Para muitas pessoas o asfalto ainda representa uma coisa boa, o "progresso": ter sua rua asfaltada ainda é motivo de votos vitalícios ao político que propôs a obra, mesmo que seja mal feito, que não dure um ano sem buracos ou que impermeabilize todo um bairro, ocasionando alagamentos que antes não existiam.
No entanto, o asfalto é um dos maiores inimigos da sustentabilidade, pois é feito de derivados de petróleo, esquenta muito (gerando ilhas de calor) e impermeabiliza o solo, contribuindo para as enchentes que assolam nossas cidades. É a solução perfeita para os carros. Mas queremos mesmo viver num mundo moldado para os automóveis?
Para diminuir o impacto ambiental desse inimigo em nossas estradas e cidades, estão sendo feitos estudos para substituição da base de petróleo, utilizada atualmente na produção do asfalto, por óleos derivados de árvores e plantas.
Esses óleos vegetais podem ser feitos de açúcar, melaço, amido de batata, arroz ou milho, óleos vegetais, resíduos de cocos, amendoins e canola, resinas de árvores, etc.
Além de necessitar de temperaturas mais baixas para sua produção, o bioasfalto é mais resistente a bruscas variações de temperatura e tem maior vida útil e durabilidade.
Como não tem o petróleo como matéria-prima, esse asfalto ecológico pode também ser colorido, esquentando menos sob a radiação do sol e economizando em tintas e manutenção, pois as faixas de pedestre e sinalizações já podem ser feitas juntamente com a pavimentação.
No final da cadeia de produção, o bioasfalto gera como resíduo um carvão vegetal, usado para enriquecimento do solo e também para remover gases nocivos da atmosfera.
O Brasil poderia adotar esse material inovador, aproveitando os refugos vegetais das indústrias ao invés de jogá-los nas bacias hidrográficas ou em aterros sanitários.
Assim, nosso país daria um grande passo rumo ao verdadeiro progresso, aquele totalmente comprometido com as questões ambientais!
Por: Vanessa Mendes Argenta (Coletivo Verde).
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