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Meio Ambiente: Um Leque de Oportunidades

Num momento em que assuntos como economia de água, reciclagem de lixo e redução da poluição se tornam cada vez mais importantes é comum o aumento de indústrias e empresas que voltam sua atenção para a forma como seus produtos e serviços impactam o ecossistema. É com foco nisso que atuam profissionais como analista, técnico e coordenador de meio ambiente

“O analista muitas vezes é um biólogo, geólogo ou geógrafo que tem especialização em análise ambiental. Esse profissional pode, por exemplo, fazer avaliações de fornecedores que vão oferecer produtos a determinada obra, como a construção de uma estrada ou hidrelétrica. Já o técnico é formado por escolas técnicas, como o Senai ou o Senac, e normalmente atua na implantação de projetos ambientais”, explica Giovanna Galvão Tavares, vice-coordenadora do programa de pós-graduação em Sociedade, Tecnologia e Meio Ambiente do Centro Universitário de Anápolis (GO). 

Formação específica 

De acordo com ela, o coordenador em meio ambiente se refere a uma função, e não a uma formação específica. “Depende do que é exercido. Coordenador é o profissional que supervisiona o trabalho de uma equipe, que nesse caso lida com o impacto de um projeto no meio ambiente. Um analista pode trabalhar como coordenador, por exemplo.” 

Esse é o caso da bióloga Talia Manceira Bonfante. Trabalhando há cinco anos no mercado, a atual coordenadora de meio ambiente da Natura diz que desde a faculdade decidiu seguir um caminho diferente de seus colegas, cuja maioria acabou optando pela área de pesquisa. 

“Trabalhar com meio ambiente é muito interessante, pois é possível unir o que agrega valor para empresa com o que é bom para a sociedade civil. Muitas vezes estas organizações apresentam papeis distintos – dessa forma a área ambiental torna-se o elo de um objetivo comum”, explica. 

Cotidiano dinâmico 

De acordo com Talia, o cotidiano de um coordenador em meio ambiente é dinâmico, pois é ele quem entra em contato com outras instituições. “É preciso saber se relacionar com ONGs, governos, outras empresas e com a sociedade civil”, diz. 

Além disso, a coordenadora acredita que engajar as pessoas na causa ambiental é parte importante de sua função. “A área de meio ambiente é transversal e multidisciplinar. O profissional deve fazer a conexão do conhecimento técnico e outros conhecimentos adquiridos com a experiência do dia a dia da profissão.” 

Não existe uma formação específica que atenda aos interesses do mercado, que, segundo Talia, melhorou desde o ano 2000, momento em que as empresas perceberam a importância da sustentabilidade e do profissional que trabalha nesta área. 

“Existe espaço para especialistas com as mais diversas formações, como químicos, geógrafos e biólogos, por exemplo. O importante é que o profissional de meio ambiente saiba olhar o todo e fazer as conexões necessárias. Acima de tudo, ele deve acreditar no que trabalha e também que é possível fazer a diferença.”


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