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Gigantes Americanas Comprometem US$ 140 Bilhões na Redução de Emissões

Treze das maiores empresas dos Estados Unidos se comprometeram publicamente a investir mais de US$ 140 bilhões em esforços para reduzir as emissões de carbono. O compromisso é parte do apoio dado ao esforço da administração do presidente Barack Obama de envolver o setor privado na agenda do clima, em preparação à conferência da ONU que vai tratar do assunto em Paris, em dezembro de 2015. 

Além dos US$ 140 bilhões de investimento, as empresas prometem gerar mais de 1.600 megawatts em energia renovável. A iniciativa inclui metas individuais ambiciosas, que incluem baixar as emissões de carbono em até 50 por cento, reduzir o uso intensivo de água em 15%, adquirir energia 100% renovável e alcançar o desmatamento líquido zero em suas cadeias de abastecimento. 

As 13 empresas que assinaram com o secretário de Estado americano John Kerry o compromisso de redução de carbono são: 

Alcoa;
Apple;
Bank of America;
Berkshire Hathaway Energy;
Cargill;
Coca-Cola;
General Motors;
Goldman Sachs;
Google;
Microsoft;
Pepsi-Co;
UPS;
WalMart

Mais uma rodada de compromissos semelhantes deve acontecer nos próximos meses, incluindo outras grandes empresas. A ideia é mobilizar o empresariado americano no combate às mudanças climáticas e com isso influenciar toda a sociedade. 

Os compromissos variam entre as empresas, mas todos trazem números concretos. A Alcoa, uma das maiores fabricantes mundiais de alumínio, comprometeu-se a reduzir suas emissões de carbono nos EUA em 50% até 2025, com base nos níveis de emissões em 2005. O Bank of America prometeu adicionar US$ 75 bilhões aos US$ 50 bilhões que já disponibiliza para apoiar negócios ambientalmente sustentáveis. A Coca-Cola vai reduzir em 25% a emissão de gases de efeito estufa, incluindo a sua cadeia de fornecedores. A General Motors assumiu o compromisso de reduzir a intensidade de carbono de suas instalações em 20% até 2020, com base nos níveis de emissão em 2010. 

O esforço de mobilizar o capital privado é um dos elementos usados pelo governo de Barack Obama para levar adiante seu Plano de Ação Climática, que deve cortar cerca de 6 bilhões de toneladas de emissão de carbono até 2030, quando totalmente implementado. Isto é equivalente a retirar da estrada todos os carros dos Estados Unidos por mais de quatro anos. 

O plano tem mobilizado governos locais, entidades privadas e empresas a intensificar seus esforços para aumentar a eficiência energética, o investimento na economia de baixo carbono e tornar a energia solar mais acessível aos americanos de baixa renda. 

Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima, defende que quanto mais cedo as corporações fizerem a transição para a economia de carbono, mais benefícios terão. "Embora US$ 140 bilhões sejam uma cifra modesta perto dos subsídios dados aos combustíveis fósseis, o compromisso das empresas americanas é um sinal claro de que cortar emissões é uma questão estratégica para a competitividade neste século", diz. 

"O setor privado brasileiro precisa entender essa lógica, e parte dele já dá sinais de que entendeu", afirma Rittl, citando o lançamento, em junho deste ano, da Coalizão Clima, Florestas e Agricultura, que une dezenas de empresas brasileiras e organizações da sociedade civil na mobilização para que o Brasil aja com mais ambição na mitigação das mudanças climáticas.


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