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A Ditadura do Super Consumo

A Revolução Industrial, as escolas, os trabalhadores e a mediocridade.

Em seu livro Linchpin, Seth Godin explica que para tornar a construção de fábricas ao redor do mundo possível, dois problemas precisaram ser resolvidos: a necessidade de trabalhadores para produzir e a necessidade de consumidores para suprir a super produção. 

A solução para resolver o problema da falta de trabalhadores foi a criação de escolas públicas, e para resolver o problema da super produção, fomentou-se o consumismo

Escolas são fábricas que produzem alunos em um sistema de comando e controle, explica Godin. Nas escolas, aprendemos o mindset de fábrica: seja substituível, como uma peça de uma máquina e consuma tudo o que puder, porque afinal o consumo é um atalho para a felicidade, não é? 

Godin afirma que é preciso que as pessoas aprendam certas coisas, mas isso isoladamente não é suficiente, é apenas um primeiro passo. A escola funcionou para criarmos milhões de trabalhadores de fábricas, mas as escolas têm formado pessoas altamente consumistas, capazes somente de seguir ordens e implorando por aprovação da sociedade! São pessoas assim que precisamos na era do conhecimento? Pessoas assim que levarão a sociedade rumo ao verdadeiro progresso? 

Apesar de bons professores fazerem o que podem para criar verdadeiros artistas que trabalham apaixonadamente, o problema está no sistema que pune artistas e recompensa burocratas, destaca Godin. Os professores são treinados para pontuar a habilidade do aluno de se encaixar nos termos do sistema. 

De acordo com Godin, antigamente as pessoas viviam com muito menos do que atualmente. Não tinham quartos cheios de coisas raramente ou nunca utilizadas. A idéia de hoje é simples: Se o seu vizinho ou colega de classe tem um boné, você também precisa de um. Se tem um segundo par de sapatos, você também tem que ter o seu. Em um pequeno espaço de 2 gerações criamos uma forte Cultura de Consumismo. Você já imaginou uma escola que ensinasse as pessoas a ter iniciativa, tornarem-se extraordinárias, questionar o status-quo, e entender que o consumismo não é a resposta para os problemas sociais? 

Fonte: André Faria.

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