6AV3gw23NvxaZRFCNSqvDBkMVLjlB8hy50CkzBy3EoRA_myOpQFMd9uRhADrlNqjp0u_N3rDt_o3MF87z6dZernjq1qFdTv5lay3vXH8NLrJ/w640-h360/Garoto+carregando+baldes.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"><span style="text-align: left;">Muitas regiões sírias não têm água corrente, e situação política dificulta ainda mais a distribuição.</span></div><div style="text-align: justify;"><b><u><br /></u></b></div><div style="text-align: justify;"><b><u>“Um coquetel tóxico virou mistura explosiva”</u></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“O colapso climático foi um amplificador e multiplicador da crise política que se formava na Síria”, explica à DW Staffan de Mistura, enviado especial das Nações Unidas para a Síria de 2014 a 2018. A decisão do presidente Bashar al-Assad de, ao longo dos anos, cortar os subsídios para combustível, água e alimentos agravou a situação. Além da escassez de água nas áreas rurais, acirraram-se as tensões entre curdos, árabes, alavitas e sunitas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Um coquetel tóxico começou a virar mistura explosiva com os ingredientes da Primavera Árabe, a raiva pela perda de empregos, a migração para as cidades, assim como a queda do poder aquisitivo e a ira pelas reações extremamente duras e cruéis do governo”, prossegue De Mistura. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Do ponto de vista geopolítico, a competição da Síria com seus arqui-inimigos Irã e Arábia Saudita foi mais um elemento de agravamento. “Começamos a ver horríveis cercos medievais em torno de muitas cidades, como Homs e Aleppo, em que era cortado o acesso dos habitantes a água e comida”, recorda o diplomata ítalo-sueco. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quando ele deixou a Síria em 2018, havia menos lutas, com 60% da população sob controle governamental. Ainda assim, de seu ponto de vista, “o país não corre mais perigo de uma grande guerra, mas sim de colapso”. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>Para paz é preciso reconstrução</u></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De acordo com a Anistia Internacional, desde 2011 6,6 milhões de habitantes foram deslocados dentro da Síria, e 5 milhões fugiram. As problemáticas condições de vida no país não melhoraram, apesar de o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Enucah) registarem que em 2019 cerca de 82.500 refugiados retornaram, e 412 mil deslocados internos estão de volta a seus locais de origem. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Vastos territórios foram devastados pela guerra civil, a água continua escassa e a infraestrutura precisa ser reparada em quase todo o país. “Assad quase venceu a guerra territorial, mas ainda está muito longe de ganhar a paz”, avaliou De Mistura numa conferência online organizada pela Fundação Berghok e o Instituto de Pesquisa do Impacto Climático de Potsdam (PIK). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Jamal Saghir concorda: “Para a paz, precisamos de reconstrução”, e qualquer acordo de paz precisa ser alicerçado por um pacote de investimentos. No entanto a própria Síria não estará em condições de financiar sua reconstrução, e resta ver se seus aliados Rússia e Turquia estão dispostos a investir no futuro do país. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O ex-diretor do Banco Mundial não tem dúvidas quanto ao que precisa ser feito: “É imperativo tornar a Síria mais resiliente, ajudando a região a fazer a transição para uma infraestrutura mais segura em termos de energia e água.”</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por: <b>Jennifer Holleis</b> (<b><a href="https://www.dw.com/pt-br/como-a-mudan%C3%A7a-clim%C3%A1tica-precipitou-a-guerra-civil-na-s%C3%ADria/a-56738737">Deutsche Welle</a></b>).</div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-34322976239305640972021-03-03T06:37:00.003-08:002021-03-03T11:41:51.592-08:00Mineral Pode Ser a Solução Para a Crise Climática<div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVG-0qSrTpCTSX1mYnhqPQaP5QFtSroPOub6uAr5iC-GryX5RQXwa0U660Hn1OaovSOGKn0CYyPgbSOy6mjnUQwxNlnpAfgILfkjRJSraPTAaAcbuQm6mCjRHmMtfPqInMXnpVzXEIvcfQ/s578/Olivina.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="385" data-original-width="578" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVG-0qSrTpCTSX1mYnhqPQaP5QFtSroPOub6uAr5iC-GryX5RQXwa0U660Hn1OaovSOGKn0CYyPgbSOy6mjnUQwxNlnpAfgILfkjRJSraPTAaAcbuQm6mCjRHmMtfPqInMXnpVzXEIvcfQ/w400-h266/Olivina.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Olivina</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">Pesquisador da Universidade de Copenhague estuda em detalhes o mineral olivina, que é capaz de extrair CO2 da atmosfera. </div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A olivina é um mineral que apresenta grandes possibilidades de extrair o Dióxido de Carbono (CO2) da atmosfera, de acordo com o pesquisador e professor assistente do Departamento de Geociências e Gestão da Natureza da Universidade de Copenhagen, Kristoffer Szilas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Este mineral contém níquel, que atualmente é usado na produção de aço e em baterias elétricas, mas as pesquisas mostram que a olivina também tem um potencial incrível para aliviar a crise climática. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O pesquisador dinamarquês vem trabalhando para recriar o processo natural em laboratório – um trabalho que pode contribuir potencialmente para resolver nossa crise climática no futuro. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Quando a olivina é empurrada para a superfície da Terra, por meio de processos tectônicos, o mineral se torna instável e reage com o vento e o clima. Isso faz com que a olivina absorva CO2 da atmosfera e seja convertida em um novo mineral, um carbonato de magnésio chamado magnesita. Desta forma, o CO2 é armazenado no mineral, deixando de permanecer na atmosfera como gás”, diz Szilas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Já faz um tempo que os cientistas conhecem as incríveis propriedades da olivina, mas agora Szilas vem trabalhando para conseguir recriar o processo natural, onde o Dióxido de Carbono é retirado da atmosfera, em laboratório. Se a missão for bem-sucedida, ela pode ter um enorme impacto positivo no clima. “Com 1.000 kg de olivina, pode-se extrair 600 kg de CO2 do ar. E como a olivina é encontrada no peridotito da rocha, que representa 80% do volume da Terra, o uso desse mineral tem um grande potencial de efeito no clima”, diz o pesquisador.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fonte: <b><a href="https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/mineral-pode-ser-a-solucao-para-a-crise-climatica">Pensamento Verde</a></b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-30143358941836232962021-02-09T07:11:00.002-08:002021-03-03T11:38:59.462-08:00Entenda Por Que As Mudanças Climáticas Podem Estar Por Trás da Pandemia de Covid-19<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXkUdBJ2Kx3sNNwoe3SXfkVko2Zjyv_NBvTFPwx3kJL0EM-ZZOiBGCMm_IaYvPQ_DOxMxWUdKHNQzg1j-gtPhKaznWLvsDs80QQ2zAcecjCZYDLrnQgssUfBIkVvPtLeIqAuahfW_Kd-cx/s1920/Morcegos.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="1920" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXkUdBJ2Kx3sNNwoe3SXfkVko2Zjyv_NBvTFPwx3kJL0EM-ZZOiBGCMm_IaYvPQ_DOxMxWUdKHNQzg1j-gtPhKaznWLvsDs80QQ2zAcecjCZYDLrnQgssUfBIkVvPtLeIqAuahfW_Kd-cx/w640-h426/Morcegos.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: center;">A população mundial de morcegos carrega cerca de 3 mil tipos diferentes de coronavírus (Foto: Jackie Chin/Unsplash). </div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Estudo indica que espécies de morcegos, que carregam diferentes tipos de coronavírus, mudaram de região ao longo dos anos em decorrência das alterações no clima. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desde o início da pandemia do novo coronavírus, há um ano, algumas questões permanecem sem resposta. Entre elas, de onde surgiu o Sars-CoV-2, causador da Covid-19. No fim de janeiro, o jornal <b><a href="https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0048969721004812">Science of the Total Environment</a></b> publicou um estudo que evidencia uma possível relação entre a pandemia e as mudanças climáticas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De acordo com a pesquisa, as emissões globais de gases do efeito estufa no último século favoreceram o crescimento de um habitat para morcegos, tornando o sul da China uma região propícia para o surgimento e a propagação do vírus Sars-CoV-2. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A análise foi feita com base em um mapa da vegetação do mundo no século 20, utilizando dados relacionados a temperatura, precipitação e cobertura de nuvens. Os pesquisadores analisaram a distribuição de morcegos no início dos anos 1900 e, comparando com a distribuição atual, concluíram que diferentes espécies mudaram de região por causa das mudanças no clima do planeta. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Entender como a distribuição das espécies de morcego pelo mundo mudou em função das mudanças climáticas pode ser um passo importante para reconstruir a origem do surto de Covid-19”, afirmou, em nota, Robert Beyer, pesquisador do Departamento de Zoologia da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e autor principal do estudo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foram observadas grandes alterações na vegetação da província chinesa de Yunnan, de Mianmar e do Laos. Os aumentos na temperatura, na incidência da luz solar e nas concentrações de dióxido de carbono presente na atmosfera fizeram com que o habitat, que antes era composto por arbustos tropicais, se transformasse em savana tropical e florestas temperadas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As novas características criaram um ambiente favorável para que 40 espécies de morcegos migrassem para a província de Yunnan no último século, reunindo assim mais de 100 tipos de coronavírus na área em que os dados apontam como a origem do surto do Sars-CoV-2. Essa região também é habitat dos pangolins, que são considerados prováveis agentes intermediários na pandemia. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Conforme as mudanças climáticas alteraram os habitats, espécies deixaram algumas áreas e foram para outras — levando os vírus com elas. Isso não apenas alterou as regiões onde os vírus estão presentes, mas provavelmente permitiu novas interações entre animais e vírus, fazendo com que vírus mais perigosos fossem transmitidos ou desenvolvidos”, explicou Beyer. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O estudo ainda identificou que as mudanças climáticas resultaram no aumento do número de espécies de morcegos em outras regiões, como na África Central, na América do Sul e na América Central. “A pandemia de Covid-19 causou grande prejuízo social e econômico. Os governos devem aproveitar a oportunidade para reduzir os riscos que doenças infecciosas apresentam à saúde e agir para mitigar as mudanças climáticas”, alertou o professor Andrea Manica, do Departamento de Zoologia da Universidade de Cambridge. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os pesquisadores também ressaltam que é preciso limitar a expansão de áreas urbanas, fazendas e áreas de caça em habitats naturais para que seja reduzido o contato entre humanos e animais transmissores doenças</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fonte: <b><a href="https://revistagalileu.globo.com/Um-So-Planeta/noticia/2021/02/mudancas-climaticas-podem-estar-por-tras-da-pandemia-de-covid-19-entenda.html">Revista Galileu</a></b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-25049430161112197352021-01-26T09:27:00.003-08:002021-01-26T09:33:49.279-08:00Articulação Entre Municípios é Essencial Para Combate à Seca e Desastres Naturais<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnjdpz_xqAlifzsrFZ5ucvZ1mgc0QltgGO93o1qA4NfiO9GBIOEg80nc5Cd0JKxcxHxh_ZdxzuIMrMuiLKxLPzSxeuiqLqDEgcCuM2x1Mt9H1AX4hcalhfrEbzKwsUvxULLt3GPG1JOfBx/s395/Vale+do+Ribeiro.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="262" data-original-width="395" height="425" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnjdpz_xqAlifzsrFZ5ucvZ1mgc0QltgGO93o1qA4NfiO9GBIOEg80nc5Cd0JKxcxHxh_ZdxzuIMrMuiLKxLPzSxeuiqLqDEgcCuM2x1Mt9H1AX4hcalhfrEbzKwsUvxULLt3GPG1JOfBx/w640-h425/Vale+do+Ribeiro.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: center;">Estudos identificam vulnerabilidades e capacidade de resposta aos efeitos das mudanças climáticas na macrometrópole paulista. Pesquisadores também apontam a necessidade de compreender as disparidades sociais e a distribuição desigual dos riscos dentro de uma mesma cidade (enchente no município de Itaoca, no Vale do Ribeira; foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil). </div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), as cidades com maior vulnerabilidade à seca e outros desastres naturais são também as que têm mais capacidade socioeconômica para se adaptar ao problema. Se por um lado isso parece ser positivo, por outro, evidencia a necessidade de articulação não só entre os municípios, mas também nas diferentes esferas governamentais para priorizar e definir as melhores maneiras de atingir a resiliência climática. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É o que afirma uma equipe multidisciplinar de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e da Universidade Federal do ABC (UFABC) em artigo publicado na revista <b><a href="https://www.mdpi.com/2071-1050/13/1/114">Sustainability</a></b>. No estudo, a equipe comparou indicadores socioeconômicos e de vulnerabilidade climática entre os 174 municípios que formam a macrometrópole paulista – área com cerca de 30 milhões de habitantes e que abrange as regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas, Sorocaba, Baixada Santista e o entorno do Vale do Paraíba. