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Ideia é criar obras de infraestrutura para o desenvolvimento sustentável. Investimento previsto será de R$ 10 milhões. Projeto é uma das mais importantes iniciativas do Programa Região Oceânica Sustentável. Um de seus pilares é a implantação do sistema cicloviário articulado com o novo sistema viário e no entorno da Lagoa de Piratininga.
A Prefeitura de Niterói lança até o final deste ano a licitação para o projeto executivo do Parque Orla Piratininga. Será mais um passo para tirar do papel uma das mais importantes iniciativas do Programa Região Oceânica Sustentável (PRO-Sustentável), que tem como premissa levar obras de infraestrutura, drenagem, manejo de águas pluviais, pavimentação, prezando pelo desenvolvimento sustentável e recuperação ambiental. O investimento do Parque Orla, que terá 9 km de extensão, será de R$ 10 milhões.
O Parque Orla está sendo desenhado pela ótica do paisagismo ecológico, preservando a Lagoa e seus ecossistemas associados, e sem aterro de seu espelho d’água. Após a conclusão do projeto básico, ficará disponível a licitação para elaboração do projeto executivo, no valor de aproximadamente R$ 300 mil. O secretário executivo Axel Grael lembrou que, recuperada, a área contará com equipamentos e áreas de lazer.
“O Parque Orla avançou muito e nosso objetivo agora é construir um projeto conceitual que permita uma licitação para projeto executivo. Temos conceitos bem interessantes, em uma iniciativa que vai revitalizar a área e proteger a Lagoa de Piratininga”, disse.
Visitação – A cada 15 minutos de caminhada, os visitantes vão encontrar pontos de informações, lazer e contemplação, com decks multifuncionais. A expectativa é de que serviços, como restaurantes, cheguem à população. Urbanista e paisagista ecológica, Raquel Cruz é uma das profissionais que está à frente do projeto Parque Orla. Ela explicou que o Parque olha para o território de forma holística e integrada.
“O Parque é um convite à educação ambiental, à conscientização para entendermos como funciona o ecossistema original onde plantas e animais convivem com o ambiente urbano. Um dos grandes trabalhos do projeto é fazer manejo dos ecossistemas, suprimir espécies invasoras e restabelecer a fauna e flora originais”, detalhou.
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Participação popular – Ao longo dos anos, um grupo que manteve sua ligação com a Lagoa de Piratininga foi o de pescadores. O parque está sendo pensado para que, com sua implantação, o ecossistema local seja cada vez mais rico. Durante a elaboração do projeto básico, foram identificados os pontos de pesca da Lagoa e a ideia é manter e fomentar a atividade pesqueira na região. A participação popular também é importante para o projeto, que será apresentado com suas diretrizes à população, para que seja discutido com a comunidade. O escopo já foi apresentado ao Subcomitê do Sistema Lagunar de Itaipu/Piratininga (Clip), e em realizadas audiências públicas.
Mobilidade – Um dos pilares do PRO-Sustentável é a implantação do sistema cicloviário articulado com o novo sistema viário e no entorno da Lagoa de Piratininga. Por isso, o acesso ao Parque será favorecido para pedestres e ciclistas. Cerca de 5 minutos de caminhada vão separar os pontos da TransOceânica aos principais acessos ao Parque, e os pontos de acesso vão coincidir com ciclorrotas. A via Chico Xavier será mantida como via local, e o projeto prevê o baixo fluxo de carros.
Na Ilha do Tibau, será feita uma recomposição de ecossistema e implantação de infraestrutura de lazer, recreação, esportes e cultura. No meio de um grande bosque, serão implantadas duas quadras poliesportivas e um campo de futebol de areia, parque infantil, anfiteatro com vista para Laguna, pontos de contemplação e áreas sombreadas para piquenique. Na Ilha do Modesto e no Pontal, a visitação será controlada, com atividades ligadas ao ecoturismo. No Ninhal, o acesso será restrito para pesquisa.
O PRO-Sustentável tem prazo de execução de dois anos e investimentos de R$ 350 milhões, financiados pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina – Cooperação Andina de Fomento (CAF). O programa contempla obras de infraestrutura, urbanização e de sustentabilidade ambiental, incluindo pavimentação das vias oceânicas, requalificação nas áreas do entorno da TransOceânica, sistema de controle semafórico, iluminação, renaturalização do Rio Jacaré, projeto paisagístico, além da construção de um Centro de Referência em Sustentabilidade Urbana e de um plano de gestão para a Região Oceânica.
Fonte: O Fluminense.
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