Momentos de instabilidade e de incertezas - dentro do campo econômico de um país - se tornam ainda mais agravantes quando os índices de dois fatores se acentuam: o desemprego e a estiagem. A desocupação laboral prolongada gera estado de insolvência, podendo acarretar distúrbios sociais. A falta de chuvas e a escassez de água comprometem a produção de alimentos e a geração de energia elétrica, encarecendo o preço de bens e serviços.
Obviamente, não se pode atribuir as consequências desastrosas da ação do homem somente às questões socioeconômicas e ambientais, pois ao trabalhar com pouca competência [ou total incompetência ou negligência] no planejamento e gestão das diretrizes e estratégias que contemplem o crescimento da nação e o bem comum, a administração pública cria ao longo de décadas um problema estrutural - dependente de capital estrangeiro e predominância de um sistema econômico rentista. Exploração e acumulação não raro abrem brechas para corrupção.
Quando a situação atinge esse ponto crítico, o pior acontece: a queda drástica dos investimentos nos setores industriais - tão vitais para a União - e a retração do produto interno bruto, levando o Estado brasileiro a uma condição mais pobre e maiores taxas de inflação. A mácula na reputação daqueles confiados pelo povo lamentavelmente acaba provocando uma crise política que resvala em toda a sociedade.
Se uma gestão eficiente é o modo de fazer funcionar um bom planejamento, jogar o peso da carga tributária sobre os ombros da população para cobrir rombos orçamentários, gastos excessivos e desvios de verba é a maneira mais nefasta de se administrar e governar. É racionalmente necessário moralizar a política nacional por meio da Justiça e limpar tantas mãos sujas de improbidade.
Por: Gustavo Nobio. O autor é técnico em Meio Ambiente formado pela FUNCEFET (RJ) e voluntarioso promotor da Sustentabilidade; articulista, comunicador ambiental e fundador do site SenhorEco.org.
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