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Das 19 municipalidades mais vulneráveis à seca e desastres naturais, 18 estão situadas na RMSP e uma no Vale do Paraíba. Apesar de esses municípios terem boa capacidade de resposta às mudanças climáticas, eles estão longe de avançar ou de tomar as medidas necessárias para enfrentar os desafios climáticos que já se fazem presentes, e que devem aumentar nos próximos anos”, diz Pedro Henrique Campello Torres , pesquisador da USP e autor do estudo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O trabalho integra um <b><a href="https://bv.fapesp.br/pt/auxilios/97000/governanca-ambiental-da-macrometropole-paulista-face-a-variabilidade-climatica/">Projeto Temático sobre a macrometrópole paulista</a></b> que trata de cinco eixos principais e interdisciplinares: análise de vulnerabilidades, serviços ecossistêmicos, energia, mudanças climáticas e inovação. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os 19 municípios selecionados no estudo são: Arujá, Caieiras, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Mauá, Osasco, Poá, São Caetano, São Lourenço da Serra, São Paulo, Taboão da Serra e Jambeiro (o único no Vale do Paraíba e, portanto, distante dos demais). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os dados econômicos e de infraestrutura mostram que, embora muitos desses municípios tenham a capacidade institucional para apresentar planos próprios, outros apresentam maior dificuldade. Um exemplo destacado pelos pesquisadores é a cidade de Itaquaquecetuba, que tem Produto Interno Bruto (PIB) muito menor do que as outras cidades, como a capital paulista ou as que formam a região do ABC. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Outro estudo realizado pelo mesmo grupo e publicado no <b><a href="https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/19463138.2020.1762197">International Journal of Urban Sustainable Development</a></b> mostrou que a falta de uma governança antecipatória e de infraestrutura são razões para os recorrentes casos de mortes por enchentes na macrometrópole paulista. “São esses mesmos municípios que, por óbvio, precisam fazer ações imediatas para combater problemas presentes e futuros”, afirma Torres. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Além da maior articulação entre municípios e níveis de governo, um terceiro artigo publicado pelo grupo de pesquisadores na revista <b><a href="http://www.mercator.ufc.br/mercator/article/view/e20003">Mercator</a></b> propõe uma abordagem mais aprofundada para compreender disparidades sociais e a distribuição desigual dos riscos dentro de uma mesma cidade. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“É preciso que o gestor municipal saiba quais são as áreas mais vulneráveis, fazendo uma governança que tenha justiça distributiva. No fim das contas, estamos falando de um futuro incerto, o que é muito complexo em política, que precisa ser certeira, usar os recursos da melhor maneira possível e com base na ciência. O melhor caminho então é planejar uma governança colaborativa e não concorrente”, diz Pedro Jacobi, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados (IEA-USP) e coordenador do Projeto Temático. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De acordo com os pesquisadores, no contexto da macrometrópole paulista, a vulnerabilidade fica evidente quando se abordam os territórios periféricos. A análise espacial de infraestrutura e de serviços mostra que, do ponto de vista do meio físico, são mais frágeis, suscetíveis a processos de deslizamentos e inundações. Já do ponto de vista ambiental, são também os territórios periféricos os responsáveis pela manutenção dos serviços ecossistêmicos quando resguardados pelas leis de proteção ambiental – o que pode resultar em conflitos entre proteção ambiental e direito à moradia e à cidade. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>Mais frequentes e mais extremos</u></b> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os eventos climáticos extremos já afetam os municípios da macrometrópole paulista. Secas severas, chuvas extremas e inundações vêm ocorrendo de forma mais grave em várias cidades da região durante diferentes épocas do ano. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nos últimos anos, as políticas de prevenção de desastres têm crescido no Brasil, amparadas em uma nova perspectiva de leis baseadas na mitigação, prevenção, preparação e resposta. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De acordo com os pesquisadores, a última grande seca que afetou a RMSP entre 2013 e 2015, por exemplo, reforçou a necessidade de uma resposta política regional às questões climáticas, levando em conta suas interdependências e vulnerabilidades. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Essa abordagem regional complementa as perspectivas atuais, que estão focadas em nível nacional ou municipal. Porém, existe uma ausência de planejamento conjunto e essa maior articulação parece ser essencial para priorizar e usar melhor os recursos disponíveis, não só os financeiros, mas de pesquisa, que possam servir de base para a tomada de decisão conjunta e em diferentes esferas governamentais”, diz Torres. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os pesquisadores afirmam que um dos motivos para essa falta de foco regional no combate às mudanças climáticas é a indisponibilidade de planejamento e cenários regionais. “Com isso também ficaria mais evidente uma avaliação da resposta das políticas para a região, que é a mais rica do Brasil e uma das mais ricas do Sul Global”, diz Torres. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O grupo de pesquisadores analisou ainda como esses municípios da macrometrópole paulista estavam em relação às políticas e planos territoriais de planejamento e resiliência. “Para nossa surpresa, todos os 19 tinham aderido, por exemplo, ao plano de prevenção da defesa civil e apenas quatro não faziam parte do Programa Cidades Resilientes [<i>Arujá, Embu, Embu-Guaçu e Itapevi</i>]”, diz Torres. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De acordo com o pesquisador, isso mostra que, de certa maneira, os municípios demonstram a necessidade de ações de enfrentamento e de maior articulação. “Caso contrário, nem sequer teriam atendido a esses programas. Não é qualquer município que pode assinar um compromisso internacional de se tornar uma cidade resiliente”, diz Torres. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O artigo <b><i>Vulnerability of the São Paulo Macro Metropolis to Droughts and Natural Disasters: Local to Regional Climate Risk Assessments and Policy Responses</i></b> (doi: 10.3390/su13010114), de Pedro Henrique Campello Torres, Demerval Aparecido Gonçalves, Flávia Mendes de Almeida Collaço, Kauê Lopes dos Santos, Katia Canil, Wilson Cabral de Sousa Júnior e Pedro Roberto Jacobi, pode ser lido em <b><a href="http://www.mdpi.com/2071-1050/13/1/114">www.mdpi.com/2071-1050/13/1/114</a></b>. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O artigo <b><i>Why do extreme events still kill in the São Paulo Macro Metropolis Region? Chronicle of a death foretold in the global south</i></b> (doi: 10.1080/19463138.2020.1762197), de Luciana Travassos, Pedro Henrique Campello Torres, Gabriela Di Giulio, Pedro Roberto Jacobi, Edmilson Dias De Freitas, Isabela Christina Siqueira e Tércio Ambrizzi, pode ser lido em <b><a href="http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/19463138.2020.1762197">www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/19463138.2020.1762197</a></b>. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O artigo <b><i>Vulnerabilities, risks and environmental justice in a macro metropolitan scale</i></b> (doi: 10.4215/rm2021.e20003), de Katia Canil, Rodolfo Baêsso Moura, Samia Nascimento Sulaiman, Pedro Henrique Campello Torres, Anna Luisa Abreu Netto e Pedro Roberto Jacobi, pode ser lido em <b><a href="http://www.mercator.ufc.br/mercator/article/view/e20003">www.mercator.ufc.br/mercator/article/view/e20003</a></b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por: <b>Maria Fernanda Ziegler</b> (<b><a href="https://agencia.fapesp.br/articulacao-entre-municipios-e-essencial-para-combate-a-seca-e-desastres-naturais/35049/">Agência Fapesp</a></b>).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-75337680084391643652021-01-05T18:07:00.005-08:002021-01-14T06:14:19.901-08:00O Impacto Mais Importante das Políticas Climáticas de Trump Foi a Perda de Tempo<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAxjy9I8yAPf2m_HoCmrsDiysf5xh2ThRWgIwwbMFj0QhOUztSyogF4v9s_RarK55WD_MG_0MLL_Hqca73xgH_ZyREhwl0ru3th5U_tF1rIQsKBFXGhaZ0GQn_DDBEinj33nFwE2OHlYYG/s1024/Trump.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="1024" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAxjy9I8yAPf2m_HoCmrsDiysf5xh2ThRWgIwwbMFj0QhOUztSyogF4v9s_RarK55WD_MG_0MLL_Hqca73xgH_ZyREhwl0ru3th5U_tF1rIQsKBFXGhaZ0GQn_DDBEinj33nFwE2OHlYYG/w640-h360/Trump.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Presidente Donald Trump em um comício de campanha em Minden, Nevada, no dia 12 de setembro de 2020. O presidente menosprezou as mudanças climáticas e promoveu políticas que as aceleram, fazendo com que os Estados Unidos não progredissem em ações contra as mudanças climáticas nos últimos quatro anos. Foto: Doug Mills / The New York Times / Redux. </span></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Muito dióxido de carbono foi liberado na atmosfera durante os anos do governo Trump, mas especialistas afirmam que o maior prejuízo foi a ausência de progresso.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Por décadas, especialistas climáticos alertaram que adiar a adoção de medidas para controlar o aquecimento global faria com que a resolução do problema fosse mais perigosa e difícil. Portanto, qual foi o impacto causado pelos quatro anos sem progresso sob o governo do presidente Donald J. Trump? </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Surpreendentemente, a quantidade total de dióxido de carbono adicional liberada na atmosfera nos últimos anos foi pouca, afirma Leah Stokes, especialista em política climática da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara. Mas o mais importante era desacelerar o progresso das emissões. Os custos climáticos e econômicos da criação de um futuro com menos combustíveis fósseis estão aumentando drasticamente a cada ano, sendo assim, quatro anos sem progresso, pelo menos nos Estados Unidos, pressionam ainda mais os futuros líderes. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">“Não estamos indo na direção errada, mas também não estamos na direção certa”, diz Stokes. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><u>Quais políticas são mais importantes?</u></b> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Durante a campanha de Trump em 2016, ele já havia demonstrado seu ceticismo em relação às mudanças climáticas. Depois que ele assumiu o cargo em 2017, seu governo tomou decisões que desaceleraram ou menosprezaram as ações climáticas. Seu governo reverteu as políticas que ajudavam a mitigar o aquecimento, atenuou regulamentações para os poluidores climáticos, aprovou o oleoduto Keystone XL, desfez o Acordo de Paris e muito mais. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">No início de 2017, por exemplo, Trump determinou que a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) anulasse o Plano de Energia Limpa, política do governo Obama que visava reduzir as emissões de carbono do setor energético para 32% abaixo dos níveis de 2005 até 2030. Esse plano evitaria cerca de 70 milhões de toneladas de emissões até este ano e mais de 400 milhões de toneladas até 2030. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Em vez disso, a EPA substituiu o Plano de Energia Limpa pela norma de Energia Limpa Acessível (ACE, na sigla em inglês), que não define limites de emissões nacionais, permitindo que os estados decidissem como controlar as emissões das usinas. A agência estimou que essa norma resultaria em apenas 11 milhões de toneladas a menos de CO2 liberados na atmosfera até 2030 — aproximadamente o volume de emissões de Rhode Island durante um ano, com base nos números de 2017. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">De forma semelhante, o governo atenuou as regras de eficiência do combustível de veículos, substituindo as normas por novas metas menos ambiciosas em março de 2020. As mudanças não teriam grandes impactos no futuro imediato, mas retardariam a transição para o uso de carros e caminhões mais eficientes. Tal como o cancelamento pelo governo de uma isenção permitindo que a Califórnia estabeleça normas mais rígidas de gases emitidos por veículos — uma ação que ainda está sendo contestada na justiça. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O governo também modificou as normas referentes à quantidade de metano, um gás de efeito estufa superpotente, que pode ser emitido como subproduto da perfuração de poços de petróleo e gás e de aterros sanitários. A EPA estima que suas novas normas, estabelecidas em 2020, resultarão em 850 mil toneladas a mais de metano liberadas na atmosfera até 2030, embora alguns especialistas acreditem que seja uma estimativa subestimada. O metano é um agente de aquecimento muito mais poderoso do que o dióxido de carbono no curto prazo, o que significa que seus impactos podem ter forte influência no futuro próximo. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Diversas outras normas foram atenuadas e muitos indícios mais sutis apresentados que favoreciam a economia de combustível fóssil. “O governo fez tantas coisas, e cada decisão não resulta em um grande impacto de emissões de combustíveis fósseis”, esclarece Narayan Subramanian, especialista em política climática e membro da Data for Progress e da Universidade da Califórnia, em Berkeley. “Porém as decisões têm uma espécie de impacto coletivo.” </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><b><u><span style="font-family: inherit;">Qual é a dimensão do impacto?