O Centro de Monitoramento da Conservação Mundial (WCMC em inglês) do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) está lançando um mapa que é o primeiro a conter uma composição com o que se chama de ativos ecossistêmicos, abrangendo tanto o meio marinho quanto terrestre global.
Entre os ativos ecossistêmicos, estão a biodiversidade, a água potável, o carbono orgânico, os estoques pesqueiros e a qualidade do solo. O mapa do PNUMA é baseado em um relatório que contém conceitos e informações sobre o assunto.
O mapa revela os hotspots para múltiplos “ativos”, por exemplo, nas áreas remanescentes de florestas.
No geral, é possível constatar que os “ativos marinhos” estão concentrados no sudeste asiático e ao longo da zona costeira (especialmente na costa oeste da América do Sul, África e Europa). Já os “ativos terrestres” se concentram em regiões equatoriais e em parte do Canadá e da Rússia.
O WCMC ressalta a significância global e a necessidade de priorização de conservação e restauração que deve ser dada a estas áreas, mas alerta que mapeamentos locais precisam ser feitos para identificar outros locais importantes que não foram considerados em escala global.
Além disso, é enfatizado que os recursos naturais e o valor monetário dos ativos ecossistêmicos não estão incluídos neste relatório e que uma avaliação de ambos os fatores é o próximo passo para “a compreensão integral da contribuição do capital natural para o bem estar humano”.
“Os ativos ecossistêmicos representam apenas uma parte do capital natural. Visando produzir um mapa global abrangente do capital natural, toda a gama de ativos ecossistêmicos e recursos naturais precisa ser mapeada”, pondera a publicação.
Assim, o relatório foca nos ativos ecossistêmicos, um dos componentes do capital natural, segundo os conceitos assumidos pelo WCMC. Os ‘ativos’, segundo a publicação, são os estoques que permitem o fluxo dos serviços ecossistêmicos que beneficiam à humanidade.
Segundo a Convenção Sobre Diversidade Biológica, pelo menos 40% da economia global e 80% das necessidades dos pobres são derivadas de recursos biológicos.
Por: Fernanda B. Müller (Instituto Carbono Brasil).
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