No início dos tempos das sociedades humanas (na era antes de Cristo) - quando o mundo era centralizado e tinha uma concentração em torno de 6 milhões de habitantes por volta do ano 10.000 a.C. -, as terras eram vastas, férteis e sem dono. Hoje, globalizado, o mundo é habitado por mais de sete bilhões de pessoas que disputam por água e por um pedaço de terra para assentar sua família. Desde sua gênese, há quatro bilhões de anos, o planeta tal qual conhecemos sempre passou por períodos de eventos extremos como secas intensas e invernos rigorosos, alterações nas configurações geológicas dos continentes e até mesmo extinção de fauna e flora e surgimento de novas espécies. Tudo isso ocorrendo em intervalos que poderiam levar séculos ou milênios; da Era Mesozoica (há 251 milhões de anos) à última Era do Gelo (há 20 mil anos); de Pangeia (há 540 milhões de anos) ao descobrimento das Américas (oficialmente em 1492).
Se aceitarmos a ideia de que o globo terrestre é um "ser vivo" complexo com características e singularidades sem paralelo com outros planetas já catalogados, é muito fácil deduzir que fenômenos ambientais são inevitáveis e necessários, pois do contrário não existiria vida na Terra. A vida se transforma, se multiplica e depende intrinsecamente de um ambiente saudável para sustentar suas necessidades básicas, daí entende-se que o tamanho e o rápido crescimento da população impactam diretamente no meio em que se vive, agravando situações regionais como distorções políticas, guerras civis e o uso de tecnologias de alto carbono como justificativas para reivindicações por mais espaços e mais recursos.
A biosfera é um ambiente secular onde inúmeros processos físicos, químicos e biológicos estão acontecendo a todo momento e isso envolve várias variáveis, múltiplas escalas de tempo e espaço, apresentam comportamentos não lineares e componentes aleatórios. Tudo está conectado do começo ao fim! Mitigar os danos provocados à natureza - que reclama suas dores à sociedade global em forma de crises e intempéries - exigirá de todos nós mais cooperação e uma visão holística que nos obrigue a pensar, prever, controlar e educar para que através de representações de condições adversas encontremos soluções. Modelagem ambiental é de essencial importância.
Por: Gustavo Nobio. Sustentabilista, comunicador ambiental, articulista e administrador de conteúdo da mídia online #SenhorEco. Técnico em Meio Ambiente pela FUNCEFET (RJ).
Em síntese/Fica a dica:
"Problemas relacionados a fenômenos ambientais - naturais ou antrópicos - comportam-se de maneira não linear ou aleatória. Com o intuito de prevenir e mitigar danos, um trabalho eficiente se faz com observação, estudo de caso e acompanhamento de indicadores para modelar situações e solucionar na prática. Resolver questões que afetam o meio ambiente vai além de meramente cumprir obrigações legais, requer uma ampla percepção de mundo e, acima de tudo, comprometimento e ecoconsciência." Cônscio Gusnob.
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