Organizações que representam coletivamente mais de 400 investidores institucionais, responsáveis por US$ 24 trilhões em ativos, pediram aos líderes mundiais para que também apliquem-no à legislação nacional com urgência.
O Acordo de Paris entrará em vigor quando 55 países [em 22 de abril de 2016], que representam 55% das emissões globais, depositarem seus instrumentos de adesão junto à ONU. Os investidores apoiam que o acordo comece a vigorar cedo, possivelmente já no próximo ano.
De Londres, Stephanie Pfeifer, CEO do Institutional Investors Group on Climate Change (representando mais de 120 gestores e detentores de ativos europeus), afirmou: “O acordo alcançado em Paris foi um avanço histórico, que emitiu um sinal inequívoco para os investidores transferirem os ativos rapidamente em direção a uma economia de baixo carbono. Agora é vital que os 195 países que adotaram o Acordo de Paris, especialmente os 20 maiores emissores, amplifiquem o sinal que, ao assinar e aderir ao Acordo de Paris, o colocarão rapidamente em vigor”.
Emma Herd, CEO do Investor Group on Climate Change (IGCC, Australásia), acrescentou: “Os investidores estão falando claramente. O objetivo desta carta é instar todos os governos a assinar o Acordo de Paris em 22 de abril, na sede das Nações Unidas em Nova York, e agir rapidamente para implementar uma resposta política nacional eficaz, capaz de favorecer uma transição eficiente para uma economia sustentável de baixo carbono. Manter essa dinâmica forte é particularmente importante como preparação para a reunião do G20 na China.”
Mindy Lubber, presidente da Ceres e diretora da Investor Network on Climate Risk (INCR, América do Norte), disse: “O Acordo de Paris fornece a estrutura para acelerar o ritmo e a escala de investimento – pelo menos US$ 1 trilhão por ano, quatro vezes mais do que os níveis atuais – que é necessário para descarbonizar a economia global e limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius ou menos. É vital, portanto, que os líderes mundiais sustentem o impulso político contido no Acordo de Paris”.
Fiona Reynolds, diretora geral da PRI, disse: “O financiamento climático global atingiu níveis recordes em 2015, mas uma enorme lacuna nos investimentos ainda precisa ser superada. Os países em desenvolvimento também precisam saber que eles terão acesso ao investimento necessário para uma transição suave para uma economia de baixo carbono. A rapidez da ação dos grandes emissores sobre o Acordo de Paris é necessária para satisfazer ambos estes desafios de alocação urgente de capital”.
Eric Usher, diretor (em exercício) da Unep FI, acrescentou: “Os países que aderirem cedo ao Acordo de Paris vão se beneficiar de uma maior segurança regulamentar, que por sua vez irá ajudar a atrair os trilhões de investimentos necessários para garantir a transição de baixo carbono. Nós encorajamos todos os líderes mundiais a assinar e aderir ao Acordo de Paris o mais rápido possível.”
Paul Simpson, CEO da CDP, disse: “Estas palavras de ordem mostram um imperativo de negócios e financeiro inequívoco para que os governos tomem medidas concretas a partir da significativa vontade política representada pelo Acordo de Paris. Aqueles países que são grandes emissores são também alguns dos que têm mais a ganhar com uma ação imediata para conter a ameaça das mudanças climáticas por causa dos impactos enormes que poderiam afetar não apenas sistemas agrícolas, infraestruturas de transportes ou energia, mas os resultados financeiros. Uma pesquisa com investidores da CDP mostra claramente que os investidores e empresas melhor preparados vão ser os que vão ganhar vantagem competitiva”.
Fonte: EcoD. Leia na íntegra a carrta dos investidores no site Investors On Climate Change.
0 comentários:
Postar um comentário