Genericamente falando, quando o tema Sustentabilidade é abordado na mídia normalmente trata de suas implicações sob três aspectos ou pilares: a questão social, a questão ambiental e a questão econômica, todas diretamente ligadas entre si.
De maneira simplificada, pode-se dizer que o meio ambiente disponibiliza os recursos naturais que fazem girar a roda da economia garantindo a subsistência dos seres humanos, porém, havendo desequilíbrio da biodiversidade e intensa degradação dos ecossistemas - como consequências de predatórias atividades antrópicas -, o desenvolvimento sustentável torna-se comprometido, o que impactará na qualidade de vida e nas necessidades presentes e futuras.
Conceitualmente, Sustentabilidade é isso, um fato inegável e incontestável. Nossa sobrevivência no mundo moderno vai além de uma questão meramente elementar, de apenas saciar necessidades fisiológicas. Hoje esbarramos em relações de poder e tentar confrontar o Capitalismo é uma atitude quase insana.
Sem ideologismos políticos, o problema do Capitalismo não é a relação de troca em si e sim a forma como se dá esse "toma-lá-dá-cá", sempre pautado no consumo ostentoso e irresponsável em detrimento da educação ecológica que todo consumidor deveria ter, ou seja, cuidar da "casa" tendo mais consciência dos efeitos dos seus hábitos rotineiros.
Mas se a supremacia do dinheiro exige diariamente que se compre em profusão o que é de real necessidade e também o que não é necessário, como abastecer e administrar o seio de um lar carente com tanta desigualdade social e falta de oportunidades afastando milhões e milhões de pessoas do acesso a bens e serviços tão essenciais? Diante de tal paradoxo, penso que a insustentável crueza do poder econômico que dificulta a instrução acadêmica, a qualificação profissional, o emprego e a renda aos não afortunados funciona como uma arma de extermínio em massa e paralelamente abre portas para uns poucos privilegiados serem laureados.
Em plena era da Sustentabilidade é inadmissível que se faça distinção entre pessoas e que diferenças de credo, etnia ou gênero não sejam respeitadas. Para preservar e respeitar é preciso conhecer e para conhecer é preciso se aproximar.
A diversidade é uma característica natural do planeta Terra e quando talentos são valorizados e desenvolvidos dentro de uma cadeia de oportunidades igualitárias reduz-se conflitos de classe e faz da sociedade um ambiente mais harmônico. O mito de que o "vencedor" é bem sucedido graças aos próprios méritos foi quebrado, certamente ele se beneficiou de uma situação oportuna ou foi ajudado por alguém.
Padecendo de uma grave insuficiência respiratória chamada emissões de gases-estufa, o mundo precisa entender que a poluição ambiental, a delapidação do patrimônio natural e a exclusão social são reservas de mercado que poderão levar a espécie Homo sapiens à extinção ou a vias de um ecocídio.
Por: Gustavo Nobio. Sustentabilista, comunicador ambiental, articulista e administrador de conteúdo da mídia online #SenhorEco.
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