</span></u></b></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">“É difícil quantificar os impactos dessas mudanças políticas”, explica Kate Larsen, analista do Grupo Rhodium, em parte porque futuras emissões também serão afetadas por outros fatores, como condições climáticas (o frio do inverno aumenta as emissões) e tendências econômicas (mudanças para energia renovável estão ocorrendo independentemente de mudanças políticas). </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Mas Larsen e seus colegas tentaram mesmo assim: eles estimaram quanto dióxido de carbono a mais as ações mais significativas de Trump podem liberar na atmosfera até 2035. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibc3HUTzXc4F2T_jXDw-UrMawv98fByx7gH5NGbaCpvc65elRQLK80aa3Yf7L5R0q0876ACgRxRGnlPB7zroDqkoH6myeWjlQbJNlEylQkwqQH5LDHQRHykwei7pahl5SfEfzLyPEUThEq/s710/Pecos.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" data-original-height="474" data-original-width="710" height="428" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibc3HUTzXc4F2T_jXDw-UrMawv98fByx7gH5NGbaCpvc65elRQLK80aa3Yf7L5R0q0876ACgRxRGnlPB7zroDqkoH6myeWjlQbJNlEylQkwqQH5LDHQRHykwei7pahl5SfEfzLyPEUThEq/w640-h428/Pecos.jpg" width="640" /></span></a></div><span style="font-family: inherit;"><br /></span><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Campos de gás natural nos arredores de Pecos, Texas. O governo Trump mudou as normas referentes à quantidade de metano, um prejudicial gás de efeito estufa, que pode ser emitido como subproduto da perfuração de poços de petróleo e gás. Foto: Ed Kashi / VII / Redux. </span></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Larsen e seus colegas constataram que a reversão das normas de eficiência de combustível aumentaria cerca de 450 milhões de toneladas de CO2 ou seu equivalente, a suspensão da isenção da Califórnia, se mantida, aumentaria cerca de 570 milhões de toneladas, principalmente por desacelerar a mudança para o uso de veículos elétricos. As normas de metano atenuadas contribuiriam com 640 milhões de toneladas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Com mais alguns detalhes, os analistas da Rhodium chegaram à estimativa final: as ações do governo Trump podem liberar um total de pelo menos 1,8 bilhão de toneladas de CO2 a mais na atmosfera até 2035. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Aproximadamente 30% do que os Estados Unidos emitiram apenas no ano de 2019. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Os efeitos da substituição do Plano de Energia Limpa pela ACE aumentariam ainda mais esse número, mas não se sabe a magnitude do efeito. E Larsen enfatiza que houve muito mais mudanças inefáveis que eram difíceis ou impossíveis de quantificar, então a estimativa provavelmente é baixa. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Subramanian esclarece que é importante saber que “as mudanças não são permanentes em termos de estrutura regulamentar da política ambiental. Tudo o que [<i>o governo Trump</i>] fez na regulamentação é reversível”. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A verdadeira questão, diz ele, é quanto tempo o governo Biden precisará para reverter a situação novamente, obter avanço nas ações climáticas e fazer com que a tendência das emissões siga firme na direção certa. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><b><u><span style="font-family: inherit;">Em busca do tempo perdido</span></u></b></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Desde que os Estados Unidos atingiram o nível mais alto de emissões em 2007, em geral esse nível está em tendência de queda. Em 2018, a emissão subiu para cerca de 5,9 bilhões de toneladas métricas, de acordo com a Rhodium, antes de cair novamente em 2019 para 5,7 bilhões de toneladas métricas, quase a mesma quantidade de 2017. Em 2020, esses números estão caindo bruscamente mais um vez — mas apenas porque a pandemia paralisou parcialmente a economia e as pessoas não estão viajando ou se deslocando tanto. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Mesmo assim, os cientistas concordam que as emissões precisam diminuir de forma rápida e sustentável, nos Estados Unidos e em outros lugares. “Temos uma quantidade finita de carbono que podemos emitir”, afirma Kirstin Zickfeld, cientista climática da Universidade de Simon Fraser na Colúmbia Britânica, “e já emitimos a maior parte”. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A quantidade exata que resta nesse “limite de carbono” e como ele deve ser dividido entre os países são temas amplamente debatidos. Mas Zickfeld diz que uma forma simples de olhar para o problema é a seguinte: para haver 50% de chance de evitar que o planeta aqueça além de 1,5 grau Celsius — a meta mais ambiciosa definida pelo Acordo de Paris — o mundo deve se limitar a emitir menos de 500 bilhões de toneladas de dióxido de carbono no total. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Com o volume de emissão atual — mundialmente, cerca de 36 bilhões de toneladas de dióxido de carbono fóssil por ano — esse número se esgotará em pouco mais de 12 anos. O desafio é chegar a uma emissão zero antes que o limite seja atingido. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Larsen fez um cálculo aproximado para ilustrar como o governo Trump afetou esse desafio nos Estados Unidos, onde o presidente eleito Joe Biden agora abraçou o objetivo de emissão zero. Se depois de 2016 o país quisesse se empenhar nessa meta e cumprir o Acordo de Paris, seria necessário “manter as reduções de emissões entre 2025-2030 de 4,4% ao ano para continuar progredindo para o objetivo de emissão zero até 2050”, escreveu Larsen em um e-mail. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Mas após os retrocessos de Trump, ela escreve, “teremos que atingir reduções de 5,4% ao ano, em média, entre 2025-2030 para continuar no caminho certo”. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Cada ano sem progresso faz com que os cortes necessários sejam maiores e dificultam a obtenção do objetivo final. Muitos especialistas consideram que o tempo perdido é o maior prejuízo dos últimos quatro anos. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Ben Sanderson, cientista climático do centro de pesquisa francês CERFACS, e um colega observaram recentemente como o atraso nas ações climáticas afeta o custo econômico de controlar as mudanças climáticas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">“Conforme nos aproximamos [<i>da meta de 1,5 °C</i>], os custos aumentam exponencialmente a cada dia que passa”, diz ele. “Estamos prestes a tornar isso impossível.” </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">“Para mim, o que não aconteceu nos últimos quatro anos é muito mais importante do que o que de fato aconteceu”, afirma Noah Kaufman, especialista em políticas climáticas da Universidade de Colúmbia. “Quanto mais adiarmos, mais cara ficará a implementação dessas políticas ou a alternativa é simplesmente não obtermos tantos resultados com elas. Esse é o impacto dos anos do governo Trump.”</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Por: <b>Alejandra Borunda</b>. Fonte: <b><a href="https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2020/12/impacto-mais-importante-politicas-climaticas-trump-perda-de-tempo-eua">National Geographic Brasil</a></b>.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-41198671424891996692020-12-10T12:25:00.002-08:002021-01-14T05:52:32.775-08:00Padrão de Oxigênio Observado em Marte Intriga Cientistas<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi54sNt-bc9-xPUivUZP0jV_2SORCKasdwxPYayFLg2XzpZNSjLJWD0A0yKn_Bx7so0wOFneqeSPgJEMZ9BmL0VDjW3yB2LedVWAsQ77hHHx9AQJHiH5vqkRNl88ryMSpfz9MuVJU5_AlN3/s1024/Jipe+Curiosity.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="1024" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi54sNt-bc9-xPUivUZP0jV_2SORCKasdwxPYayFLg2XzpZNSjLJWD0A0yKn_Bx7so0wOFneqeSPgJEMZ9BmL0VDjW3yB2LedVWAsQ77hHHx9AQJHiH5vqkRNl88ryMSpfz9MuVJU5_AlN3/w640-h360/Jipe+Curiosity.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: center;">Jipe Curiosity da Nasa, em Marte. Foto: Nasa/JPL. </div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Após detectar pico inusitado de metano no planeta vermelho, o jipê robô Curiosity, da Nasa, encontrou padrões de gás oxigênio que não podem ser explicados pela química atual.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pela primeira vez na história da exploração espacial, cientistas mediram as mudanças sazonais nos gases da atmosfera diretamente acima da Cratera Gale, em Marte. O resultado mostrou algo estranho: o oxigênio — gás que muitas criaturas da Terra usam para respirar — se comporta de uma forma que, até agora, não é possível de explicar através dos processos químicos conhecidos pela ciência. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao longo de três anos de Marte (quase seis anos terrestres), um instrumento do conjunto experimental Sample Analysis at Mars (SAM), que fica dentro da barriga do jipe robô Curiosity da Nasa, inalou o ar da Cratera Gale e analisou sua composição. Os resultados obtidos pelo SAM confirmaram a composição da atmosfera marciana na superfície: 95% em volume de dióxido de carbono (CO2), 2,6% de nitrogênio molecular (N2), 1,9% de argônio (Ar), 0,16% de oxigênio molecular (O2), e 0,06% de monóxido de carbono (CO). Eles também revelaram como as moléculas no ar marciano se misturam e circulam com as mudanças na pressão do ar ao longo do ano. Essas mudanças são causadas quando o gás CO2 congela nos polos durante inverno, diminuindo a pressão em todo o planeta, já que o ar se redistribui para manter o equilíbrio da pressão. Quando o CO2 evapora na primavera e no verão e se mistura ao longo do planeta, a pressão do ar aumenta. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nesse ambiente, os cientistas descobriram que o nitrogênio e o argônio seguem um padrão sazonal previsível, com suas concentrações aumentando e diminuindo na Cratera Gale ao longo do ano em relação à quantidade de CO2 existente no ar. Eles esperavam que acontecesse o mesmo com o oxigênio. Mas não foi isso que verificaram. Em vez disso, a quantidade do gás no ar aumentou em toda a primavera e no verão em até 30%, voltando aos níveis previstos pela química conhecida no outono. Esse padrão se repetiu a cada primavera, embora a quantidade de oxigênio adicionada à atmosfera variasse, implicando que algo estava produzindo e retirando o gás. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Na primeira vez que observamos o fenômeno, foi chocante”, diz Sushil Atreya, professor de ciências climáticas e espaciais da Universidade de Michigan em Ann Arbor. Atreya é coautor de um artigo sobre o assunto publicado no <b><a href="https://agupubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1029/2019JE006175" target="_blank">Journal of Geophysical Research: Planets</a></b>. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Assim que os cientistas descobriram esse “enigma do oxigênio”, especialistas em Marte começaram a procurar por uma explicação. Primeiro, eles checaram duas vezes a precisão do instrumento usado para fazer as medições: o espectrômetro de massa Quadrupole. O instrumento estava trabalhando bem. Eles então consideraram a possibilidade de que moléculas de CO2 ou de água (H2O) pudessem liberar oxigênio quando se separaram na atmosfera, levando ao aumento de curto prazo. Mas seria necessário cinco vezes mais água acima de Marte para produzir esse oxigênio extra, e o CO2 se decompõe muito lentamente para gerá-lo em tão pouco tempo. E o que explica a diminuição do oxigênio? Poderia a radiação solar quebrar as moléculas de oxigênio em dois átomos, que posteriormente seriam liberados no espaço? Não, concluíram os cientistas, já que levaria pelo menos 10 anos para o oxigênio desaparecer por esse processo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Estamos com dificuldades para encontrar uma explicação”, diz Melissa Trainer, cientista planetária do Centro de Voos Espaciais Goddard da Nasa em Greenbelt, Maryland, que liderou a pesquisa. “O fato de o comportamento do oxigênio não ser perfeitamente reproduzível a cada estação nos faz pensar que não é um problema que tem a ver com a dinâmica atmosférica. Tem que haver uma fonte química que ainda não conseguimos explicar”. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para os cientistas que estudam Marte, essa história do oxigênio é curiosamente parecida com a do metano. O metano está constantemente no ar da Cratera Gale, mas em quantidades tão pequenas (0,00000004%, em média) que dificilmente se pode discerni-lo, mesmo com os instrumentos mais sensíveis enviados ao planeta. Ainda assim, o gás foi medido pelo espectrômetro laser ajustável do SAM. O instrumento revelou que, embora o metano aumente e diminua sazonalmente, ele aumenta em abundância em cerca de 60% nos meses de verão por razões inexplicáveis. (Na verdade, <b><a href="http://sciam.uol.com.br/robo-curiosity-detecta-enorme-pico-de-gas-metano-em-marte/" target="_blank">o metano também aumenta de forma aleatória e dramática</a></b>. Os cientistas estão tentando descobrir o porquê.) </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com as novas descobertas sobre o oxigênio, a equipe de Trainer se pergunta se uma química semelhante à que está impulsionando as variações sazonais naturais do metano também poderia ser responsável por gerar o oxigênio. Pelo menos ocasionalmente, os dois gases parecem variar em conjunto. