Conheça os quatro elementos que dão indícios da crise da biodiversidade brasileira.
O coração pulsante do nosso planeta bate em ritmo acelerado. A Amazônia brasileira é a maior floresta tropical do mundo e ambiente vital para a regulação do clima do globo. Mas o mesmo local é também alvo da devastação e ameaças que põem em risco as pessoas, plantas e animais que se espalham sobre seu tecido de vida.
O FOGO não aquece, sufoca. As queimadas no Brasil têm como principal alvo a Amazônia e o motivo para esse tipo de ação é a agropecuária. Se a produção abastece o mercado, a floresta ainda é tratada como mercadoria, como define o Greenpeace. "Máquinas novas, mentalidades antigas que colocam a floresta e seus povos em risco cada vez maior", concluem Adriana Charoux e Yuri Salmona da área de campanhas da Organização.
A ONG ainda estima que 46% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil sejam consequências desse tipo de devastação da Amazônia. "É a lógica do 'crescimento-progresso-desenvolvimento'. A economia imposta para a Amazônia alimenta um ciclo injusto e desigual que gera riqueza para poucos e miséria para muitos", explicam.
E se ÁGUA poderia abafar esse clima tenso, ao se aproximar destruição, ela se esconde. A Amazônia é uma das maiores produtoras de chuva, mas é também a que mais depende delas para permitir o retorno do ciclo. Acredita-se que o bioma dependa de duas vezes a quantidade de água que recebe para poder gerar chuvas.
Com diferenças tão grandes de distribuição, os primeiros estudos do Greenpeace sinalizam que, com o desmatamento, alcançaria 40% da região e que a área central, sul e leste da Amazônia sentiriam as consequências, com chuvas escassas e uma estação seca mais longa.
"Derrubar floresta é derrubar o elo que desencadeia tudo isso", afirmam as representantes da organização. Tal ligação está também prejudicada pela forma de uso da TERRA, já que a capacidade de regeneração do solo está ligada às condições da perturbação que sofreu.
A derrubada de floresta é sentida nas cidades: enchentes, deslizamentos de terra, secas e até o aumento dos preços dos alimentos indicam a quebra de safra ou a ausência dos polinizadores ativos nas matas
E nem em todos os locais é possível restaurar, o Greenpeace sinaliza que áreas degradadas por mineração, por exemplo, são praticamente impossíveis de serem retomadas, já que o solo foi removido completamente. "O Brasil e o mundo precisam repensar o atual modelo de produção no campo e consumo nas cidades que está baseado na exploração predatória dos recursos naturais como se eles fossem infinitos", comentam.
Motivos não faltariam para respirarmos aliviados, se estivesse segura a ação das florestas. No ciclo de umidade, a Amazônia brasileira joga bilhões de litros de água na atmosfera e estoca bilhões de toneladas de carbono. Se o local, pela beleza, nos tira o AR, a torcida é para que os projetos de um Meio Ambiente conservado nos dê fôlego.
Fonte: G1.
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