O plástico oxibiodegradável tenta se passar por biodegradável. Ainda hoje, seus fabricantes o promovem como "ecologicamente correto". O comércio acredita que está adquirindo um produto menos impactante e os clientes, por sua vez, gostam da ideia de que suas compras estão sendo embaladas em sacolas sustentáveis.
A esfera pública também se enganou: o projeto de Lei 534/2007 previa a substituição das sacolas plásticas atuais pelas oxibiodegradáveis. Sua definição do material reflete bem a confusão geral com o biodegradável: "(…) embalagem plástica oxibiodegradável [é] aquela que apresenta degradação inicial por oxidação acelerada por luz e calor, e posterior capacidade de ser biodegradada por micro-organismos e que os resíduos finais não sejam eco-tóxicos". O projeto foi vetado em setembro de 2007.
Por outro lado, os materiais biodegradáveis não podem ser considerados a solução para o problema dos plásticos. Seu uso traz uma discussão ética, já que utiliza "alimentos" como mandioca, milho, cana de açúcar, etc., para fabricação de objetos descartáveis, como sacolas e poliestireno expandido (mais conhecido como isopor®). A tecnologia atual usa três quilos de açúcar para a fabricação de um quilo de plástico biodegradável. Sua decomposição ainda gera como produto final chorume e gases do efeito estufa, agravando o aquecimento global.
Entenda a diferença entre biodegradável e oxibiodegradável
• Biodegradável – É decomposto pela ação de organismos vivos. O uso do termo geralmente pressupõe que os resíduos da decomposição não são tóxicos nem sofrerão bioacumulação. A maior parte do lixo de origem orgânica (papéis, tecidos de algodão, couro, madeira, etc.) é biodegradável, e a maioria dos plásticos atuais não.
• Plástico oxibiodegradável – É aquele que recebe um aditivo para acelerar seu processo de degradação, mas não se decompõe em até seis meses. Não atende as normas técnicas nacionais e internacionais sobre biodegradação. Portanto, não é biodegradável. Este plástico, apenas divide-se em milhares de pedacinhos.
No fim do processo não desaparece, mas vira um pó que pode parar em rios, lagos e mares. Isso significa que nossa geração poderá beber involuntariamente plástico oxidegradável misturado à água! E mais: os fragmentos podem ser ingeridos por animais silvestres e animais de criações nas fazendas, causando sérios danos econômicos e ambientais.
No fim do processo não desaparece, mas vira um pó que pode parar em rios, lagos e mares. Isso significa que nossa geração poderá beber involuntariamente plástico oxidegradável misturado à água! E mais: os fragmentos podem ser ingeridos por animais silvestres e animais de criações nas fazendas, causando sérios danos econômicos e ambientais.
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