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Estamos começando a ver essa correlação tentadora entre o metano e o oxigênio durante boa parte do ano em Marte”, diz Atreya. “Acho que há algo a mais nisso. Eu só não tenho as respostas ainda. Ninguém tem.” </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O oxigênio e o metano podem ser produzidos tanto biologicamente (a partir de microrganismos, por exemplo) como abioticamente (a partir de produtos químicos relacionados à água e a rochas). Os cientistas estão considerando todas essas opções, embora não haja nenhuma evidência convincente de atividade biológica em Marte. O Curiosity não possui instrumentos que possam dizer definitivamente se a fonte do metano ou do oxigênio em Marte é biológica ou geológica. Os cientistas acreditam que explicações não biológicas sejam mais prováveis e estão trabalhando cuidadosamente para entendê-las por completo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A equipe de Trainer considerou o solo marciano como uma fonte de oxigênio extra na primavera. Afinal, se sabe que o solo do planeta de fato é rico do elemento, na forma de compostos como peróxido de hidrogênio e percloratos. Um experimento realizado pelas sondas das missões Vikings mostrou, décadas atrás, que o calor e a umidade podem liberar oxigênio do solo marciano. Mas esse experimento ocorreu em condições bem diferentes do ambiente da primavera de Marte, e não explica a queda de oxigênio, entre outros problemas. Outras explicações possíveis também não são suficientes, por enquanto. A radiação de alta energia do solo poderia, por exemplo, produzir O2 extra no ar, mas levaria um milhão de anos para acumular oxigênio suficiente no solo para explicar o aumento medido em apenas uma primavera, segundo o artigo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Ainda não conseguimos chegar a um processo que produza a quantidade de oxigênio necessária, mas acreditamos que deve haver algo no solo superficial que muda sazonalmente, porque não há átomos de oxigênio disponíveis na atmosfera suficientes para causar o comportamento que observamos”, diz Timothy McConnochie, cientista da Universidade de Maryland em College Park e coautor do artigo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As únicas naves espaciais anteriores com instrumentos capazes de medir a composição do ar marciano perto do solo foram as sondas Vikings da Nasa, que chegaram ao planeta em 1976. Porém, os experimentos Viking cobriram apenas alguns dias marcianos, e não conseguiram revelar padrões sazonais dos diferentes gases. As novas medidas do aparelho SAM são as primeiras a fazê-lo. A equipe do SAM continuará a medir os gases atmosféricos para que os cientistas possam coletar dados mais detalhados ao longo de cada estação. Enquanto isso, Trainer e sua equipe esperam que outros especialistas trabalhem para resolver o mistério do oxigênio. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“É a primeira vez que vemos esse comportamento interessante ao longo de vários anos. Não o entendemos totalmente”, diz Trainer. “Para mim, esta é uma chamada aberta a todas as pessoas inteligentes que estão interessadas: veja que ideia você pode sugerir.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fonte: <b><a href="https://sciam.com.br/padrao-de-oxigenio-observado-em-marte-intriga-cientistas/">Scientific American Brasil</a></b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-20830889867890991272020-12-02T08:12:00.004-08:002020-12-02T08:41:44.722-08:00Florestas Tropicais Estão Demonstrando Resistência Surpreendente ao Aumento das Temperaturas<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXcC1h0S1HWjdw4Y159NXijd8NxQWYCsty5137OWUu5IC4uot-GjQunmQ3a5XwXP_iPccqqtFJhqc2UMUfqXxD-gNvI2re2fBTS4cYt7aAOsSgo-iQeLaorOGVNhbdIJ_X1cvjaLITWUjc/s1024/Amaz%25C3%25B4nia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="1024" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXcC1h0S1HWjdw4Y159NXijd8NxQWYCsty5137OWUu5IC4uot-GjQunmQ3a5XwXP_iPccqqtFJhqc2UMUfqXxD-gNvI2re2fBTS4cYt7aAOsSgo-iQeLaorOGVNhbdIJ_X1cvjaLITWUjc/w640-h360/Amaz%25C3%25B4nia.jpg" width="640" /></a></div><br />Um futuro mais quente para florestas como a Amazônia, mostrada na imagem, não significa necessariamente o fim das árvores, segundo novas pesquisas. FOTO DE MALTE JAEGER, LAIF/REDUX. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A floresta tropical mais quente do mundo não está localizada na Amazônia nem em nenhum outro local previsível, mas dentro da Biosfera 2, instalação experimental de pesquisa científica no deserto perto de Tucson, no Arizona. Um estudo recente de árvores tropicais plantadas nesse local no início da década de 1990 gerou um resultado surpreendente: as árvores resistiram a temperaturas mais elevadas do que qualquer temperatura prevista para as florestas tropicais neste século. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O estudo se soma a um número crescente de descobertas que estão proporcionando aos cientistas especializados em florestas algo que está em falta ultimamente: esperança. As plantas podem dispor de recursos inesperados que facilitam sua sobrevivência — e talvez até lhes assegure um bom desenvolvimento — em um futuro mais quente e repleto de carbono. E embora as florestas tropicais ainda enfrentem ameaças humanas e naturais, alguns pesquisadores acreditam que as conclusões assustadoras de seu declínio iminente devido às mudanças climáticas podem ter sido exageradas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“A vida é engenhosa”, afirma Scott Saleska, ecologista da Universidade do Arizona em Tucson e um dos líderes do estudo da Biosfera 2. “É muito mais engenhosa do que as representações de nossos atuais modelos.” </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nos últimos anos, foi publicada uma infinidade de relatórios alarmantes sobre florestas e os efeitos das mudanças climáticas sobre elas. Os cientistas anunciaram que a floresta amazônica não é mais um sumidouro de carbono confiável; a floresta amazônica pode estar se aproximando de um ponto crítico; florestas tropicais em todo o mundo já se aproximam das temperaturas mais altas toleradas por elas e as mudanças climáticas está matando árvores antigas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um ponto é incontestável: nossas emissões de combustíveis fósseis estão criando um clima inédito à humanidade e não vivenciado pelas árvores há muito tempo. “Estamos aquecendo as florestas tropicais a temperaturas inexistentes desde o Cretáceo — desde a época dos dinossauros”, afirma Abigail Swann, ecologista e cientista climática da Universidade de Washington em Seattle. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas é difícil prever qual será a reação das árvores. Submeter florestas inteiras a um experimento de simulação de um futuro mais quente é uma tarefa dispendiosa e logisticamente complexa. A maioria dos cientistas foi obrigada a traçar extrapolações a partir de experimentos em pequena escala ou observações de campo, muitas vezes recorrendo a modelos de computador para realizar projeções sobre as próximas décadas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>Uma instalação singular</u></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A Biosfera 2 ofereceu uma rara oportunidade para testar o clima em uma floresta em tamanho real. Embora mais conhecida pelas equipes que ficaram isoladas no local entre 1991 e 1994, a instalação também abriga ecossistemas artificiais. Entre eles está uma floresta tropical com cerca de dois mil metros quadrados dentro de uma estrutura feita de vidro em formato de pirâmide cujo ponto mais elevado ergue-se a uma altura de 30 metros do solo do deserto. As copas das árvores plantadas no local no início da década de 1990 atualmente tocam o teto. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As temperaturas no interior da estrutura ultrapassam as temperaturas previstas até mesmo para a Amazônia — a floresta tropical mais quente do mundo — neste século. Sob essas condições sufocantes, as plantas de estudos anteriores ao ar livre quase interromperam a fotossíntese, o processo bioquímico utilizado pelas plantas para transformar o dióxido de carbono em açúcares simples para obter energia. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2yer12DcmlnzssYOIXgK6DDVS7R551weRnY3eOvEkHwYgyel98iVZUWJypj1vJkxsXBTUM9ZFO4kBFlgO3Qk-vCJjovzNmHfr2d-00fBx_DqH67OvgFk1nW8examrlP-SMTwB5ksup24s/s710/Biosfera+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="474" data-original-width="710" height="428" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2yer12DcmlnzssYOIXgK6DDVS7R551weRnY3eOvEkHwYgyel98iVZUWJypj1vJkxsXBTUM9ZFO4kBFlgO3Qk-vCJjovzNmHfr2d-00fBx_DqH67OvgFk1nW8examrlP-SMTwB5ksup24s/w640-h428/Biosfera+2.jpg" width="640" /></a></div><br />A Biosfera 2 em Oracle, no Arizona, possui uma floresta tropical em miniatura na qual as árvores crescem a 37,8 graus Celsius, muito mais quente do que o normal para essa vegetação. FOTO DE JESSICA LEHRMAN, THE NEW YORK TIMES/REDUX. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os dados sobre o crescimento das árvores sob diferentes condições ambientais foram registrados no início da década de 2000 e armazenados em servidores e discos rígidos. Marielle Smith, ecologista e pós-doutoranda na Universidade Estadual de Michigan, considerou esses registros uma rara oportunidade de estudar uma floresta em um clima futuro. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Seu objetivo era analisar os efeitos de duas variáveis relacionadas: a temperatura e o déficit de pressão de vapor ou VPD (na sigla em inglês) — ou seja, a diferença entre a quantidade de água que o ar pode reter e quanto de fato retém em um determinado local e período. Quando o VPD é alto, as plantas perdem água mais rápido. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Normalmente, o aumento do VPD acompanha a temperatura porque o ar quente retém mais umidade. Contudo, na Biosfera, os pulverizadores mantinham o ar úmido, criando uma rara combinação de calor intenso e VPD baixo. O teor de CO2 se manteve estável em pouco mais de 400 partes por milhão, apenas discretamente acima do que no ar exterior naquela ocasião. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O ritmo de fotossíntese das árvores da Biosfera permaneceu igual até as temperaturas atingirem cerca de 38 graus Celsius, conforme publicado por Smith e seus colegas no mês passado no periódico Nature Plant. Por outro lado, em florestas naturais no Brasil e no México, o ritmo de fotossíntese despencou a partir de apenas 28 graus Celsius. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Segundo Smith e outros especialistas, o resultado é um grande golpe na teoria difundida de que o calor intenso interrompe a fotossíntese — a noção de que o processo seria diretamente desativado. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No entanto tudo indica que as altas temperaturas prejudicam a vegetação indiretamente com o aumento do VPD e, em seguida com a elevação da aridez do ar. As folhas das plantas absorvem dióxido de carbono por meio de células foliares com uma cavidade, denominadas estômatos, mas essas células também liberam água — até 300 moléculas de água para cada molécula de CO2 que entra. Quando o VPD aumenta em resposta a uma elevação na temperatura, as plantas fecham os estômatos para reter a água que lhes é vital, ainda que essa ação lhes obrigue a renunciar a seu alimento. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No mundo real, não são apenas as temperaturas que estão aumentando, o dióxido de carbono também está subindo rapidamente. Isso pode ajudar a proteger as plantas do calor: no futuro quente e com alto teor de CO2, os estômatos podem absorver dióxido de carbono e, em seguida, fechar-se para conservar água, afirma Smith. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“É um resultado de certa forma animador, e não é sempre que obtemos resultados desse tipo”, conta Laura Meredith, ecologista da Universidade do Arizona que lidera pesquisas sobre a floresta tropical da Biosfera 2, mas que não participou do estudo. “É uma ótima notícia a existência de estratégias de adaptação e manutenção da eficiência das florestas.” </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Smith admite, entretanto, que ainda há “um grande porém”: o experimento da Biosfera 2 não incluiu altos teores de CO2, portanto, não foi possível provar que de fato o gás será utilizado pelas plantas para conservar água. “Ainda não se sabe se esse mecanismo poderia realmente existir”, ressalta ela. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>Mais CO2? Ótimo</u></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pesquisadores no Panamá estão avançando nos estudos e testando se elevados teores de dióxido de carbono de fato protegem as plantas do calor. Até o momento, a resposta parece ser um sim com algumas ressalvas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O botânico Klaus Winter construiu seis cúpulas geodésicas na estação de pesquisa do Instituto Smithsoniano de Pesquisa Tropical perto do Canal do Panamá. As cúpulas de Winter são muito menores do que as da Biosfera 2 e abrigam apenas árvores pequenas, porém dispõem de controle de temperatura e de dióxido de carbono. No estudo apresentado em encontros científicos, mas ainda não publicado, ele concluiu que, sob temperaturas acima das previstas para este século, plantas com bastante irrigação e abundância de dióxido de carbono apresentam um bom desenvolvimento. O crescimento de uma espécie, o pau-de-balsa, até disparou. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7UpcxNjHI6RJWp60v8pMPH4ogsDb8jjBrFD5uVwRES1LRlxX-zZZhStHMdzUH-ZIdagb1FOMdZbobRgy3xtYRWc7ksgvaexwSX3CsZD2morHVLXdBb26QiLkxJBlAWNdNFx44LWukfXx9/s710/ISPT.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="448" data-original-width="710" height="404" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7UpcxNjHI6RJWp60v8pMPH4ogsDb8jjBrFD5uVwRES1LRlxX-zZZhStHMdzUH-ZIdagb1FOMdZbobRgy3xtYRWc7ksgvaexwSX3CsZD2morHVLXdBb26QiLkxJBlAWNdNFx44LWukfXx9/w640-h404/ISPT.jpg" width="640" /></a></div><br />No Instituto Smithsoniano de Pesquisa Tropical em Gamboa, no Panamá, a vegetação é cultivada em estufas na forma de cúpulas, onde é possível controlar a temperatura e a umidade. No interior das cúpulas, as árvores bem irrigadas e expostas a um grande volume de CO2 apresentam um bom desenvolvimento sob temperaturas acima do previsto para este século. FOTO DE LUIS ACOSTA, AFP/GETTY IMAGES. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O experimento não testa diretamente o mecanismo proposto por Smith, mas confirma que algumas árvores podem suportar altas temperaturas se receberem um grande volume de CO2 — e água, afirma Winter. “As árvores são menos suscetíveis do que esperado.” </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Martijn Slot, colega de Winter, investigou uma questão paralela: seriam as plantas capazes de se adaptar a temperaturas maiores? Cada planta possui uma faixa de temperatura ideal, identificada pelos pesquisadores por meio de sensores de gás para medir a fotossíntese na folha conforme é aumentada a temperatura. