A reação mundial aos acidentes industriais na década de 80 aumentou a pressão sobre as grandes corporações. Ao final da década, introduzia-se na indústria o conceito de ecoeficiência como uma forma de, simultaneamente, reduzir o impacto ambiental e aumentar a rentabilidade.
Ficou claro que um número cada vez maior de atores teria de lidar com as implicações ambientais de suas atividades.
O termo ecoeficiência foi introduzido em 1992 pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) – Conselho Mundial de Negócios Para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da publicação do livro Changing Course, sendo endossado pela Conferência Rio-92, como uma forma das organizações implementarem a Agenda 21 no setor privado. Desde então, tem-se tornado sinônimo de uma filosofia de gerenciamento que leva à sustentabilidade, e como foi um conceito definido pelo próprio mundo dos negócios, está se popularizando muito rapidamente entre os executivos de todo o mundo.
De acordo com o WBCSD, a ecoeficiência é obtida pela “entrega de bens e serviços com preços competitivos que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida, reduzindo progressivamente impactos ambientais dos bens e serviços, através de todo o ciclo de vida, em linha com a capacidade estimada da Terra em suportar”. Este conceito descreve uma visão para produção de bens e serviços que possuam valor econômico enquanto reduzem os impactos ecológicos da produção. Sugere, ainda, uma significativa ligação entre eficiência dos recursos (que leva à produtividade e lucratividade) e responsabilidade ambiental.
Portanto, ecoeficiência é o uso mais eficiente de materiais e energia, a fim de reduzir os custos econômicos e os impactos ambientais. Também se pode dizer que ecoeficiência é saber combinar desempenho econômico e ambiental, reduzindo impactos ambientais, usando mais racionalmente matérias-primas e energia, reduzindo os riscos de acidente e melhorando a relação da organização com as partes interessadas (stakeholders).
Elementos da ecoeficiência:
1. Reduzir o consumo de materiais com bens e serviços.
2. Reduzir o consumo de energia com bens e serviços.
3. Reduzir a dispersão de substâncias tóxicas.
4. Intensificar a reciclagem de materiais.
5. Maximizar o uso sustentável dos recursos naturais.
6. Prolongar a durabilidade dos produtos.
7. Agregar valor aos bens e serviços.
No Brasil, este conceito vem ganhando força a partir da criação do Conselho Empresarial Brasileiro Para o Desenvolvimento Sustentável, que congrega grandes corporações e tem como missão promover o desenvolvimento sustentável no setor empresarial por meio do conceito de ecoeficiência.
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