A Fundação SOS Mata Atlântica disponibiliza a publicação Rio Doce: O Retrato da Qualidade da Água. O relatório técnico registra os resultados da segunda expedição da Fundação para avaliar a qualidade da água na bacia do Rio Doce.
A análise foi realizada de 19 a 28 de outubro de 2016 e teve seus principais resultados divulgados em novembro, obtendo grande repercussão. O relatório traz ainda informações adicionais, como a metodologia do monitoramento.
Um ano após o rompimento da barragem na cidade de Mariana (MG), a segunda expedição constatou que a qualidade da água na bacia do Rio Doce está em desconformidade com a legislação vigente e, portanto, imprópria para consumo humano e usos múltiplos. Apenas quatro pontos de coleta apresentaram sinais de recuperação, com índices de qualidade regular e ótima, em um único ponto isolado. Essa condição ótima e regular, porém, estava associada à grave seca que atingiu a região e que isolou, entre bancos de areia, trechos do assoreado Rio Doce que deixaram de receber o arrasto continuado de lama e rejeito de minério, como nos demais 13 pontos analisados.
“O mais grave desse retorno à bacia do Rio Doce foi constatar que, em primeiro lugar, a contaminação não cessou. Além disso, passados 12 meses ainda há arrasto de sedimentos por toda a bacia. E notamos como a presença de vegetação nativa protege a água, pois nos trechos onde existe remanescente de Mata Atlântica, nas áreas protegidas que não foram arrastadas pela lama, três pontos se recuperaram.”, disse Malu Ribeiro, coordenadora de águas da SOS Mata Atlântica.
Fonte: SOS Mata Atlântica.
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