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Slot constatou que é alcançada a fotossíntese ideal quando as mudas são cultivadas a 25 graus Celsius. Mas quando foi aumentada a temperatura para 35 graus Celsius, esse ponto ideal passou para cerca de 30 graus Celsius. A capacidade das plantas de adaptar sua fisiologia interna é um exemplo de “plasticidade”, cada vez mais observada como uma defesa botânica contra a mudança das condições. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Considerar a reação das plantas às condições ambientais como sendo estática e rígida leva a previsões imprecisas ou provavelmente equivocadas”, esclarece Slot. “A plasticidade deve ser considerada” em modelos de computador que geram as previsões climáticas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Outro indício recente de resistência oculta vem do campo. Flavia Costa, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia em Manaus, no Brasil, analisou 20 anos de dados obtidos em lotes das florestas brasileiras monitoradas. Foram incluídas florestas em planícies com acesso fácil a lençóis freáticos, o que lhes proporcionava plena irrigação, assim como as plantas de Winter. A equipe de Costa constatou que essas florestas com “lençóis freáticos superficiais”, que compõem, segundo estimativas, mais de um terço de toda a Amazônia, se desenvolveram sem alterações e continuaram absorvendo carbono durante estiagens severas em 2005, 2010 e 2015. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Artigos anteriores alertaram que as secas provocadas pelo clima e as taxas de crescimento e mortalidade acelerados das árvores estavam eliminando a vegetação e prejudicando a capacidade da floresta amazônica de continuar atuando como sumidouro de carbono. Se as florestas úmidas em toda a Amazônia são tão resistentes quanto as dos lotes pesquisados, “a perda de produtividade e o aumento da mortalidade estão provavelmente superestimados”, presume Costa. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Oliver Phillips, cientista ambiental da Universidade de Leeds que lidera uma das principais redes de pesquisa da Amazônia, concorda que florestas úmidas e de planícies parecem ser mais resistentes à seca do que as demais. Mas seus estudos analisam apenas essas florestas e ele não sabe se adicionar outras mudaria drasticamente as conclusões. Atualmente, ele e Costa estão conduzindo uma análise conjunta dos dados dos lotes a fim de obter maior representatividade das florestas amazônicas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>Mas há um problema</u></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Todos esses estudos possuem ressalvas e advertências. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Futuramente, as florestas podem enfrentar secas ainda mais severas do que qualquer outra já existente, o que pode afetar até mesmo as florestas úmidas em planícies que resistiram até hoje, afirma Costa. Por outro lado, os estudos que simulam florestas procuram reproduzir a diversidade impressionante de florestas tropicais reais, que poderiam abrigar tanto árvores especialmente vulneráveis quanto mecanismos de resistência ainda não descobertos, acrescenta ela. Apenas a Amazônia contém cerca de 16 mil espécies de árvores, muito mais do que as representadas na Biosfera 2, nas cúpulas de Winter e em qualquer modelo de computador. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Além disso, as plantas de Winter ainda são novas e ele as mantém com irrigação constante. É possível que seu desenvolvimento não seja o mesmo durante estiagens — algo que Winter planeja estudar em suas cúpulas assim que forem suspensas as restrições devido ao coronavírus. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para Nate McDowell, cientista da Terra no Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico em Richland, Washington, que alertou, no início deste ano, na revista científica Science que as mudanças climáticas já estão reduzindo o crescimento das árvores e o armazenamento de carbono, os resultados de Smith são “animadores”, mas uma pergunta importante permanece sem resposta: o dióxido de carbono elevado poderá mesmo ajudar as plantas a suportar o ar mais seco previsto futuramente? “É uma ótima questão científica”, afirma McDowell — “uma questão científica urgente”. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ainda que um alto teor de CO2 mantenha as plantas vivas, é possível que sua reação ao calor reduza a altura das plantas, mas deixe-as mais resistentes, acrescenta Smith, tornando os estudos dela e de McDowell possivelmente complementares e não contraditórios. Aliás, a floresta da Biosfera 2 passou por alterações ao longo de suas três décadas, talvez devido às condições extremas enfrentadas. As árvores nessa instalação que produzem uma substância química denominada isopreno, que parece contribuir com a fotossíntese sob altas temperaturas, sobreviveram mais do que aquelas que não produziram a substância: uma mudança que envolve implicações ainda desconhecidas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Podemos estar inadvertidamente construindo uma Amazônia mais resistente”, afirma Smith, “mas que talvez não seja capaz de armazenar a mesma quantidade de carbono”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por: <b>Gabriel Popkin</b> (<b><a href="https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2020/11/florestas-tropicais-demostrando-resistencia-aumento-de-temperatura">National Geographic Brasil</a></b>).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-84101744867636603112020-11-11T06:39:00.003-08:002020-11-11T06:51:32.334-08:00Como as Soluções Baseadas na Natureza Podem Integrar um Novo Pacto Social e Econômico<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8zSO6utWFAf-9KHP6qFvqu-LMedW4onbuSxrLzY5xHVkTHFU7r_bDPFT1ZTxuENpkXEZpl2_R2o3HtdEID4wSE00VB39ZFwWG-1T8yBRJQj2IctOOfCyR_HXgrRYWB9R14ySb8CJl7VBG/s971/Solu%25C3%25A7%25C3%25B5es+baseadas+na+Natureza.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="565" data-original-width="971" height="372" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8zSO6utWFAf-9KHP6qFvqu-LMedW4onbuSxrLzY5xHVkTHFU7r_bDPFT1ZTxuENpkXEZpl2_R2o3HtdEID4wSE00VB39ZFwWG-1T8yBRJQj2IctOOfCyR_HXgrRYWB9R14ySb8CJl7VBG/w640-h372/Solu%25C3%25A7%25C3%25B5es+baseadas+na+Natureza.png" width="640" /></a></div><br />O Brasil precisa lidar com o declínio das atividades econômicas e, ao mesmo tempo, resolver os problemas ocasionados pela emergência climática. A solução para essas crises é a conservação da natureza que proporcione uma retomada verde e socialmente inclusiva. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A humanidade enfrenta uma de suas piores crises. Em meio à pandemia da Covid-19, que já ceifou mais de 160 mil vidas de brasileiros e brasileiras, o Brasil precisa lidar com o declínio das atividades econômicas e, ao mesmo tempo, debater como atuar de forma eficiente para resolver os problemas ocasionados pela emergência climática. A solução para todas essas crises é a conservação da natureza. Novas pandemias poderão surgir na medida em que a destruição dos ambientes naturais avança, por isso, precisamos preservar. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma retomada econômica sem considerar os limites da natureza e o uso sustentável dos recursos naturais, certamente agravará as crises. A retomada verde será ao mesmo tempo a solução para nossa economia e para o enfrentamento da crise climática. Entretanto, para que as soluções sejam de fato efetivas, a retomada não deve somente ser verde, mas também inclusiva. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Precisamos estimular e ajudar a construir um novo contrato ou pacto social, no qual a equidade de gênero, o combate ao racismo e a proteção da natureza estejam inseridos como questões centrais e inegociáveis. Essa nova economia precisa reafirmar alguns valores: democracia, respeito aos direitos humanos, respeito à diversidade, respeito às minorias, respeito à vida e à biodiversidade, busca da inovação e respeito às futuras gerações. Lembrando dos vários aspectos da ética, do cuidado, do respeito, da responsabilidade e da solidariedade. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para isso, precisamos integrar as Soluções Baseadas na Natureza (SBN), que têm a ver com o redesenho e o planejamento das paisagens. Pensar o território com olhar de drone e visão de libélula: do alto, com a complexidade exigida e onde cabem todos os atores e setores existentes em um território, mas cabe também a natureza. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É necessário buscar a integração de todas as iniciativas sustentáveis existentes, considerando a necessidade de alimentos (qualidade e segurança alimentar), a proteção, restauração e regeneração de ecossistemas, a proteção da biodiversidade, a proteção e uso racional dos recursos hídricos e o desenvolvimento e implementação de energias limpas e renováveis. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Já existem diversos exemplos de projetos e Soluções Baseadas na Natureza em diferentes áreas. Os desafios são como manter, consolidar e ampliar esses projetos, replicá-los e adaptá-los em outras regiões. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Há várias ações que podem atrair os aportes necessários para essa mudança. Entre elas: </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">• Buscar e direcionar investimentos públicos já existentes para iniciativas sustentáveis; </div><div style="text-align: justify;">• Repensar as políticas públicas – atrelando a concessão e liberação de créditos (agrícolas, imobiliários, infraestrutura, etc.) ao novo pacto social verde; </div><div style="text-align: justify;">• Incentivar e fomentar o cumprimento da legislação ambiental e a implantação de paisagens sustentáveis (Cadastro Ambiental Rural – CAR, Programa de Regularização Ambiental – PRA, Bolsa Restauração); </div><div style="text-align: justify;">• Ter um sistema de financiamento e crédito voltado para o desenvolvimento sustentável para que os imóveis rurais/propriedades se tornem sustentáveis, desinvestindo em atividades e equipamentos altamente emissores de carbono e </div><div style="text-align: justify;">• Remodelar a assistência técnica para que esta tenha um olhar integrado e considere a paisagem, a biodiversidade, os recursos hídricos e a proteção do solo como essenciais para a atividade agrossilvopastoril. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em relação aos investimentos sociais privados, também já existem projetos bem sucedidos que podem e devem ser replicados. Por exemplo, o Projeto Matas Legais, uma parceria da empresa Klabin com a ONG Apremavi, que existe desde 2005 e já atendeu 1.807 famílias/propriedades, plantou 1.695.568 mudas de árvores nativas e envolve 16.500 ha de florestas nativas conservadas, 1.500 ha em regeneração natural, 512 ha restaurados com plantios de mudas nativas. É um projeto altamente replicável. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A contribuição do setor privado deve ir além dos compromissos “normais”, como é o caso da Natura, ao anunciar que vai investir US$ 800 milhões nos próximos dez anos para ajudar a implantar o desmatamento zero da Amazônia, com ações em toda sua cadeia produtiva. Nesta encruzilhada civilizatória que afeta o planeta como um todo é preciso debater qual é a contribuição do setor privado para além do seu cercado, saber qual é a sua contribuição à sociedade, em uma visão de emergência climática, e quanto de seu lucro o setor privado está disposto a investir. Essa discussão exige um desprendimento muito maior do que o visto até agora. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para trazer essas soluções de investimentos, já existem algumas ferramentas que podem ser úteis. Entre elas, estão iniciativas multissetoriais de diálogo, como o Diálogo Florestal, o Diálogo do Uso do Solo e a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Estes são espaços onde acordos e modelagens de novos projetos podem acontecer. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Existem também os portais de transparência, que ajudam a monitorar as ações do governo, das empresas e do Terceiro Setor. Um exemplo é o Portal Ambiental da Apremavi, onde são cadastradas as atividades de restauração realizadas pela instituição, possibilitando o acompanhamento público das mesmas </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Outra ferramenta possível é a construção de plataformas de projetos, que pode ter como inspiração a iniciativa Mapa do DF Sustentável, que mapeou as mais diversas iniciativas relacionadas à sustentabilidade no Distrito Federal. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por que não criar uma plataforma também de ideias – um espaço onde as pessoas possam cadastrar suas ideias de investimentos verdes, uma vez que a inovação e criatividade precisam de oportunidades para florescer? E, por fim, construir uma plataforma de engajamento, onde as pessoas possam expressar os seus compromissos com o futuro sustentável? A pergunta é simples: que tipo de investimento eu posso fazer enquanto empresa ou cidadão, para ajudar a construir o presente e futuro sustentáveis?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por: <b>Miriam Prochnow</b> (<b><a href="https://pagina22.com.br/2020/11/03/como-as-solucoes-baseadas-na-natureza-podem-integrar-um-novo-pacto-social-e-economico/">Página 22</a></b>).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-19128910078451145722020-10-27T06:19:00.005-07:002020-10-28T08:20:25.221-07:00Redução da Vida Útil das Árvores em Florestas Poderá Neutralizar Ganhos com Sequestro de CO2<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9bIbTUyn3F7uhZgcCwnP_aVIg1bjcwtsoc-pAyEXCFN2AI7Bj-SfEPFt_06t48haHU-6piBRQkxWGLws9-v9UKP4v1Ks11h8YlzPjv8pOQLREpwFClt6fgONiOEYBCGxDlu-91AhVVraS/s1000/Vida+%25C3%25BAtil+das+%25C3%25A1rvores.