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Sistema Computacional A Favor da Biodiversidade

A Escola Politécnica da USP, o Núcleo de Biodiversidade e Computação da USP, a Fundação Para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia e a Agência Alemã de Cooperação Internacional estão desenvolvendo um sistema computacional que possibilitará a gestão de informações e o monitoramento da biodiversidade das Unidades de Conservação (UCs) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Segundo o coordenador do projeto, professor Pedro Luiz Pizzigatti Corrêa, do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Poli, o Sistema de Gestão da Informação e do Monitoramento da Biodiversidade é voltado para captura, integração, compartilhamento, visualização e análise de dados, utilizando ferramentas computacionais open source, baseadas em padrões internacionais e abertos de interoperabilidade de dados de biodiversidade.

O sistema permitirá a captura de informações de UCs e a visualização integrada de mapas, espécies e espécimes para usuários de dados sobre a biodiversidade. “A aplicação da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) ao meio ambiente objetiva auxiliar a realização de pesquisas e aumentar o conhecimento, ajudar na divulgação desse conhecimento junto à sociedade, e prover apoio à tomada de decisão sobre o uso sustentado dos recursos naturais”, afirma Corrêa.

O professor explica que o monitoramento da biodiversidade é uma das ferramentas mais importantes para a gestão de unidades de conservação. “Por meio da coleta sistemática e padronizada de dados, pode-se verificar o crescimento ou o declínio de espécies e, assim, avaliar políticas de conservação vigentes no local”, explica. Além disso, permite que sejam feitas análises prévias como simulações e modelagens, o que pode orientar a tomada de decisão para implantação de metodologias e políticas futuras em longo prazo.

A arquitetura do sistema é formada por três pilares básicos: um sistema de informação que gera banco de dados nas unidades de conservação; uma ferramenta integradora no ICMBio; e um portal para visualização e análise. O monitoramento coordenado da biodiversidade em nível de unidades de conservação produz informações relevantes para decisões sobre a proteção do clima. Será possível avaliar se o Sistema Nacional de Unidades de Conservação está sendo efetivo para conservação; se cada UC está cumprindo sua função e ainda mensurar os impactos das mudanças climáticas sobre a biodiversidade.

Serão monitoradas no final de 2014 Unidades de Conservação localizadas na Amazônia, Mata Atlântica e no Cerrado

Na Amazônia as UCs são: FLONA Jamari (RO), Reserva Extrativista Cazumbá-Iracema (AC), Reserva Biológica Uatumã (AM), Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque (AP), Parque Nacional Jaú (AM), Reserva Extrativista Rio Unini (AM), Floresta Nacional Carajás (PA), Parque Nacional da Amazônia (PA).

O trabalho na Mata Atlântica abrange as UCs: Parque Nacional Serra dos Órgãos (RJ), Reserva Biológica Una (BA), Reserva Biológica Guaribas (PB), Parque Nacional Iguaçu (PR) e Parque Nacional Superaguí (PR). 

As UCs do Cerrado são: Parque Nacional Serra do Cipó (MG), Parque Nacional Chapada dos Guimarães (MT), Parque Nacional Serra da Bodoquena (MS), Parque Nacional de Brasília (DF), Parque Nacional Chapada dos Veadeiros (GO) e Estação Ecológica Serra Geral Tocantins (TO).

Fonte: Instituto Carbono Brasil / Agência USP.

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