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="750" data-original-width="1000" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9bIbTUyn3F7uhZgcCwnP_aVIg1bjcwtsoc-pAyEXCFN2AI7Bj-SfEPFt_06t48haHU-6piBRQkxWGLws9-v9UKP4v1Ks11h8YlzPjv8pOQLREpwFClt6fgONiOEYBCGxDlu-91AhVVraS/w640-h480/Vida+%25C3%25BAtil+das+%25C3%25A1rvores.jpg" width="640" /></a></div><br />Estudo da USP divulgado na Nature Communications mostra que florestas em todo o planeta, incluindo a Amazônica, estão registrando crescimento acelerado das árvores, mas com redução de longevidade (tronco de árvore morta na Amazônia peruana; foto: Roel Brienen/University of Leeds).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A aceleração do crescimento das árvores registrada nos últimos anos vem sendo acompanhada de uma redução da vida útil dessas plantas. No futuro, isso pode parcialmente neutralizar ganhos obtidos com o sequestro de dióxido de carbono (CO2). Essa relação entre crescimento e expectativa de vida das árvores vale para florestas do mundo todo, incluindo as tropicais, como a Amazônica, até as temperadas e árticas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com isso, resultados esperados para modelos e projeções de captação de CO2 estruturados com base no sistema atual podem estar superestimando a capacidade de absorção dos gases de efeito estufa pelas florestas no futuro. Ou seja, plantar árvores é importante para ajudar a reduzir a concentração desses gases na atmosfera, mas não o suficiente – ainda é essencial a redução da emissão do carbono. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Esses são os principais pontos de discussão da pesquisa <i><b>Forest carbon sink neutralized by pervasive growth-lifespan trade-offs</b></i>, publicada na revista <b><a href="https://www.nature.com/articles/s41467-020-17966-z" target="_blank">Nature Communications</a></b>, por um grupo de pesquisadores internacionais. Entre eles estão o professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) Gregório Ceccantini e o pesquisador Giuliano Locosselli. Ambos têm o apoio da FAPESP. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Há uma relação inversa entre a taxa de crescimento das árvores e a longevidade. Mostramos de maneira consistente que isso está presente independentemente da espécie e do local onde se encontram. Se as árvores crescem mais rápido, também assimilam o carbono mais rapidamente. O problema é que vão viver menos, e o carbono ficará menos tempo estocado”, explica Locosselli à Agência FAPESP. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na fase de crescimento, as árvores precisam de uma grande quantidade de CO2 para se desenvolver. Por isso, esse processo de aceleração tem levado a uma grande absorção de carbono. Tanto que estudos realizados recentemente mostram que cerca de um terço das emissões de gases estufa resultantes da ação do homem nos últimos 50 anos foi absorvido por ecossistemas terrestres, graças a uma combinação de novas árvores e a expansão de florestas secundárias. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A pesquisa publicada na Nature Communications, no entanto, coloca em discussão o grau em que as florestas continuarão a absorver o excesso de CO2 no futuro. E problematiza, dizendo que essa captação “depende não apenas da resposta do crescimento das árvores às mudanças no clima e na composição atmosférica, mas também às alterações nas taxas de mortalidade que, em última instância, liberam carbono de volta para a atmosfera”. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Este feedback negativo sobre o armazenamento de carbono via aumento da mortalidade irá compensar – pelo menos em certa medida – os efeitos benéficos do aumento do crescimento no armazenamento total de CO2 das florestas. Nosso conhecimento atual e incompleto da universalidade e das causas do feedback dificulta sua representação nos Modelos do Sistema Terrestre e, portanto, é uma importante incerteza nas previsões da futura absorção de carbono da floresta em resposta à mudança global”, ressalta, na pesquisa, o grupo do qual Ceccantini e Locosselli são integrantes. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Segundo Locosselli, a maior parte dos modelos climáticos e de dinâmica de biomassa nas florestas tem levado em consideração a taxa de crescimento, mas não a relação negativa com a longevidade. Os motivos para a aceleração desse crescimento ainda não são totalmente claros, mas entre os que podem contribuir estão a temperatura, o CO2 na atmosfera e até mesmo o uso de fertilizantes em diferentes locais, que aumenta a concentração de nitrogênio no ambiente. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>Mudanças climáticas</u></b> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Relatório divulgado em 2019 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) apontou que as emissões globais de gases de efeito estufa precisam ser reduzidas em pelo menos 7,6% ao ano, até 2030, para o planeta atingir a meta estabelecida no Acordo de Paris de limitar a alta da temperatura média em 1,5°C. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Se a temperatura ultrapassar esse limite, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) já alertou que entre os impactos que podem ser registrados no planeta estão, por exemplo, o aumento da intensidade de ondas de calor e a frequência de tempestades. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na última década, as emissões de gases de efeito estufa cresceram 1,5% ao ano, em grande parte provocadas por fontes fósseis de energia e por mudanças no uso da terra, como o desmatamento. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os países do G20 respondem por cerca de 75% de todas essas emissões, sendo China e Estados Unidos os campeões. O Brasil aparece em 14º lugar no ranking feito pelo Atlas Global de Carbono, com emissões significativas associadas ao desmatamento. No Acordo de Paris, o Brasil se comprometeu a reduzir suas emissões em 37% até 2025 e em 43% até 2030 em relação ao índice de 2005. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Estudo mais recente da Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês) mostrou que as emissões globais de CO2 fóssil registraram no ano passado recorde de 36,7 gigatoneladas (Gt), 62% a mais do que em 1990, quando começaram as negociações internacionais sobre clima. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com a pandemia de COVID-19, que obrigou vários países a adotar medidas de isolamento social durante meses, as emissões de CO2 devem diminuir entre 4% e 7% neste ano em comparação a 2019, segundo a WMO. Mas, mesmo em abril, quando houve o nível mais baixo entre janeiro e agosto de 2020, as emissões diárias de carbono eram equivalentes às de 2006, período em que já havia um crescimento acentuado. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Caminhos para mitigar essa alta de CO2 incluem a ampliação de políticas públicas visando ao aumento do uso de energias renováveis, meios de transporte de baixo carbono e eliminação do carvão, além da redução do desmatamento e das queimadas de florestas no mundo todo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No ano passado, um grupo de 66 países, empresas e investidores fecharam um acordo para zerar suas emissões de gases poluentes até 2050. Também já estão sendo discutidos mecanismos para precificar o carbono, seja por meio da taxação das emissões ou da criação de sistemas de compra e venda de créditos, em que o “poluidor” paga caso a mitigação não seja feita internamente. O objetivo é tornar mais vantajosos modelos de produção que busquem a redução das emissões. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>Metodologia</u></b> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para mostrar a relação da evolução e longevidade das árvores com a captação de CO2, Locosselli explica que a pesquisa teve como base a análise de anéis de crescimento localizados nos troncos das plantas. Foram avaliados registros de mais de 210 mil árvores de 110 espécies. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Se o anel de crescimento é largo, indica que a árvore cresceu rápido, mas, caso seja estreito, aponta baixo crescimento. Cada um deles representa um ano de vida da planta. Fazendo a contagem de todos os anéis, é possível ter uma estimativa de idade da árvore. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Por isso conseguimos medir a dinâmica para árvores com 500, 600 anos de idade. Foi possível extrapolar o tempo para além do que outros trabalhos já analisaram com parcelas permanentes”, afirma Locosselli, que está no programa Jovem Pesquisador da FAPESP com o estudo <i><b><a href="https://bv.fapesp.br/pt/auxilios/106687/florestas-funcionais-biodiversidade-a-favor-das-cidades/" target="_blank">Florestas funcionais: biodiversidade a favor das cidades</a></b></i>. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De acordo com o pesquisador, as queimadas também aceleram a mortalidade das árvores, mas esse fator não foi incluído na pesquisa. Outros estudos já mostraram que, uma vez queimadas, florestas tropicais como a Amazônica, por exemplo, retêm 25% menos carbono do que as não queimadas, mesmo após três décadas de crescimento. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O artigo <i><b>Forest carbon sink neutralized by pervasive growth-lifespan trade-offs</b></i> pode ser lido em: <a href="http://www.nature.com/articles/s41467-020-17966-z">www.nature.com/articles/s41467-020-17966-z</a>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por: <b>Luciana Constantino</b> (<b><a href="https://agencia.fapesp.br/reducao-da-vida-util-das-arvores-em-florestas-podera-neutralizar-ganhos-com-sequestro-de-co2/34444/" target="_blank">Agência Fapesp</a></b>).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-43182105250143798582020-10-09T05:26:00.008-07:002020-10-28T08:20:02.735-07:00Há 14 Milhões de Toneladas de Plástico no Fundo dos Oceanos, estima estudo<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj33BJgJIHXslF7mRMPwfUVtJGnosBUV7V0eEbQ_RU38OP1SkFhuRQrTjGWhdkyaAGdDMMC70AzHShUVFfY78i8fAKkGAv78Jg-Dc7lilrSNM57fr5hHjkeC470gzJMutTEbhrGYOXGhgSI/s1920/Copo+de+pl%25C3%25A1stico+no+mar.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="1920" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj33BJgJIHXslF7mRMPwfUVtJGnosBUV7V0eEbQ_RU38OP1SkFhuRQrTjGWhdkyaAGdDMMC70AzHShUVFfY78i8fAKkGAv78Jg-Dc7lilrSNM57fr5hHjkeC470gzJMutTEbhrGYOXGhgSI/w640-h426/Copo+de+pl%25C3%25A1stico+no+mar.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: center;">A poluição pelos plásticos no oceano é muito maior do que se imagina. </div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pesquisa australiana calcula, pela primeira vez, a quantidade de resíduos plásticos nos mares do mundo — e evidencia novamente a urgência de revermos nossos hábitos de consumo e descarte. </div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foi publicada no dia 06/10/2020 uma pesquisa realizada pela agência científica australiana <b><a href="https://www.csiro.au/en/News/News-releases/2020/14-million-tonnes-of-microplastics-on-seafloor" target="_blank">CSIRO's Oceans and Atmosphere</a></b> que indica, pela primeira vez, uma estimativa global da quantidade de plástico acumulado no fundo do oceano. O número assusta: pelo menos 14 milhões de toneladas do material estão submersas nas águas profundas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De acordo com Justine Barrett, que liderou o estudo, o plástico jogado nos mares do planeta acaba se deteriorando e se transformando em microplásticos, fragmentos que medem menos de 5 milímetros. Esses pedaços minúsculos vão parar nas profundezas do mar — a quantidade chega a ser o dobro do que é encontrado na superfície. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Mesmo as profundezas do oceano são suscetíveis ao problema da poluição do plástico”, diz Barret, em nota. Segundo a pesquisadora, o número deve aumentar ainda mais nos próximos anos — mesmo com ações de preservação do meio ambiente, como a redução da produção e do consumo de sacolas plásicas ou de canudos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><u>O estudo</u></b> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As amostras utilizadas no trabalho foram coletadas usando um submarino em profundidades de até 3 mil metros, em locais até 380 quilômetros distantes da costa da Austrália. Com base nos resultados das densidades de plástico encontradas, foi calculada uma estimativa de microplásticos no fundo do mar em todo o planeta. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Denise Hardesty, pesquisadora principal da investigação e coautora do estudo, diz que a poluição por plástico nos oceanos é uma questão ambiental reconhecida internacionalmente e os resultados indicam a necessidade urgente de novas soluções para combater o problema. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Segundo ela, o maior número de fragmentos encontrados no fundo do mar estava em áreas onde também havia uma maior quantidade de lixo flutuando. Embora muitas cidades já tenham ações para tentar diminuir a poluição, o uso de embalagens plásticas descartáveis aumentou em meio à pandemia do novo coronavírus. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Todos nós podemos ajudar a reduzir o plástico que acaba em nossos oceanos, evitando aqueles que são utilizados apenas uma vez, apoiando a reciclagem e as indústrias de resíduos e descartando nosso lixo com cuidado para que não vá parar no meio ambiente”, finaliza Hardesty.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fonte: <b><a href="https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Meio-Ambiente/noticia/2020/10/ha-14-milhoes-de-toneladas-de-plastico-no-fundo-dos-oceanos-estima-estudo.html" target="_blank">Revista Galileu</a></b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-5384959748328960182020-09-23T13:53:00.003-07:002020-10-28T08:34:29.517-07:00Majestades Verdes: Conheça as 10 Maiores Florestas do Mundo<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDfoILl_UUUFkbk_MKXDfH8OnkkCISta5daiexvfxfJFTYz2r6So0dR9R_nVKnk4u0ojPpi-8S6PJJB_h9bU8V4r-JnJ_WnyFR9STq_Ay2Ba2HNv2N9OAfB0JTjPd3yqLB-n26_xRfVwuM/s2048/AMAZ%25C3%2594NIA.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1360" data-original-width="2048" height="425" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDfoILl_UUUFkbk_MKXDfH8OnkkCISta5daiexvfxfJFTYz2r6So0dR9R_nVKnk4u0ojPpi-8S6PJJB_h9bU8V4r-JnJ_WnyFR9STq_Ay2Ba2HNv2N9OAfB0JTjPd3yqLB-n26_xRfVwuM/w640-h425/AMAZ%25C3%2594NIA.jpg" width="640" /></a></div><br />Para conhecer um lugar do meio ambiente não basta olhar o mapa. Seres vivos de grandeza insuperável, elas guardam segredos e belezas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No mapa mundi elas são imensas manchas verdes, na vida real são importantíssimas para o equilíbrio do planeta. Responsáveis pela maior parte da cobertura vegetal e hídrica mundial, elas são o lar de milhares de espécies de animais e plantas; muitas em extinção. Já imaginou passar a noite em um desses locais? Conhecer de perto, percorrer trilhas, nadar, explorar e se aventurar na vastidão? A ideia pode ser amedrontadora mas, acredite, esse é o sonho de muita gente. Seja no estilo mais despojado ou acompanhado de luxo e conforto, conheça as possibilidades turísticas por entre as dez maiores florestas mundiais. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Floresta Amazônica - América Latina</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdX3E_F9Ml1gYgZt4sgo9PpZQW7FOzp0-pZx6ISdf9y4e5_pMxRHKRKTgR21H6Igo4scmTLiqoGGc4vRT7MldtJac9gmoZk4TW0FpX4S9-jnHuWjYSS-ZnmdduRpQVYUL9A7Wx-rkxZuT2/s750/Amaz%25C3%25B4nia.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="750" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdX3E_F9Ml1gYgZt4sgo9PpZQW7FOzp0-pZx6ISdf9y4e5_pMxRHKRKTgR21H6Igo4scmTLiqoGGc4vRT7MldtJac9gmoZk4TW0FpX4S9-jnHuWjYSS-ZnmdduRpQVYUL9A7Wx-rkxZuT2/s16000/Amaz%25C3%25B4nia.jpg" /></a></div><br />A maior floresta tropical do mundo se encontra aqui, na região norte do nosso país. Com mais de 7 milhões de km2, a Amazônia abrange sete estados brasileiros e nove países da américa Latina, sendo um dos destinos mais procurados por turistas. Quando falamos em floresta Amazônica, a palavra-chave é diversidade. Em adição às grandes áreas de florestas, ela possui cerrados e campos rupestres, campinas, matas secas, igapós, manguezais, ilhas, praias fluviais de areia branca, cachoeiras, e riquíssimas flora e fauna, com cerca de 30 mil espécies de plantas e 30 milhões de espécies animais. Além de ser um dos ecossistemas mais ricos existentes, abriga cerca de 20% dos recursos hídricos de todo o planeta, influenciando diretamente no equilíbrio climático da Terra. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para quem pretende visitar a Amazônia, existem serviços diversos, desde hotéis em meio a floresta a cruzeiros de luxo que navegam pelos rios. A melhor época para visitação vai depender de sua intenção. Durante a época de cheia que normalmente vai de abril a julho, é quando formam-se mais igarapés. O período de seca ocorre normalmente de outubro a dezembro, quando os rios estão mais baixos, trazendo à tona praias fluviais e cachoeiras. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O turista que visita o local pode aguardar experiências únicas, como nadar com botos-cor-de-rosa. O encontro das águas, como é chamada a junção entre o Rio Negro e o Rio Solimões, é um fenômeno que só pode ser visto lá. Desse encontro, nasce o Rio Amazonas, cuja nascente brota antes de entrar em terras brasileiras. Ele nasce na Cordilheira dos Andes, com o nome de Marañon. Ao entrar no Brasil, recebe o nome de Rio Solimões que, ao se encontrar com o Rio Negro, é batizado de Rio Amazonas, responsável por 17% da água líquida do planeta. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Onde ficar: Você pode optar por hotéis em meio à selva, fazer cruzeiros fluviais, se hospedar na cidade de Manaus ou até mesmo fazer um mochilão guiado. É imprescindível que ninguém entre na floresta sem um guia. Serviços desse tipo podem ser contratados através de agências especializadas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sugestões de passeios e atividades: Arquipélago das Anavilhanas, praias de água-doce, caminhadas pela floresta, Encontro das Águas, Floresta dos Macacos, Pescaria de piranhas, Reserva de Mamirauá, Nado com botos-cor-de-rosa, Cachoeiras de Presidente Figueiredo, visitar comunidades indígenas na Reserva de Tupé, Museu do Seringal, contato com a comunidade Ribeirinha, escaladas em árvores e o centro histórico de Manaus.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Floresta de Taiga - Hemisfério Norte</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPHejxSPcSSRZreY7NTdSr9TOycg2Dx9Njf6QoAhQNWiEQW55gwYWHTiHM3vmjh4b8ZZDJ1D6ofnNB-rXZVl5xRD7mkFeJpNzhdOHxz07YPHndVZdf-7l9H7LuEVCw3OqYw9aurek0nfbz/s750/Taiga.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="750" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPHejxSPcSSRZreY7NTdSr9TOycg2Dx9Njf6QoAhQNWiEQW55gwYWHTiHM3vmjh4b8ZZDJ1D6ofnNB-rXZVl5xRD7mkFeJpNzhdOHxz07YPHndVZdf-7l9H7LuEVCw3OqYw9aurek0nfbz/s16000/Taiga.jpg" /></a></div><br />Também chamada de floresta boreal, Taiga é formada por florestas coníferas, que são árvores com copas e frutos em formatos de cone, similares aos pinheiros já conhecidos por nós. Considerada um dos maiores biomas terrestres, Taiga tem três vezes o tamanho da floresta Amazônica, e sozinha representa quase 29% da cobertura florestal do planeta. Estendendo-se por boa parte do hemisfério norte, ela vai do norte do Alasca até o Japão, passando pela Sibéria, Canadá, Groenlândia, Noruega, Finlândia, Rússia e Suécia. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Predominantemente fria, Taiga é o lar do tigre siberiano. O turismo no local concentra-se majoritariamente no município de Kainuu, na Finlândia, dirigido pela Wild Taiga, uma associação de empresários locais. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As atividades oferecidas são variadas e democráticas, com o foco sempre voltado em proporcionar aventuras e contato com a natureza. Programe-se, pois as atrações mudam de acordo com a estação do ano. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Atividades de verão: Além das tradicionais como ciclismo, caminhadas, cavalgadas, canoagem, pesca, caça, camping e trekking rude, na Taiga finlandesa, existe uma espécie de trilha guiada por cães adestrados da raça husky siberiano. Os turistas podem ser conduzidos pelos cachorros na coleira ou em um tipo de trenó com rodas. Também é possível visitar fazendas de huskys e participar do treinamento deles. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Atividades de inverno: snowmobiling guiado, safáris de observação da vida selvagem, esqui, snowshoeing, os passeios com huskys continuam, mas ganham uma outra versão, passam a serem feitos em trenós. A atividade mais inusitada provavelmente será a flutuação nas corredeiras, que consiste em literalmente flutuar nas águas frias seguindo o curso de rios, em pleno inverno. Para isso é usado um traje especial feito de cobertores esponjosos que irão te manter aquecido. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Floresta do Congo - África Central</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQDWJCS67UhxfJA589koyLhixARNiftzgcnPjnk1Pcb6wNULzWl6wb8JyL1ZGUgC_eROxtX4hwTWYSrphc1sHkTXj7dotXKJCzcwagENWfUo4qvgirtF0Qx7PZjWCUKcMezS7IPGMSuYIR/s750/Congo.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="750" height="427" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQDWJCS67UhxfJA589koyLhixARNiftzgcnPjnk1Pcb6wNULzWl6wb8JyL1ZGUgC_eROxtX4hwTWYSrphc1sHkTXj7dotXKJCzcwagENWfUo4qvgirtF0Qx7PZjWCUKcMezS7IPGMSuYIR/w640-h427/Congo.jpg" width="640" /></a></div><br />Segunda maior floresta tropical do mundo, a floresta do Congo abrange sete países africanos, Camarões, República Centro Africana, República do Congo, Angola, República Democrática do Congo, Guiné Equatorial e Gabão. Assim como na floresta Amazônica, o clima tropical propicia a biodiversidade, hábitat de gorilas, leopardos, girafas, elefantes, leões e mais 400 outras espécies, a floresta é também o lar de mais de dez mil espécies de plantas. As savanas africanas são imagens cultivadas no imaginário de muitos, por isso o safári é a principal atividade turística na floresta. O acesso se dá por meio de dois parques nacionais localizados na República do Congo, o Parque Nacional de Odzal e o Parque Nacional de Nouabalé-Ndoki.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Daintree Rainforest - Austrália</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiDqFeovxJtPuxMMPd-ooes-8SVXgiZ-nxtv37p6Jxwm0_gZoRO-GM37EdA62T45NGO6iDU6zm7lmLipzv5GZtmmWsJP9OypI_iVXwuf3pf4ECyrKsKeMaqp7WgGdi4_PqwoxFc8U_QlfA/s750/Daintree.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="750" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiDqFeovxJtPuxMMPd-ooes-8SVXgiZ-nxtv37p6Jxwm0_gZoRO-GM37EdA62T45NGO6iDU6zm7lmLipzv5GZtmmWsJP9OypI_iVXwuf3pf4ECyrKsKeMaqp7WgGdi4_PqwoxFc8U_QlfA/s16000/Daintree.jpg" /></a></div><br />A floresta tropical mais antiga do mundo está em Queensland na Austrália. Com 2600 km; de extensão, ela é a maior floresta australiana, declarada patrimônio da humanidade em 1988. Conhecida pela diversidade em suas fauna e flora, na floresta existem aproximadamente 430 mil espécies de pássaros, 13 delas não são encontradas em nenhum outro local do mundo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É possível chegar a Daintree por Cairns, Port Douglas, Cape Tribulation e Cooktown, a melhor época para visitação é durante a primavera, que começa em setembro. Turistas podem se hospedar na vila de Daintre, e às margens da floresta ou num alojamento ecológico dentro da mata. As opções de passeios são variadas, você pode fazer tours guiados com o povo Kuku Yalanji, habitantes originais do local, percorrer trilhas, visitar cachoeiras sagradas para eles e aprender como obter medicamentos, alimentos e abrigo dentro da mata. Outra opção são as praias selvagens ao norte da floresta. Com características tropicais, águas rasas e mornas, lá é possível acampar, praticar ciclismo e fazer trilhas radicais com o auxílio de automóveis. Além disso elas ficam próximas à Grande Barreira de Corais, outro patrimônio da humanidade. Na Barreira existem passeios de mergulho e voos panorâmicos para a observação dos corais. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Selva Valdiviana - Chile</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5vxutY_62CN_9Xy1Mw0l_JcHxJ3WYWa8G3HEawniuTD8O_37EfK-p1Pa6a9u_Xs-u6MGNr8Szr11B1WDEl-OaE6yOTq4LmvddNcY5Re01C5hNmqjpPVC2flwERJ5aWbBlYMK-T1eHXTv4/s750/Valdiviana.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="750" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5vxutY_62CN_9Xy1Mw0l_JcHxJ3WYWa8G3HEawniuTD8O_37EfK-p1Pa6a9u_Xs-u6MGNr8Szr11B1WDEl-OaE6yOTq4LmvddNcY5Re01C5hNmqjpPVC2flwERJ5aWbBlYMK-T1eHXTv4/s16000/Valdiviana.jpg" /></a></div><br />Uma das mais antigas do mundo, a Selva Valdiviana é classificada como uma floresta temperada, apesar de ter características de uma floresta tropical. Também chamada de bosques valdivianos, estende-se pelo Chile, até a Argentina ao longo de 248.100 km;. Dona de uma fauna e flora bem particulares, seu isolamento geográfico permite o desenvolvimento de um grande número de espécies que só podem ser encontradas ali, como o macaco da montanha, pudu, puma, lorito e o cisne de pescoço preto. Turistas interessados em conhecer os bosques podem optar por visitar a Reserva Costeira de Valdivian ou a Reserva Nacional de Mocho Coshuenco. Lá poderão desfrutar de atividades e passeios, como trilhas, camping, mergulho, pesca, montanhismo e esqui cross crountry. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Florestas Nubladas - Equador</b> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCi3GHkJMj2oDc3jNXRy73rMX5aYeiUTpfHoIlXXE0ur92lkFPJkci-1uLIBJQCf6DNCwQxMkK8PcKMfGSze2-Dd2gQoc0jqApIwmObAQgQ0-9buTlfRZDtY3Um5LOkPBdeakXeHe7MtIY/s750/Nubladas.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="750" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCi3GHkJMj2oDc3jNXRy73rMX5aYeiUTpfHoIlXXE0ur92lkFPJkci-1uLIBJQCf6DNCwQxMkK8PcKMfGSze2-Dd2gQoc0jqApIwmObAQgQ0-9buTlfRZDtY3Um5LOkPBdeakXeHe7MtIY/s16000/Nubladas.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Cloud Forests, ou Florestas Nubladas, são um conjunto de seis mil hectares de florestas na cordilheira dos Andes. A floresta foi nomeada devido a uma cobertura de nuvens existentes acima dela, comuns em altas altitudes, elas fazem com que a mata tenha um nevoeiro constante. Por efeito disso, a floresta apresenta um cenário bem diferente do que normalmente é associado à cordilheira. A umidade faz com que as árvores sejam retorcidas e cobertas de musgo, o solo é pouco fértil e, apesar da diversidade da flora não ser grande, a floresta abriga uma variação impressionante de espécies de orquídeas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A biodiversidade da fauna é riquíssima, a floresta é o lar de mais de 400 espécies de aves, sendo um dos principais destinos mundiais para a observação de pássaros, além de ser o hbitat do urso de óculos andino encontrado apenas lá. O acesso à floresta se dá através de Quito, capital do país. Para chegar à floresta, é preciso muita caminhada, geralmente recompensada por uma vista inesquecível e banhos nas águas termais presentes no local. Você pode visitar também alguns dos parques ecológicos, como a reserva de Maquipucuna, reconhecida internacionalmente pelo ecoturismo e atua pela preservação da floresta tropical. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Reserva Florestal Nublada de Monteverde - Costa Rica</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOjyecvD_5fgwWZZN5Z-v4GyVG7OSO74osHKwesldOapK4DYghld4sbj7XzbpTr_EGIY-sbtkA8ZlrjqoBCc5QDu996HgqT2n9vLxSCl4PAecZi7yqLVLFQ4DqseYI4NUXUXnN4X5EenRE/s750/Monteverde.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="750" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOjyecvD_5fgwWZZN5Z-v4GyVG7OSO74osHKwesldOapK4DYghld4sbj7XzbpTr_EGIY-sbtkA8ZlrjqoBCc5QDu996HgqT2n9vLxSCl4PAecZi7yqLVLFQ4DqseYI4NUXUXnN4X5EenRE/s16000/Monteverde.jpg" /></a></div><br />Um dos locais mais visitados da Costa Rica, a Reserva Florestal Nublada de Monteverde, tem a mesma característica das florestas nubladas do Equador por também estar situada em uma região alta e montanhosa. Dona de um ecossistema impressionante, a floresta possui a maior densidade de orquídeas do planeta, cerca de 300 espécies. Também existem 200 tipos de samambaias que podem atingir até 12 metros de altura e até 500 espécies de árvores. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O hábitat favorece a reprodução de aves, fazendo da reserva um excelente ponto para a observação de pássaros. Lá também é o lar de 100 espécies de mamíferos, incluindo o puma e o jaguar. Entre as atividades recomendadas, estão o Sky Walk, que são seis pontes suspensas no ar para quem quer conhecer de perto as belezas do local, trilhas e passeios guiados.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Sundarbans - Ásia</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVflvHyd9sCCAkNz64WFL4PVE-O407qc3OhOPqIdkaTgZpcN81VGKnI-bPqAg6mBILFW4K5tHfHh3b3aHmK-HNmjYIa0D_SsSXcjWPWVlU-rz0Fcap4LTtHGASNn4xeYqdE6rM6-JiiH1Q/s750/Sundarbans.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="750" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVflvHyd9sCCAkNz64WFL4PVE-O407qc3OhOPqIdkaTgZpcN81VGKnI-bPqAg6mBILFW4K5tHfHh3b3aHmK-HNmjYIa0D_SsSXcjWPWVlU-rz0Fcap4LTtHGASNn4xeYqdE6rM6-JiiH1Q/s16000/Sundarbans.jpg" /></a></div><br />Sundarbans é a maior floresta de mangue do mundo, com 10 mil km; de extensão. Localizada precisamente entre Bangladesh e Índia, a maior parte dela se concentra em Bangladesh. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Patrimônio Mundial, Sundarbans é, na verdade, um mosaico de ilhas de mangues tolerantes ao sal. Riquíssimas em recursos naturais, elas são consideradas uma das principais áreas de reprodução para uma série de espécies ameaçadas de extinção, como o tigre de bengala real. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O acesso mais fácil à região se dá pela Índia, mas Bangladesh oferece a chance de se aprofundar mais nas florestas. Um passeio pelo mangue pode durar vários dias, na companhia de um guia, o intuito é conhecer a floresta e observar os animais. Algumas empresas realizam esse tour em embarcações especiais equipadas com acomodações para que o turista viaje com conforto. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Parque Nacional do Kinabalu - Malásia</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgg57f5Oo6-z2A3mYxsUOzjkZq16ptJCClHchC2y9mED8RJqYRidijEUBsQpLrh5qFYHnMjnj4MwE7w7cF68ql0awIwRm_o8VUAxQXPAGmCeKll_vgMyHWH1MO3j-nOLqZikFZQX7eeTJyy/s750/Kinabalu.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="750" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgg57f5Oo6-z2A3mYxsUOzjkZq16ptJCClHchC2y9mED8RJqYRidijEUBsQpLrh5qFYHnMjnj4MwE7w7cF68ql0awIwRm_o8VUAxQXPAGmCeKll_vgMyHWH1MO3j-nOLqZikFZQX7eeTJyy/s16000/Kinabalu.jpg" /></a></div><br />Mais uma floresta tropical, o Parque Nacional de Kinabalu foi o primeiro local a ser declarado patrimônio mundial da Malásia e também um dos primeiros parques criados no país. A diversidade biológica é presente na fauna e na flora, onde podem ser encontradas 90 espécies de mamíferos e 5 mil espécies de plantas. Além disso, a maior atração do parque é o Monte Kinabalu, uma das montanhas mais altas do sudeste asiático. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As atividades oferecidas para os turistas envolvem principalmente alpinismo. Além da caminhada tradicional pelas montanhas, existem duas outras trilhas para quem busca um pouco mais de aventura, Ranau Trail Kota Belud. Outras opções são mountain bike, golfe, observação de pássaros, e fotografia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Reserva Florestal Sinharaja - Sri Lanka</b> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8-UGaxVcaKeL0MUFVtY2qsYdf-z3i_TFJdAij_TM9FofwLQzHsdZGcBja1KPNNik21wkdv9oqksZt4Uln8M4RgGyiw6aRzzsHTyIAW6I8qqbM9gcfkxln5t18Mhaka98S6SUQLtCaeKE0/s750/Sinharaja.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="750" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8-UGaxVcaKeL0MUFVtY2qsYdf-z3i_TFJdAij_TM9FofwLQzHsdZGcBja1KPNNik21wkdv9oqksZt4Uln8M4RgGyiw6aRzzsHTyIAW6I8qqbM9gcfkxln5t18Mhaka98S6SUQLtCaeKE0/s16000/Sinharaja.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma das reservas ambientais mais preciosas e preservadas do Sri Lanka, Sinharaja foi considerada patrimônio da humanidade e reserva da biosfera em 1978. Cerca de 50% das plantas encontradas na reserva são endêmicas, assim como boa parte da fauna, ou seja, existem apenas nessa região. Repleta de aves, mamíferos, anfíbios e borboletas, a reserva apresenta também uma variedade de árvores impressionantes, 830 espécies. O principal atrativo é ainda a observação de animais, mas também existem cachoeiras lindíssimas onde os turistas podem praticar nado e fotografia. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por: <b>Victória Fernandes</b> (<b><a href="https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/turismo/2018/03/17/interna_turismo,666351/majestades-verdes-conheca-as-10-maiores-florestas-do-mundo.shtml" target="_blank">Correio Braziliense</a></b>).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-87140967510621432.post-54477531388714230002020-09-14T17:17:00.009-07:002020-10-28T09:03:46.449-07:00Por Que Fosfina em Vênus (Ainda) Não é Confirmação de Vida Extraterrestre<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYEOCXOIl5AHgHtsD4hapEfBDvOUodQNTVB_3XK5qZBAL50Zj2uXihbeDxE-RlfKAQBJHQrZKQpAzmUeXAuI1pdX0PjCh-z6HVuPhLoKzezBKHf_wcgb7HJwQhLX_cUb84Hm6WO_czgh-T/s680/Ve%25CC%2582nus.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="453" data-original-width="680" height="416" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYEOCXOIl5AHgHtsD4hapEfBDvOUodQNTVB_3XK5qZBAL50Zj2uXihbeDxE-RlfKAQBJHQrZKQpAzmUeXAuI1pdX0PjCh-z6HVuPhLoKzezBKHf_wcgb7HJwQhLX_cUb84Hm6WO_czgh-T/w625-h416/Ve%25CC%2582nus.jpg" width="625" /></a></div><br />Na Terra, a molécula é produzida por seres vivos em ambientes sem oxigênio. Pode ser um sinal de vida em Vênus - mas, também, de um processo químico até então desconhecido. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com temperaturas que ultrapassam os 465°C na superfície, uma pressão 92 vezes maior que a da Terra e uma atmosfera terrivelmente ácida, Vênus não parece ser, nem de longe, um local plausível para um ser vivo chamar de “casa”. Mesmo micróbios extremófilos, acostumados a viver muito bem em regiões completamente desfavoráveis, não poderiam suportar condições tão adversas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas há quem diga que nem sempre foi assim: no passado, Vênus contava com grandes porções de água em estado líquido – que inclusive poderiam, segundo argumentam certos cientistas, abrigar vida microscópica. Após a chapa esquentar demais na superfície ao longo de milhões de anos, no entanto, essa vida teria mudado de endereço. “Não é nada difícil imaginar uma forma de vida típica às nuvens de Vênus”, supôs Carl Sagan, cientista e divulgador científico, em um artigo publicado na revista <b><a href="https://www.nature.com/articles/2151259a0">Nature </a></b>ainda em 1967. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Décadas após Sagan popularizar a hipótese, astrônomos provariam que essa especulação poderia, sim, fazer sentido. A resposta para uma eventual forma de vida venusiana estaria em uma camada específica da atmosfera: a uma altitude entre 50 e 65 quilômetros da superfície, Vênus reúne características químicas mais amenas e temperatura próxima aos 30°C – condições parecidas às encontradas na Terra. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Agora, uma equipe internacional de pesquisadores divulgou as primeiras pistas concretas desses tais vestígios – que, segundo argumentam, podem ser as primeiras evidências de uma possível vida extraterrestre. Ao investigar potenciais formas de vida pela galáxia, cientistas costumam procurar por compostos essenciais à vida – à vida como conhecemos aqui na Terra, que fique bem claro. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Encontrar água, fósforo, metano e outros recursos em um local inóspito pode mostrar que um certo planeta já foi – ou ainda é – habitado. Esses compostos são chamados pelos cientistas de bioassinaturas, e podem ser flagrados à distância, com a ajuda de telescópios potentes. Equipamentos do tipo são capazes de analisar o <b><a href="https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2020/09/molecula-detectada-em-venus-pode-indicar-vida-microbiana-extraterrestre.shtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwa">“espectro” das moléculas</a></b> ligadas à vida. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A luz branca é composta por várias frequências de ondas. Se a luz for decomposta, essas ondas podem ser observadas em um arco-íris, como na capa do disco do Pink Floyd. Acontece que quando essa luz atravessa algum gás, o composto químico que está ali absorve comprimentos específicos de ondas, deixando uns “buracos” no arco-íris que chega aqui na Terra. Como cada composto absorve comprimentos específicos de luz, é possível saber com qual molécula se está lidando apenas olhando para esse espectro. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No caso do novo estudo, os dados analisados foram coletados a partir de 2017 pelos telescópios ALMA, localizado no Chile, e pelo James Clerk Maxwell, que fica no Havaí. Eles mostraram que, num dado trecho do céu de Vênus, há a presença do gás fosfina. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pode ser que você nunca tenha ouvido falar dela, mas trata-se de algo importante para os astrobiólogos, cientistas que estudam e buscam por vida em outros planetas. Tudo porque a fosfina – composto feito de três moléculas de hidrogênio ligadas a uma de fósforo – também pode funcionar como uma bioassinatura. Faz sentido: na Terra, a fosfina só costuma dar as caras naturalmente onde existem formas de vida anaeróbicas – ou seja, microrganismos que não precisam de oxigênio para viver. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A principal suspeita dos cientistas, seguindo essa linha, é que a fosfina da atmosfera de Vênus também tenha sido produzida por seres vivos. Segundo argumentam no novo estudo, publicado na revista científica Nature Astronomy, não há chances de que não tenha origem biológica, levando em conta os processos químicos conhecidos atualmente. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A quantidade de fosfina encontrada na atmosfera do nosso vizinho de Sistema Solar é relativamente pequena: a cada bilhão de moléculas que vagam pela região analisada do céu de Vênus, apenas 20 são do composto. Mas essa concentração, segundo os cientistas, não dá brechas para qualquer outra explicação. De acordo com o grupo, a taxa é alta demais para vir de uma fonte não viva, mesmo se os supostos micro-organismos de Vênus tenham 10% da eficiência que micróbios da Terra possuem ao produzir fosfina. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Se isso for realmente confirmado, vai ter uma dupla importância. Primeiro, vai ser a primeira detecção de vida fora da Terra, uma coisa espetacular”, disse à SUPER, Marcelo Borges, astrofísico do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, que pesquisa planetas com potencial astrobiológico. “Segundo, vai mostrar que a vida, na realidade, não está limitada a ambientes similares à vida na Terra, mas pode surgir numa gama mais diversa de locais, incluindo ambientes muito mais extremos, inóspitos”. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Cientistas testaram eventos como vulcanismo, impacto de meteoros, ou reações causadas pela própria composição química da atmosfera. Nenhum deles teria sido capaz de espalhar tanta fosfina pela atmosfera venusiana. Mesmo assim, não se descarta que algum outro processo químico desconhecido possa estar envolvido. Ele só não é conhecido ainda. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Nós não estamos dizendo que encontramos vida em Vênus. Estamos afirmando que detectamos fosfina cuja existência é um mistério. Ela pode ser produzida graças a processos químicos desconhecidos ou por uma possível forma de vida”, reforçaram os pesquisadores durante a <a href="https://youtu.be/y1u-jlf_Olo"><b>conferência que anunciou a descoberta</b></a>. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É por esse motivo que o estudo, apesar de revelador, ainda não serve como uma evidência definitiva de vida extraterrestre. As conclusões que os pesquisadores reuniram se baseiam em formas de vida conhecidas – e, portanto, terrestres. É possível que a química de Vênus, um vizinho sobre o qual ainda temos muito a descobrir, reserve uma explicação não biológica para o fenômeno. “Pode ser que exista uma outra possibilidade. Só que ninguém pensou até hoje. Essa explicação fica em aberto”, diz Borges. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Portanto, é essencial que, ao tentar entender as chances de vida venusiana, as próximas missões a Vênus deem atenção especial ao que existe quilômetros acima da superfície do planeta. “Sondas ao redor de Vênus podem observar melhor a atmosfera, confirmando a detecção [<i>de fosfina</i>] e encontrando outras moléculas que podem ser indicadoras da vida”, diz Borges. A Veritas, missão da Nasa que fará a próxima visita a Vênus, está marcada para acontecer entre 2025 e 2029. Até lá, é provável que cientistas, daqui da Terra, tenham recolhido pistas ainda mais precisas para orientar essa investigação.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por: <b>Guilherme Eler</b> (<b><a href="https://super.abril.com.br/ciencia/por-que-fosfina-em-venus-ainda-nao-e-confirmacao-de-vida-extraterrestre/">Superinteressante</a></b>).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Senhor Ecohttp://www.blogger.com/profile/18161824012703043150noreply@blogger.com0